quarta-feira, 31 de março de 2010

Gérard Mulliez, o gigante da França



Há pouco tempo atrás, estive com o meu pai na casa da minha avó e da minha Tia. Na oportunidade, aproveitei para ajudar o meu pai na instalação de dois suportes para TVs no quarto delas. Enquanto montávamos, acabamos descobrindo que não dispúnhamos da chave necessária para montar o suporte. Neste momento foi dada a ideia de irmos na Leroy Merlin.

Alguém já ouviu falar na Leroy Merlim?

Como moro no interior, confesso que não conhecia a loja, muito menos o seu modelo de negócios. Apesar disso, fiquei impressionado com a estrutura, com a organização e, principalmente, com o tamanho das instalações. Tudo é muito bonito, departamentalizado e você não se perde. Os atendentes são bem treinados e tem até área de treinamento para a montagem de móveis ou outros equipamentos que você compre com eles. A Leroy Merlim é uma mega loja de materiais para construção.

Bom, voltando para casa impressionado, comentei com a minha Tia sobre a boa impressão que tive do local e acabei prometendo pesquisar sobre o dono/fundador daquilo tudo. Enfim, é da história do fundador que se trata este post. Infelizmente não consegui muitas informações sobre o dono da Leroy Merlim. Conforme vocês poderão ver no artigo abaixo, a família é muito reservada, e nenhuma das empresas do conglomerado familiar é aberta. Ou seja, isso dificulta ainda mais o trabalho dos curiosos. No final das contas, o que descobri é que a Leroy Merlim é só uma pequena parte do que o Gérard possui. Ele, na verdade, tem uma história muito parecida com a do fundador do Wal-Mart, e sua empresa principal é de varejo.

Leiam um pouquinho sobre Gérard Mulliez; o homem que está conseguindo bater o Wal-Mart na Rússia e na China.

Fonte do texto: Valor Online


"Gérard Mulliez é o Sam Walton da França: um empresário de cidade pequena, simples e sincero, que transformou uma simples loja em um grande império. E assim como fez o fundador do Walmart, ele está sacudindo o mundo do varejo. Mulliez é o patriarca de uma família reservada que controla uma das maiores operações varejistas do mundo, com mais de 7 mil lojas e vendas anuais de cerca de US$ 95 bilhões. As mais de duas dúzias de empresas da família incluem a Auchan, um hipermercado ao estilo da Walmart; a Decathlon, maior rede de artigos esportivos do mundo; e as operações europeias e latino-americanas da Midas, de serviços automotivos.

E elas vêm ganhando espaço sobre as rivais, especialmente nos mercados emergentes, onde se promete crescimento, uma vez que as vendas nos Estados Unidos e na Europa Ocidental estão estagnadas. Com uma fortuna estimada em US$ 22 bilhões, os Mulliez são a família mais rica da França. Mas seus líderes vão a extremos para fugir da publicidade. "É surpreendente como se sabe pouco sobre eles", diz o economista Benoît Boussemart, que lançou um livro sobre o clã em 2008, após Gérard Mulliez tentar, sem sucesso, impedir a publicação.
Mulliez e os líderes das grandes empresas da família não responderam aos pedidos para entrevistas feitos pela Bloomberg BusinessWeek, ou não quiseram falar. Até mesmo a maioria dos franceses não tem ideia das posses da família. É verdade que US$ 95 bilhões em vendas é pouco em relação aos US$ 405 bilhões do Walmart. E também é uma boa diferença em relação aos US$ 145 bilhões do Carrefour, o segundo maior grupo varejista do mundo. Mas fica palmo a palmo com a Tesco, do Reino Unido, e a Metro, da Alemanha, que são os cinco maiores grupos varejistas do mundo.

Na China, a Auchan está se saindo melhor que a concorrência, ao se voltar para a classe média crescente. Enquanto o Carrefour projeta suas lojas para que se pareçam com mercados de rua, os pontos da Auchan são mais organizados. Cada uma de suas 145 lojas tem venda anual média de US$ 45 milhões, ante US$ 26 milhões das lojas do Walmart na China, segundo a consultoria Planet Retail. A ênfase do Walmart nos preços baixos "saiu pela culatra com os consumidores chineses", que sempre supõem que itens baratos são piratas ou perigosos, afirma Shaun Rein, diretor-gerente da China Market Research Group em Xangai.

As companhias dos Mulliez também se saem bem na Rússia. Sete anos depois de abrir a primeira loja em Moscou, a Auchan é a principal operadora estrangeira de hipermercados no país, com 34 lojas e vendas que este ano devem atingir US$ 6 bilhões, segundo a Planet Retail. O Walmart e a Tesco não operam na Rússia e o Carrefour acaba de sair do país, semanas depois de abrir suas primeiras duas lojas.

Agora, a Decathlon e a Leroy Merlin, também da família, estão entrando na Rússia, com ajuda de outra empresa da família Mulliez, o grupo imobiliário Immochan. Como a Auchan é a única empresa dos Mulliez a publicar relatório anual, o economista Boussemart debruçou-se sobre os documentos que a empresa é obrigada a encaminhar para as autoridades francesas. Sua constatação: o império é admiravelmente forte.

A maior parte das empresas quase não tem endividamento. A Decathlon, a Leroy Merlin e outras têm alta de dois dígitos nas vendas e nos lucros há anos. A Auchan viu um achatamento das vendas este ano, após crescer 7,5% em 2008, para US$ 59 bilhões, mas o Carrefour e a Metro estão se saindo pior. A rede que une os negócios dos Mulliez é forte mas quase invisível. Embora legalmente separados, todos são controlados por um clã grande de cerca de 550 pessoas. Hoje com 78 anos, Gérard Mulliez retirou-se da administração ativa em 2006, mas seu filho e vários primos, sobrinhos e sobrinhas ocupam altos postos em quase todas as empresas.

Todas têm capital fechado e a maioria está baseada na enfraquecida região industrial localizada perto da cidade de Roubaix, na fronteira da França com a Bélgica, onde Mulliez abriu a primeira loja da Auchan em 1961. Um pacto familiar permite aos membros trocarem ações entre si, mas impede vendas para pessoas de fora, de modo que não há pressão de gente de fora por retornos acelerados. Em algumas empresas, os funcionários recebem ações, mas nunca mais que 15% do total. A família Mulliez começou a trabalhar na área têxtil há mais de 200 anos.
Mas na metade do século XX esse setor estava em queda e Gérard, então com 29 anos, abriu a primeira Auchan em uma fábrica abandonada de Roubaix, após se convencer que as lojas suburbanas com grandes espaços para estacionar acabariam com o tradicional comércio no centro das cidades.

O clã é notoriamente avarento. "Você nunca os vê em St. Tropez ou comprando obras de arte caras", diz Bertrand Gobin, escritor que tem um blog que segue os movimentos da família. Gobin, que em 2004 conseguiu uma rara entrevista com Gérard Mulliez, lembra que o escritório do patriarca não tinha calefação e era mobiliado com uma mesa barata, algumas cadeiras, e uma mesa coberta com um lençol para evitar o acúmulo de poeira.

A entrevista durou cinco horas, diz Gobin, sem que Mulliez lhe oferecesse um copo de água. Apesar de sua destreza no varejo, a família é estigmatizada nos EUA e no Reino Unido. A Auchan e a Decathlon abriram lojas nos EUA nos anos 80 e 90, mas depois desistiram desse mercado. A Saint Maclou, do clã, ganhou uma disputa pela Allied Carpets do Reino Unido em 1999, mas a vendeu este ano por causa da queda nas vendas. Isso não diminuiu o apetite da família pela expansão global. A Auchan está abrindo suas primeiras lojas na Ucrânia e entrando no Golfo Pérsico. E a Decathlon espera aproveitar a Olimpíada de Londres em 2012 e abrir pelo menos cinco novas lojas no Reino Unido."

segunda-feira, 29 de março de 2010

Ricardo Eletro e Insinuante se fundem


Seguindo a tendência de fusões, para não ficar para trás, a Ricardo Eletro se fundiu com a Insinuante, ganhando muito mais poder de mercado.

Até onde o mercado de varejo vai chegar no Brasil?

Leiam a matéria que saiu no último segundo.

Rio de Janeiro, 29 mar (EFE).- As redes brasileiras de móveis, eletrodomésticos e artigos do lar Ricardo Eletro e Insinuante anunciaram hoje sua fusão e a conseqüente criação da segunda maior empresa de comércio varejista do Brasil, com vendas anuais de 5 bilhões de reais.
A recém-nascida "Máquina de Vendas" conta com 528 lojas em 200 cidades de 17 dos 27 estados do Brasil e pretende ter mil lojas até 2014.

A nova empresa só é superada em tamanho pela estrela Nova Casas Bahia, criada em dezembro com a fusão das redes Casas Bahia, Pão de Açúcar, Ponto Frio e Extra Eletro, um gigante no varejo brasileiro com vendas anuais por 18 bilhões de reais.

A "Máquina de Vendas" foi criada com a meta de dobrar de tamanho em quatro anos, e deve dobrar seu número de empregados dos atuais 15 mil para cerca de 30 mil passando suas vendas anuais para os 10 bilhões de reais.

O objetivo das duas empresas é elevar sua participação no mercado dos atuais 8% para 16% em 2014. Atualmente as empresas têm, separadamente, uma participação de 4,5% e 4% do mercado.

"Esse ano pretendemos inaugurar 50 novas lojas da empresa, inclusive em regiões nas quais nenhuma das duas marcas está presente", afirmou Ricardo Nunes, presidente da Ricardo Eletro, ao anunciar investimentos por volta de 50 milhões de reais na expansão.

Enquanto a Ricardo Eletro, com sede no estado de Minas Gerais, é forte no sudeste, a Insinuante, com sede na Bahia, é líder nos estados do nordeste.

As duas empresas têm olhado principalmente para São Paulo, estado que as Casas Bahia tem seu maior bastião. "Pretendemos crescer em São Paulo mediante aquisições, que poderemos começar a anunciar já no próximo ano", disse Nunes.

As duas redes dividirão o controle do novo grupo, cada uma com 50% de participação, mas manterão suas marcas separadas.

Segundo os executivos da nova companhia, a fusão pretende atender o crescimento do consumo das famílias brasileiras, especialmente das com menos recursos que passaram a ser parte do mercado consumidor graças ao aumento da renda e do crédito.

Além de novas lojas, o recém criado grupo investirá na construção de dois grandes centros de distribuição nas cidades de Recife e Fortaleza, dois dos maiores mercados do nordeste do país. EFE cm/pb

quarta-feira, 24 de março de 2010

Os opostos que tornam Charlie Munger tão próximo de Warren Buffet



Na série personagens do mercado, do site Infomoney, Roberto Altenhofen postou sobre uma pessoa que é bastante conhecida das pessoas que acompanham a história de Warren, mas que é totalmente desconhecida para os leigos. Charlie Munger, o melhor amigo de Buffet e um grande influenciador sobre suas ideias, é uma peça chave na história da Berkshire e também na vida de Buffet.

Quem já teve a oportunidade de ler A Bola de Neve, sabe do que eu estou falando. Charlie Munger é citado muitas vezes no livro, além de ficar claro na história os momentos nos quais ele mais influenciou a jornada de Buffet.

Não deixem de ler o resto do post.


Por: Roberto Altenhofen Pires Pereira

SÃO PAULO – Dois raios no mesmo lugar. Warren Buffett saiu de Omaha para se tornar uma das principais referências no mundo dos investimentos. Por todos os lados, milhões de apaixonados pelo mercado de ações assumem os passos do velhinho para compor seus respectivos perfis como investidor.

Mas de todos, quem mais se aproxima do próprio Buffett também faz parte dos pouco mais de 390 mil habitantes do município mais populoso do estado norte-americano de Nebraska. Apesar de ambientadas na mesma Omaha, história por história, a de Charlie Munger revela diversos fatos que apontam contra os rumos escolhidos por Buffett. Todos eles, porém, o levam para o mesmo lugar: ao lado do famoso mega-investidor.

Buffett & Son

O primeiro emprego do bilionário chairman da Berkshire Hathaway foi na mercearia de seu avô, a Buffett & Son. Munger também trabalhou na loja, mas em época diferente. Os dois se encontraram pela primeira vez em 1959, apresentados por um amigo em comum. Na ocasião, Munger já advogava, após se formar em Direito pela Universidade de Harvard, e chegou a montar o escritório Munger, Tolles, & Olson. Mas seu destino era outro.

Após o contato inicial, a afinidade com Buffett ficou evidente. As prolongadas conversas entre os amigos inegavelmente ajudaram Munger a optar pelo caminho dos investimentos. A partir de então, começou a gerir carteiras de investimento e formou a Wesco Financial; hoje, com mais de 80% de seu capital detido pela Berkshire.

Talento único

Buffett leva a fama praticamente sozinho, mas não por opção própria. Após 45 anos de parceria com Munger, deixou claro por diversas vezes a influência de seu alter ego na formação de seu processo decisório. O oráculo de Omaha costuma dizer que Munger tem um talento intelectual único e ao longo do tempo acabou impondo algumas práticas (antes questionadas por Buffett) ao perfil de atuação da Berkshire Hathaway – em 1979, Munger assumiu o posto de vice-chairman da holding.
Uma das principais teorias de Charlie Munger vai contra os pressupostos básicos da diversificação como fonte de diluir riscos. Desde os primeiros passos da Wesco, sempre defendeu que o segredo estava em poucas decisões, decisões certas. A ideia posteriormente ganhou fama nas palavras do chairman da Berkshire: “coloque todos os ovos em uma mesma cesta e a vigie bem”.

Atrás de qualidade

Munger também é apontado como responsável por eliminar um vício anterior imposto por Buffett à Berkshire, da prática de arbitragens de curto prazo que seu mentor, Benjamin Graham, costumava realizar na Graham-Newman Corporation. Ao invés desta estratégia, Munger é reconhecidamente um dos responsáveis por desenvolver na Berkshire a cultura de buscar por companhias de elevada qualidade, que estão com um valor considerado justo.

“Por muitas décadas, nossa prática usual era de, quando alguma coisa que gostamos fosse para baixo, comprávamos mais e mais. Às vezes, algumas coisas acontecem e você percebe que estava errado e sai. Mas quando você desenvolve uma confiança em seu julgamento, você compra ainda mais e tira vantagem das oscilações de preço”, afirmou em entrevista em 2002.

Modelos Mentais Múltiplos

Os estudos de investimento de Munger destacam sua teoria dos Múltiplos Modelos Mentais. Em sua visão, os investidores precisam de checklists diferentes e modelos mentais diversos para avaliar cada tipo de companhia. Nesta vertente entra seu “Efeito Lollapalooza”, que considera quando diversos tipos de viés atuam ao mesmo tempo sobre uma escolha.

Sobre o que os investidores precisam para serem bem-sucedidos, Munger defende que elevada capacitação ou QI avantajado não representam necessariamente um pressuposto para retornos acima da média. “Muita gente com QI elevado é terrível como investidor, porque possui um temperamento terrível”. Para ele, investir é como jogar golfe, demanda paciência, disciplina e controle emocional.
Vida após Buffett

Hoje com 79 anos, Warren Buffett segue à frente da Berkshire Hathaway com seu perfil participativo de gestão. Passa boa parte do dia ao telefone, acompanha diversos processos e dá conta de uma agenda movimentada de eventos. Munger é bem mais avesso à mídia, atualmente entra em contato cerca de uma vez por semana com Buffett e prefere uma postura menos participativa nos negócios.

No final do ano passado, a mídia internacional chegou a cogitar o desligamento de Buffett das atividades da Berkshire Hathaway, rumor que faz parte das previsões de Douglas Kass, sócio do fundo Seabreeze, para 2010. Neste caso, o primeiro nome que vem à cabeça é imediatamente o de Munger, hoje com 86 anos.

Em entrevista no final de 2005, Munger respondeu qual será em sua visão o destino da Berkshire pós-parceria Buffett – Munger:

“A vida continua e, em minha opinião, a Berkshire continuará sendo um lugar forte, rico e com uma cultura central que será perspicaz e avessa ao risco. Mas, se acredito que teremos uma pessoa melhor que Warren para substituí-lo? Acho que a chances vão contra.”

segunda-feira, 22 de março de 2010

Eike Batista, de garimpeiro a homem mais rico do Brasil




Eis quem surge como personagem do mercado no site do Infomoney: Eike Batista.

Há muito tempo atrás, mais pro início do blog, comentei um pouco sobre o Eike e sua história aqui. Também já fiz outros posts relacionados ao mesmo, mas nunca postei muitos detalhes de sua história.

Por sorte, o colunista do Infomoney, Valter Outeiro, postou a história do mesmo, que resume a trajetória deste grande emrpesário do Brasil.

Obs: Gostaria de ressaltar, que já lí sobre a vida do Eike em muitos lugares, e em todos eles tinham detalhes diferentes. Inlcusive, saiu um especial sobre a vida de Eike na revista Negócios há um tempo atrás, que estava bem detalhada. Esta história, difere um pouco da contada por Valter em alguns pontos, mas de forma geral é a mesma coisa. Só acho importante dizer isso, pelo simples fato de nenhuma destas histórias serem a biografia autorizada da vida de Eike.

Segue.

Por: Valter Outeiro da Silveira
InfoMoney

SÃO PAULO – Visionário, megalomaníaco, brilhante, exibicionista, ousado, supersticioso. Não são poucas as características capazes de descrever Eike Fuhrken Batista, o homem mais rico do Brasil e oitavo na listagem mundial segundo a revista Forbes, ao ser detentor de uma fortuna de aproximadamente US$ 27 bilhões.

Personagens do Mercado vai à procura da história atrás do mito, ao revelar como o minero de Governador Valadares conseguiu multiplicar 45 vezes seu patrimônio em 28 anos, entre reviravoltas, turbulências e algumas pitadas de sorte.

Primeiros passos

Nascido em Minas Gerais e criado no Rio de Janeiro, Eike deixa a cidade maravilhosa aos 12 anos e, com sua família, vai morar em Frankfurt, como decorrência a missão de seu pai, Eliezer Batista, incumbido de desenvolver a divisão europeia da Vale, empresa da qual foi presidente por dez anos.

Aos 18, o mineiro decide cursar engenharia metalúrgica na Universidade de Aachen, considerada como uma das melhores da Europa na área. Durante sua estadia universitária, aperfeiçoou o inglês e aprendeu francês, além de praticar o alemão, o qual já falava em casa – fruto de sua descendência germânica, explicitada pela nacionalidade de sua mãe, Jetta Batista.

Por lá, com a renda apertada de um universitário, Eike começou a trabalhar como corretor de seguros, vendendo-os de porta em porta na pequena Aachen, de 260 mil habitantes. Depois, montou uma espécie de trading, ao negociar produtos brasileiros com comerciantes na Europa e na África.

De volta ao Brasil em 1980, inicia sua escalada empreendedora, a qual pode ser dividida em três fases: as aventuras na Amazônia e no Mato Grosso, a fundação da TVX e a expansão gigantesca e exponencial de sua holding, a EBX.

Da Alemanha para o Mato Grosso

A primeira fase, também a mais arriscada, começa com um rumor de uma corrida do ouro na região de Alta Floresta, no Mato Grosso. Aos 23 anos e recém-formado, Eike entra de cabeça no comércio aurífero, atuando como intermediário de garimpeiros na venda do metal para os grandes centros do País, viajando pela Amazônia e pelo Centro-Oeste.

Em 1981, com 24 anos completos, Eike obtém R$ 500 mil emprestados por joalheiros de Rio e São Paulo e adquire a mina de Zetão, conhecido garimpeiro de Alta Floresta. Um ano após, já tinha um patrimônio próximo a US$ 6 milhões, com o qual decidiu mecanizar a produção mato-grossense.


A aposta de modernizar a produção, em meio a entraves logísticos, foi certa e o mineiro – em todos os sentidos – propôs sociedade à Paranapanema, que comprou 50% da mina e se comprometeu a quintuplicar a produção. Estabelecida a parceria, Eike compra uma mina no Amapá, vende-a logo depois e compra outra em Minas Gerais, através da qual consegue firmar parceria com a Rio Tinto, o que lhe rendeu mais e mais dinheiro.

A estratégia de se tornar o homem mais rico do Brasil já estava traçada desde os primeiros investimentos: encontrar bons ativos - com a ajuda de garimpeiros ou procurando projetos abandonados por falta de capital -, criar um projeto de exploração, atrair sócios para financiá-lo e, por um preço atrativo, se desfazer do negócio.

Flerte canadense

A segunda etapa da história de sucesso tem como ponto de partida um aporte canadense. De mina em mina, a história empreendedora de Eike desperta o interesse da Treasure Valley, mineradora do Canadá. Como decorrência, entre o final da década de 1980 e o início da subsequente, há uma fusão de ativos, da qual nasceram a TVX e a superstição pela letra “X” em suas empresas, como símbolo de multiplicação de riqueza.

Com participação de 11% na mineradora, Eike se tornou o principal acionista e presidente da mineradora listada nas bolsas de Nova York e de Toronto. Entre 1991 e 1996, o valor de mercado da companhia mais que triplicou, e a parte detida pelo mineiro inflava junto. Após desavenças com os sócios, vende a parcela na mina canadense e obtém seu primeiro bilhão, que serviu de base para sua terceira – e mais decisiva – escalada.

Nos anos que seguem ao fim da sociedade com os canadenses, o Eike Batista passou por alguns tropeços, com o insucesso das seguintes empresas: a fábrica de jipes JPX, a EBX Express e uma franquia de cosméticos que levava o nome de sua ex-mulher, Luma de Oliveira, sex simbol brasileira na década de 1980. Contudo, um sucesso bastou para Eike conseguir sair de R$ 1 bilhão para R$ 27 bilhões: a prosperidade da EBX.

O céu é o limite

Criada em 1983, a EBX serviu como base para todas as investidas de Eike, das bem-sucedidas às que faliram. Em 1998, a holding inicia sua diversificação, ao investir em diversos setores, sempre com o olhar em projetos que foquem a infraestrutura e recursos naturais. Nasce assim diversas empresas, tais como a MMX (mineração), a MPX (energia), a LLX (logística), a OGX (óleo e gás) e a OSX (serviços em petróleo).

Dessa lista, a primeira a ser criada foi a MPX, cuja certidão de nascimento passa pelo Ceará. Após a crise brasileira de energia vivenciada em 2001, a MPX construiu a usina termelétrica denominada Termoceará, projeto que englobou investimento de US$150 milhões. Com prazo recorde de construção, a usina, com capacidade instalada de 220 MW, começou a operar no segundo semestre de 2002 e, em 2005, foi vendida à Petrobras.

Em 2005, a partir da descoberta de um depósito de minério de ferro de qualidade considerada na classe mundial, a EBX iniciou a construção de um novo projeto de mineração, embrião da MMX. A MMX foi criada em 2006, com três sistemas integrados (Corumbá, Minas-Rio e Amapá), aliando minas de minério de ferro e logística independente, além de plantas para a produção de metálicos.

Com as duas empresas na manga, Eike vai ao mercado de capitais conseguir financiamento. Favorecido pelo boom das commodities e pela prosperidade da economia brasileira à época, realiza o IPO (Initial Public Offer) da mineradora e, sem produzir uma grama de minério de ferro, consegue captar R$ 1,18 bilhão – levantamento recorde do ano e o décimo segundo dentre os maiores da história do mercado brasileiro.

Um ano e meio após a estreia da MMX na bolsa, a Anglo American – única entre as grandes do mundo que não possuía ativos no Brasil – enxergou em Eike sua porta de entrada, ao oferecer US$ 5,5 bilhões por 49% dos sistemas Minas-Rio e Amapá. Fato curioso desta negociação foi o tempo da novela: quatro meses para a conclusão. Enquanto isso, Eike se aproveitava do interesse da Anglo American para fazer fama no mercado e ver suas ações subirem.

Depois do sucesso da MMX, vieram ainda dois IPOs, o da OGX Petróleo, de R$ 6,711 bilhões – maior da história da Bovespa à época do lançamento –, e o mais recente, da OSX, que captou R$ 2,82 bilhões. Lista atualizada das dez maiores ofertas públicas iniciais da história brasileira carrega o nome de Eike em três: OGX (terceira), OSX (sétima) e MPX (nona, com captação de R$ 2,2 bilhões).

Com o acumulo de sucesso em suas investidas, Eike assumiu o posto de homem mais rico do Brasil, de acordo com a revista Forbes. Somada a captação da OSX, o mineiro ficaria entre a sétima e a quarta posição no ranking.

Mimos e superstições

Negócios a parte, Eike é conhecido por suas extravagâncias e superstição. Dentre os mimos, destacam-se o jato Legacy 600, de US$ 26 milhões; a lancha Spirit of Brazil, de US$ 1 milhão – coma a qual obteve o recorde da travessia Rio-Santos; o iate Pershing, de US$ 19 milhões; e os diversos automóveis, como dois Porche Cayenne e um Mercedes SL-R, avaliado em US$ 1,2 milhão e estacionado em sua sala de estar. O automóvel, que chega à velocidade de 334 km/h, é o hibrido que mais se aproxima de um Fórmula 1.

Quanto à superstição, Eike seguiu os conselhos de uma cartomante carioca e foi ao Peru, para Cusco – capital do Império Inca. Por lá, deitou-se de barriga para cima em um campo de futebol e mirou o céu por cinco minutos, apara reajustar a linha da vida. Ainda em Cusco, um guia apresentou-o a uma índia bruxa, a qual pediu que Eike comprasse um saquinho de folhas de coca. A feiticeira soprou-as e pontificou sobre o pai do visitante saúde e outros assuntos.

Suas superstições incluem também o logo de sua empresa, o qual está descrito no website da EBX da seguinte forma:



1. O sol - elemento gráfico presente em todas as marcas do Grupo EBX, representa uma das principais divindades na cultura inca. Para nós, transmite força, poder, liderança e otimismo.
2. O ouro - nossa vocação para investir em bons negócios, com geração de riquezas progressiva.
3. Iniciais de Eike Batista.
4. X - simboliza o potencial de gerar e multiplicar negócios, que acompanha as empresas do grupo EBX há 23 anos.
5. O verde - respeito ao meio ambiente em todas as áreas que atuamos.
6. Para o I-Ching, filosofia milenar da cultura chinesa, os três traços contínuos e paralelos carregam um forte significado, onde a aplicação da força criativa é o que torna uma grande ideia realidade e o sucesso só é conquistado através da perseverança.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Elliott, da doença incurável às ondas da imortalidade




Fazia tempo que eu não postava uma das histórias sobre personagens importantes no mercado, que costuma sair no site do Infomoney. Dessa vez será sobre Ralph Nelson Elliott, o famoso criador das ondas de Elliott.

Curtam a vontade.

Por Valter Outeiro da Silveira

SÃO PAULO – Ralph Nelson Elliott, contador que entrou para a história do mercado por antever padrões perceptíveis de comportamento das ações. Do início da carreira como contador à criação da Teoria das Ondas aos 58 anos, o norte-americano pode-se dizer um cidadão da América Latina, por ter vivido grande parte de sua vida na região.

Em 1891, aos 20 anos, Elliott deixou o Texas, onde vivia com sua família, para morar no México, a fim de trabalhar com linhas férreas, durante o boom ferroviário da América do Norte. Aos 25 anos, conseguiu entrar na área de contabilidade, na qual permaneceu até sua aposentadoria.


No quarto de século que se segue ao seu debute como contador, Elliott ocupou posições em empresas no México, na América Central e na América do Sul, incluindo Argentina e Chile. De volta à terra natal, em 1920, Elliott foi contratado pelo governo norte-americano para gerenciar a contabilidade e a reorganização financeira da Nicarágua.

Por lá, escreveu dois livros: “Tea Room and Cafeteria Management” e “The Future of Latin America”, sendo o segundo uma análise de todos os problemas econômicos e sociais da América Latina, acompanhada de uma proposta para criar uma estabilidade financeira na região. Quando os EUA deixaram a Nicarágua, Elliott se transferiu para a Guatemala, para exercer o cargo de auditor em uma empresa do ramo ferroviário. Depois, voltou a Nova York para dirigir uma empresa de consultoria.

Enquanto trabalhava na América Central, o norte-americano descobriu que contraiu uma doença intestinal causada por uma ameba intestinal (Entamoeba histolytica), a qual forçou a antecipação de sua aposentadoria, aos 58 anos.

Distrações geniais

À procura de uma distração enquanto se recuperava dos picos graves da doença, Elliott compilou 75 anos de dados de índices acionários. A busca pela perfeição era tamanha que os índices foram listados nas bases anual, mensal, semanal, diária, por hora e até por divisões de meia hora.

Em maio de 1934, o norte-americano resumiu todas suas observações para criar a Teoria das Ondas. Elliott resolveu mostrar suas idéias a Charles Collins, membro importante da comunidade financeira na época. Collins ficou um pouco reticente com a tese de Elliott, porém durante o ano de 1935 as palavras do ex-contador se tornaram concretas, dada a acuidade na previsão do vaivém de Wall Street.

Em agosto de 1938, o livro “Principio das Ondas” é publicado, partindo da premissa de que, embora os mercados acionários tendam a apresentar trajetórias aleatórias, eles seguem padrões previsíveis.

Mercado é previsível

Para Elliott, a emoção brota e, logo após, surge a ação decorrente. O primeiro capítulo do “Princípio das Ondas” começa desta forma: “nenhuma afirmação é maior do a que diz ‘o universo é regido por leis’. Sem leis, é evidente que tudo seria um caos, e com caos nada existiria. Uma investigação muito extensa da atividade humana nos indica que praticamente todas as manifestações de nossos processos socioeconômicos seguem uma lei que dá lugar a consequências similares e séries de ondas ou impulsos de número definido. O mercado de ações mostra os impulsos e as ondas próprias da atividade socioeconômica”.


A identificação dos padrões gráficos permitiu a Elliott encontrar as formas existentes no mercado de capitais, medidas pela proporção do Número de Ouro (1,618), extraída da sequência de números de Fibonacci, a qual possui fortes correlações com o seu princípio.

Na Teoria de Elliott, há três aspectos básicos - o padrão, a relação e o tempo (nesta ordem de importância). Elliott reivindica que o mercado segue um ritmo repetitivo, com cinco ondas de avanço e três ondas de declínio. Essas oito podem ser divididas em cinco e três ondas, as quais ainda podem ser decompostas por 21 e 13, respectivamente, assim como mostra o gráfico.

As ondas 1, 3 e 5 seguem a tendência principal e são chamadas de ondas de impulso. Já as ondas 2 e 4 são corretivas. Acabada a onda 5, o avanço está terminado e três ondas de correção começam, subdivididas através da estrutura ABC. Com o encerramento deste ciclo, um novo pode começar.

Uma vez entendido o princípio do ciclo das oito ondas, ou seja, quando o investidor consegue identificar as "cincos" ondas de avanço e as "três" de correção, ele saberá o que esperar do mercado.

Pioneiro

Depois da publicação de seu livro, Elliott escreveu 12 artigos para a revista Wave Principle for Financial World, os quais trazem algo de novo ao campo da Sociologia e da Economia, ao uni-las pela junção do comportamento humano e do vaivém do mercado acionário.

Elliott falece em 1948, pelas decorrências da doença que o fez entrar na história no mercado financeiro. Dois anos antes, publicou um livro final, o qual considera sua obra-prima: “Nature's Law—The Secret of the Universe”. Neste texto, Elliott amplia sua Teoria das Ondas a todos os comportamentos humanos.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Lançamento de opções sugere queda na Bolsa


Ontem, por acaso, dei um palpite para as pessoas que me acompanham no Twitter de lançarem opções da Petrobras, pois acho que o momento é bom. Hoje, também por acaso, me deparo com uma matéria que saiu no Globo retratando exatamente o que eu já tinha analisado.

Obs: Só gostaria de lembrar aos desavisados, que os fundamentos para o ano de 2010 ainda são bons, o que não justifica uma venda das ações. Neste caso, estou fazendo um lançamento coberto para recomprar mais barato depois, ganhando com a diferença de preços. Não pretendo me desfazer dos papéis que possuo atualmente.

Segue a matéria:

SÃO PAULO - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) apresenta uma trajetória de recuperação agora em março, acumulando alta de 5%. Mas a sinalização que se forma via mercado de opções e pelos aluguéis aponta para outra direção.

Segundo o diretor do portal especializado em opções InvestCerto, Luiz Rogé, há um crescimento constante nessas posições de cunho baixista, e o que chama atenção é que isso acontece dentro de um mercado tido como de alta, ou seja, a valorização do Ibovespa não muda a visão desses agentes.

No pregão da terça-feira, as opções de venda a descoberto com ações da Petrobras subiram, especialmente nas séries de exercício R$ 38,00 (PETRD38) e R$ 40,00 (PETRD40).

Cabe lembrar que quando um agente vende um ativo a descoberto ele acredita na queda do papel, pois o tamanho do seu prejuízo é incalculável no caso de valorização no preço do ativo.

Olhando para as opções sobre ações da Vale, a posição descoberta também apresentou alta na terça-feira, com destaque para as séries a R$ 40,00 (VALED40) e R$ 50,00 (VALED50).

Outro ponto que chama atenção, segundo Rogé, é o aumento no aluguel dos papéis, o que reforça essa percepção de mais agentes acreditando em perda de força no mercado.

O aluguel de ações pressupõe a expectativa de queda de preço do ativo, pois o agente pega o papel alugado e vende, na expectativa de recomprar a um preço mais baixo depois.

No pregão de ontem, o aluguel de ações da Petrobras subiu em 4,4 milhões de papéis, atingindo 72,26 milhões. Já no caso da Vale, o avançou foi de 6,93 milhões de ações, para 62,57 milhões.

Segundo Rogé, uma explicação para esse aumento nas posições defensivas pode ser obtida por meio da analise técnica.

Dentro da metodologia gráfica, as resistências dizem ao investidor que esse não é um ponto de compra, mas sim de venda. E acontece que tanto o Ibovespa quanto o Dow Jones, assim com as ações da Vale e Petrobras estão em pontos de resistência.

Tomando o Ibovespa como exemplo, o índice já testou os 70 mil pontos mais de cinco vezes entre a semana passada e ontem, mas não conseguiu fechar acima de tal patamar, o que faz deve um ponto de resistência. A mesma ideia é válida para as ações PN da Petrobras, na casa dos R$ 37,20, e PNA da Vale, na linha de R$ 47,80.

De acordo com Rogé, como os ativos rondam esses preços e apresentamdificuldade em rompê-los, o mercado está se questionando se esse seria um nível bom para entrar. E quando as dúvidas crescem, aumenta a chance de realização.

Pelo lado dos fundamentos, o especialista chama atenção para indefinição quanto ao rumo da taxa básica de juros no Brasil. O Comitê de Política Monetária (Copom) apresenta, ainda hoje, sua decisão sobre a Selic e não há consenso sobre estabilidade em 8,75% ou início do ciclo de aperto
monetário.


segunda-feira, 15 de março de 2010

E o projeto de lei sobre a distribuição dos royalities do Petróleo?


A pedido de um assíduo leitor aqui do blog, o meu colega Johnny, estou postando a minha opinião sobre o projeto de lei da nova distribuição dos royalties.

Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) e Humberto Souto (PPS-MG), conseguiram a aprovação, através da câmara dos Deputados, do projeto de lei com uma emenda que modifica o atual sistema de partilha de distribuição dos royalties. Para quem pensa que a emenda vale somente para o pré-sal, está muito enganado. Se o presidente Lula não vetá-la, a distribuição valerá para todos os contratos, inclusive os já existentes.

Como morador de Macaé, uma das cidades que mais ganham com os royalties, acho que a mudança afetará muito a qualidade de vida. Se a cidade não está lá essas coisas com o dinheiro, imaginem sem? Essa emenda é inconstitucional e fere contratos que já foram fechados, além de prejudicar todo um planejamento dos estados que recebem esse dinheiro.

Entretanto, não discordo que a riqueza das novas descobertas deva trazer melhoras para todo o Brasil. Se a lei serve para os royalties do Petróleo, então também deve servir para a exploração de qualquer outro recurso natural. Por que os royalties da Vale não são distribuidos para o país inteiro? O que está lá embaixo da terra também não é da União?

A solução para a questão não é simples, infelizmente. Com uma distribuição igualitária, não acredito que a soma traga melhorias substanciais para outros estados. Aí fica a pergunta, o que fazer para esse dinheiro ser bem aproveitado?

Hoje eu ví o governador do Rio, Sérgio Cabral, dizendo que sem esse dinheiro o Estado para. Que isso para, inclusive, as obras para as Olimpíadas e para a Copa. Se o mesmo está exagerando eu não sei, mas que com certeza não vai ser bom, isso eu tenho certeza.

















Acho que o Lula não vai aprovar esse projeto. Aliás, o que já está rolando de manisfestação não está no gibi. Na cidade de Campos, que é bem próxima de Macaé, fecharam até as estradas na semana passada, deixando um congestionamento de mais de 10 km. Quem é que vai querer arrumar mais problema no seu governo? A decisão das riquezas sobre os recursos do Petróleo deve ficar para o próximo governo.

* Foto: Manifestação em Campos

quinta-feira, 11 de março de 2010

Já viram o anúncio da Forbes?


Já saiu em tudo que é jornal, mas não custa falar denovo. Eike Batista é o 8° homem mais rico do mundo. O patrimônio da "criança" foi estimado em US$27 bilhões, principalmente por causa da sua empresa de petróleo, a OGX.

Eu tinha postado há pouco tempo - aqui - sobre ele e a entrevista que o mesmo deu no The Charlie Rose Show, onde ele afirma que pretende ter uma fortuna de US$ 100 bilhões em até 10 anos.

Alguém duvida?

Como a Forbes só avalia o patrimônio dos empresários baseado em suas companhias de capital aberto, pode ser que a fortuna de Eike seja ainda maior do que a calculada. Com esse repentino crecimento em sua fortuna, ele é o empresário com a mais rápida ascensão já vista.


segunda-feira, 8 de março de 2010

Algumas dicas do investidor Bastter


No site da Wintrade saiu um artigo legal do Bastter, que é um investidor que admiro devido suas ideias. Aliás, remunerar a carteira vendendo opções a coberto é muito bom a longo prazo. Não deixem de ler.

"E como o pequeno investidor coloca a bolsa para trabalhar para ele?

• Em primeiro lugar, desistindo de vez dessa ilusão de bater o mercado e que vai conseguir comprar no fundo e vender no topo com tamanha eficiência que supere ser sócio de boas empresas e os custos do giro.

• Voltando a se dedicar ao seu trabalho, ao seu desenvolvimento profissional, para que possa produzir mais capital e poupar mais, pois a bolsa é um excelente instrumento, talvez o melhor, para remunerar capital, mas é péssimo para ganhar e fazer dinheiro ou pagar salário. A bolsa só paga salário para os seus empregados. Então, parte da poupança do dinheiro que vem do seu trabalho você vai comprar em ações de empresas boas, das top blue chips.

• Abandonando também a ilusão dos “micos” e de descobrir uma bela empresa que ninguém conhece.

• Esquecendo de vez a pseudoesperteza na bolsa. Como bem diz o meu irmão, o Predador, todos os espertos na bolsa terminam no “Cemitério dos Malandros”. Pense em se tornar sócio de grandes empresas e receber os seus dividendos, dividendos estes que você irá reaplicar nelas. Esse é o grande caminho para o pequeno investidor aproveitar os juros compostos da bolsa. Você vai começar a ver seu capital aumentar no decorrer dos anos e ter sua vida de volta, pois o giro, além de levar o seu dinheiro, leva também embora sua vida e saúde, devido a tantos transtornos e angústias que causa. Claro que não há garantia alguma de que uma empresa boa vai ser assim para o restante da vida. Se o mercado abandoná-la, troque. Você vai perder algum dinheiro nessa troca, mas renda variável é assim, é variável, não é garantida. Há ainda a possibilidade de fazer venda coberta, ou seja, vender opções sobre sua carteira de ações para comprar mais ações. Não é obrigatório nem garantido, mas se bem feito e tendo sempre como objetivo a carteira de ações, e não a venda de opções, pode alavancá-la mais um pouco além dos dividendos. Quem quiser aprender sobre isso pode passar no meu fórum, no Bastter.com.

Em resumo

A riqueza vem de trabalhar, poupar e acumular capital. Quanto mais capital acumula, mais rico você é. A bolsa de valores tem sido, no mundo capitalista, o local em que esse acúmulo vem sendo mais eficiente. Cabe ao pequeno investidor decidir se vai fazê-la trabalhar para ele, comprando ações de boas empresas e recebendo parte dos seus lucros, ou se ele vai sustentar o sistema por meio do giro. Isso é decisão de cada um. A riqueza do pequeno investidor é produzida pelo acúmulo de capital. O giro produz riqueza para os que recebem taxas, comissões e impostos. Cada pequeno investidor decide se ele quer produzir riqueza para ele ou para o sistema. É direito de cada um fazer o que achar melhor, assim como é direito de cada um viver a realidade ou usar todos os artifícios possíveis para se iludir achando que está vencendo um jogo que nem entra em campo, apenas paga o ingresso."

Maurício “Bastter” Hissa é agente autônomo de investimentos certificado pela CVM, palestrante de educação financeira, mercados e opções, autor dos livros Investindo em opções e Sobreviva na bolsa de valores, além de ter traduzido e adaptado diversos livros sobre mercado e economia. Amante dos esportes, ele pratica ativamente triatlo e corrida de rua. O nome Bastter foi “emprestado” de seu cão Pastor Branco. É autor do site Bastter.com - voltado aos iniciantes no mercado financeiro, com área de aprendizado, fórum de mercado e muito mais.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Concursos públicos em vista


Pessoal, sei que os jornais tem divulgado aos montes, mas não custa divulgar mais. Até porque interessa a todas as pessoas que querem ingressar no mercado de trabalho.

No site da Cesgranrio tem diversos editais de concursos que serão ministrados por esta instituição. Quem quiser conferir, é só clicar aqui.

Acabei de baixar o edital do concurso da BR distribuidora e fiquei muito feliz em saber que abriu para engenheiro de produção. Não vejo a hora de testar meus conhecimentos.

Um abraço para todos.