segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

A história de Hernesto, fundador da Enox



Uma história de sucesso. Pra começar bem a segunda-feira.

Fonte: vocesa.abril.com.br

"Não é fácil criar um negócio com grande potencial de expansão. Se o investimento inicial for de 20 000 reais, então, a coisa fica preta. "Talvez pequenos quiosques, carrinho de cachorro-quente, venda de algum produto específico ou mesmo serviços personalizados e terceirizados. É difícil alçar grandes voos com 20 000 reais", diz Lorene Carvalho, diretora da área de People & Change, da Consultoria KPMG, em São Paulo. É por isso que a história do curitibano Ernesto Guimarães Villela, de 32 anos, surpreende. Ele conseguiu, em seis anos, multiplicar 20 000 reais oitocentas vezes para gerar uma receita de 16 milhões de reais neste ano. De que forma? Criou uma empresa que hoje é líder em mídia indoor, dentro de ambientes de lazer e entretenimento no Brasil. Ao ouvir a história de Ernesto, Lorene chega à conclusão: “Ele é o típico empreendedor. Corre riscos, é ousado e dá o bote na hora certa”, diz.

O curitibano Ernesto formou-se em administração de empresas na Fundação Getulio Vargas. Montou uma pizzaria na sua cidade, mas queria algo mais desafiador. No final de 2003, aos 25 anos, o irmão, Bernardo, e mais dois amigos tiveram uma ideia: fazer propaganda dentro de banheiros. Não demorou para que Ernesto ampliasse o projeto. “Combinamos que cada um entraria com 5 000 reais. Como éramos em quatro, começamos nossa empresa com 20 000 reais.” Assim nasceu a Enox (que na gíria curitibana significa “é nóis”), em janeiro de 2004. Descobriram 150 estabelecimentos que seriam potenciais parceiros em Curitiba. No primeiro ano faturaram 80 000 reais por meio de acordos com operadoras de celular, concessionárias de automóveis, empresas de papel higiênico e escolas de inglês. O negócio cresceu e foi para Florianópolis e Porto Alegre. Depois entrou nas cidades do Centro-Oeste do país. Passou pelo Nordeste até chegar a São Paulo e ao Rio. “Resolvi que eu ia me profissionalizar antes de chegar a São Paulo.” Ao chegar à capital paulistana, a Enox não era mais aquela pequena empresa que trabalhava timidamente com poucos recursos dentro de banheiros comerciais.

Ernesto nunca sonhou ter emprego fixo. Ele queria ser empresário

Ernesto havia expandido sua atuação. Eles colocavam publicidade nos jogos americanos dos restaurantes, nos uniformes dos garçons, nos colchonetes das academias de ginástica, nos painéis em frente às esteiras e nos espelhos dos salões de beleza. Em cada cidade por onde passava, Ernesto estabelecia sociedade com alguém local que pudesse tocar o negócio em parceria com ele. No Rio e em São Paulo, Ernesto descobriu que deveria assumir a dianteira dos negócios e, se quisesse crescer, teria de conquistar a confiança das grandes agências de publicidade que detinham exclusividade para trabalhar as grandes marcas. Conseguiu. Em 2008, a Enox virou S/A, entrou nos shopping, lojas de departamentos, cinemas, casas de shows e faturou 8 milhões de reais. Hoje possui canal de TV, internet e blog para se comunicar com o público externo e interno. Para 2009, se o ano terminasse na segunda semana de novembro, os 200 clientes e 5 000 parceiros que possui já seriam suficientes para lhe render 16 milhões em caixa.

Pior momento

Muitos contratos cancelados na hora da assinatura. Isso depois de já ter contratado muita gente para a operação. Essas foram as piores experiências vividas pelo jovem empresário nesses seis anos de vida. “Achei que ia enlouquecer de preocupação.” Qual o segredo para a Enox ter dado certo? “Sola de sapato, saliva e massa cinzenta”, diz de bate-pronto. Outro segredo? A Enox distribui lucros mensais a todos os seus funcionários. O que mantém a motivação em alta."

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