quarta-feira, 27 de julho de 2011

Mittal: o que você pode aprender com ele?

Mittal

Este é o segundo post da série "milionários e bilionários: o que você pode aprender com eles" que posto. O primeiro você pode conferir aqui. A série está sendo feita pela equipe da Wintrade, que tem o objetivo de dividir conosco um pouco do conhecimento adquirido por fantásticos homens de negócios.




Mittal, o marajá do aço


Fonte: Wintrade

O sexto homem mais rico do mundo, segundo o levantamento feito pela revista Forbes, não poderia ter um apelido mais descritivo: o marajá do aço. Lakshmi Mittal, o dono do tal apelido, é o presidente da maior companhia de aço do mundo, a ArcelorMittal, que opera em mais de 60 países. Com US$ 31,1 bilhões no bolso, é considerado o indiano mais rico e também o morador com mais dinheiro da Grã-Bretanha, segundo o jornal The Sunday Times.

Ele nasceu em 1950 em um vilarejo no Rajastão e começou a carreira alternando as aulas com o trabalho na pequena siderúrgica da família. Em meados dos anos 1970 iniciou o crescimento dos negócios ao adquirir uma laminadora de aço na Indonésia, e foi lá que iniciou a rápida expansão da empresa. Sua estratégia era comprar siderúrgicas deficitárias, muitas delas estatais, em países subdesenvolvidos. Com essa política, o indiano fez jus a seu primeiro nome, inspirado na deusa Lakshmi, que representa a riqueza e a fartura no hinduísmo.

Em 2004 ele se consolidou como o maior no ramo da siderurgia quando criou a Mittal Steel Company. O conglomerado surgiu da fusão de duas empresas que Mittal já controlava – a LMV Holdings e a Ispat International –, e da compra de uma terceira, a americana International Steel Group (ISG). Quando aparentava não ter mais para onde crescer, em 2006, a Mittal Steel Company se fundiu com a Arcelor, então segunda maior do mundo, criando a ArcelorMittal, gigante global do setor.

Lidando com a crise - Apesar da liderança absoluta, Mittal sofreu durante a crise econômica mundial. Para se ter uma ideia, ele apareceu em quarto lugar no ranking da Forbes no início de 2008, antes da crise estourar, com a “modesta” fortuna de US$ 45 bilhões. Em 2009 caiu para o oitavo lugar e sua conta teve um desfalque significativo, indo para US$ 19,3 bilhões. Em um cenário de recessão que abalou fortemente a indústria do aço, o indiano fez o necessário para impedir que sua empresa quebrasse: conteve gastos, reduziu a produção, demitiu funcionários e cortou salários.

Funcionou - Além de recuperar alguns bilhões de sua fortuna, Mittal também restaurou o poder da companhia. A ArcelorMittal hoje produz mais de 100 milhões de toneladas métricas de aço por ano. Sua produção é maior que a soma de suas três maiores concorrentes: BaoStee, POSCO e Nippon Steel.

Luxo - Tanto dinheiro permite ao bilionário alguns “exageros”. Em 2004 ele adquiriu por cerca de US$ 130 milhões a casa considerada na época a mais cara do mundo, em Londres – cidade em que vive há quase 20 anos. A mansão tem 12 quartos, salão de baile, piscina incrustada com jóias, banho turco, e mármore tirado da mesma pedreira utilizada para a construção do Taj Mahal. Na vizinhança ficam nada menos que a casa londrina do sultão de Brunei e o Palácio de Kensington, que pertence à Família Real britânica.

Ainda em 2004, Mittal desembolsou US$ 60 milhões para fazer a festa de casamento da filha Vanisha, na França. Os 1200 sortudos que receberam o convite (um livreto de 200 páginas, dentro de um estojo de prata) passaram por cinco dias de comemoração, com direito a noivado no Palácio de Versalhes, celebração do casamento no castelo Vaux-le-Viconte e show da cantora Kylie Minogue.

Apesar das extravagâncias, Mittal é um homem reservado e raramente dá entrevistas. Seu assunto preferido é o aço, e claro, seus negócios. Ele se dedica completamente às empresas, e tem como principal diversão ver crescer seu patrimônio.

Confira algumas das frases que o magnata já disse em entrevistas à imprensa:

“Todos experimentam tempos difíceis, e como você lida com eles é uma maneira de medir sua determinação e dedicação”.

“Nós temos que ser mais flexíveis com as mudanças na economia”.

“Sempre pense além e abrace as oportunidades que aparecem, quaisquer que sejam”.

“Quando as pessoas podem ver em qual direção seus líderes estão indo, fica mais fácil motivá-las”.

“É sempre útil trazer novos pensamentos e perspectivas para os negócios”.

“O diálogo com os acionistas é muito importante, especialmente durante tempos de crises. Nós todos precisamos estar informados e em contato próximo para lidar com a situação. Ganhar a confiança e o respeito dos acionistas é o segredo de nosso sucesso”.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Um dos motivos pelo qual a Petrobras perde talentos


Por tratar-se de uma empresa pública de capital misto, a Petrobras vem enfrentando um dilema: a perda de funcionários para a concorrência. O RH deve ter uma dificuldade enorme para a realização de mudanças, principalmente no que diz respeito a política de remuneração e benefícios.

Cláudia Schüffner e Fernando Torres fizeram um levantamento dos salários recebidos pelos principais executivos de algumas das maiores empresas de Petróleo no ano de 2010. E eis quem consta em último:

Salário dos executivos nas empresas de Petróleo

Se a comparação para os principais executivos está assim, imagina pra base da pirâmide?

É só comparar a Statoil (penúltima da lista) com a Petrobras. O executivo que mais ganhou na Statoil colocou no bolso - MUITO - mais do que o dobro do que o que mais ganhou na Petrobras. É fato consumado que as empresas estrangeiras estão agindo de forma agressiva para atrair talentos.

Segundo uma matéria veiculada no site Rio Negócios a Petrobras estaria criando um plano para reter seus executivos. Será? E se o plano não for abrangente para todos os funcionários, a perda de talentos vai continuar.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Carteira Victinhu Investimentos - Junho/2011


Demorou, mas saiu do forno. Seguem os resultados de junho da carteira Victinhu Investimentos.

Rentabilidade mensal: este é terceiro mês consecutivo de queda da carteira Victinhu Investimentos. Entretanto, ao contrário dos dois últimos meses, o Ibovespa teve o dobro de desvalorização quando comparado a mesma. Apesar dos resultados ruins em 2011, a carteira ainda está acima do Ibovespa. Se não fosse pela Petrobras, quem sabe eu não estivesse operando no positivo? O papel está horroroso esse ano. Segue a rentabilidade mês a mês e o acumulado do ano.



Conforme vocês podem ver, o Ibovespa já caiu mais do que o dobro da carteira até junho. Com essa alta dos juros a renda fixa tem ficado mais atraente, mas as quedas dos últimos meses também têm trazido boas oportunidades de entrada. Fiquemos de olho então.

Alocação no início de junho: a alocação no início de junho manteve-se a mesma do final de maio.



Alocação no final de junho: conforme eu havia comentado no post dos resultados de maio, este mês de junho teve novidades. FFCI11, que de janeiro a maio foi a queridinha da carteira, teve uma queda expressiva em junho e acabou batendo no meu stop. Fiquei triste em me desfazer das cotas, mas os preços estão reagindo de uma forma muito estranha, então prefiro ficar de fora e avaliar a situação. Dei uma geral nos FIIs pra reinvestir o dinheiro, mas não me senti confortável em comprar nada, então acabei investindo a parte dos FIIs em mais ações. Comprei Itausa (ITSA4) e até agora estou bem satisfeito.



RENTABILIDADE MENSAL POR ATIVO



1. Ações: PETR4 novamente fez feio, pelo quarto mês consecutivo, mas a queda não foi brusca desta vez. A ação parece ter encontrado um patamar na qual tem gostado de navegar, na faixa dos R$ 23 e uns quebrados. A novidade na carteira fica por conta da ITSA4. O papel se valorizou 3,46% do dia 15 (data em que o adquiri) até o dia 30 de junho. O motivo pela escolha do papel deve-se ao fato do segundo maior fundo de pensão do Brasil estar comprado nela, a Petros. Inclusive, no dia em que comprei as ações, saiu a edição da Veja com a matéria “Sem contrato”, onde a revista vem fazendo críticas à operação realizada pelo fundo de pensão. Se há algo de errado eu não sei. O que sei é que ficarei de olho nessa ação. Para dar uma reforçada no mês, fiz um lançamento coberto em PETR4. Lancei a série H da ação no valor de R$ 25. Deu pra embolsar um dinheirinho, mas ainda não é suficiente pra comprar o que eu quero, então vou deixando a grana no caixa para oportunidades futuras.

2. Fundos Imobiliários: FFCI11 foi exercida quando chegou a uma queda acumulada de -10,56% em 07/06/11. A cota encontrou uma forte resistência em R$ 1,80 e do nada teve essa queda brusca. Pouco antes de ser exercido, recebi uma carta do fundo onde estavam explicitados os novos objetivos da instituição. Na carta havia uma solicitação de voto para aprovação de mudanças no estatuto e nova emissão de cotas no mercado. Será que os cotistas ficaram chateados com essa nova emissão?

3. Renda fixa: a poupança deu uma acordada nos últimos dois meses. Enfim ela volta a ficar na faixa dos 0,6% a.m. Já o título NTN-B com vencimento em 15/05/2015, teve uma inexpressiva valorização de 0,3%. De qualquer forma, enquanto a expectativa dos juros for de alta, estarei mantendo a minha posição neste tipo de investimento. Aliás, deixar tudo em ação é meio complicado, né? Conforme vocês poderão ver abaixo, a minha alocação está muito alta em ações. Preciso rever isso mais pra frente.


ALOCAÇÃO DE ATIVOS



Queria muito ter mantido a minha posição em algum FII, mas, por motivos de força maior, estarei avaliando as possibilidades com mais carinho. Estou achando os fundos muito caros. Ultimamente não tenho feito aplicações na carteira, pois estou reservando uma grana para viajar no próximo mês. Acredito que no próximo post eu já possa dar mais detalhes da novidade.