quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Edson de Godoy Bueno - Exemplo de superação

No post passado, esqueci de comentar que o Ricardo Bellino tem um blog. Caso tenham vontade de acompanhá-lo, segue o link http://tresminutos.blig.ig.com.br/ .

A história de sucesso de hoje, é de uma pessoa que, se pensasse como qualquer outra, não teria muita perspectiva. Ele quebrou não só um, mas diversos paradigmas ao longo da sua vida. O texto e a entrevista que seguem abaixo é da Silvana Case - Vice-presidente executiva da Catho e responsável pela edição semanal do newsletter, Carreira & Sucesso, enviado a mais de 3 milhões de pessoas.

"22 de agosto de 1943, 12h05. Em meio aos rumores da Segunda Guerra Mundial, nasce mais um menino. Com o passar dos anos, os talentos de Edinho começam a florescer. Nas brincadeiras de bolas de gude, ele já demonstrava sua criatividade, habilidade e determinação em sempre conquistar a vitória, mesmo quando as “armas” eram frágeis como as pequenas bolinhas. Apesar da perda da figura paterna com apenas seis anos de idade e dos sucessivos fracassos na escola (repetiu quatro vezes no ensino fundamental!), seu lado empresarial já se sobressaía. Aos 10 anos, Edinho se tornou engraxate, e com uma iniciativa incomum para a sua idade, criou um novo conceito de serviços: atendimento em domicílios, numa pequena cidade do interior do Estado de São Paulo. O objetivo era se diferenciar dos demais engraxates que freqüentavam a mesma região, o que conseguiu com sucesso. Além das bolinhas de gude, também adorava jogar futebol, e o fazia com grande dedicação e entusiasmo, pois sonhava um dia ser um jogador profissional. Mas os problemas de visão fizeram com que ele fosse obrigado a abandonar o que mais gostava de fazer. O Brasil perdeu um craque... mas ganhou um empresário de primeira linha. Hoje, Dr. Edson de Godoy Bueno é uma referência quando o assunto é realização profissional. À frente de uma das maiores empresas de serviços médicos do Brasil, ele fala com carinho e emoção sobre a sua grande paixão, a Amil. Sempre tive grande admiração pela Amil e queria conhecer um pouco mais sobre sua história. Para minha felicidade, Dr. Edson aceitou meu convite e fui recebida em seu elegantíssimo escritório localizado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Não tenho a pretensão de escrever uma obra-prima, mas tentei me aproximar ao máximo, pois é o mínimo que posso fazer para retribuir as horas que a obra-prima Edson de Godoy Bueno dedicou a mim.

Boa leitura."

SIMPLESMENTE EDSON... A ORIGEM...

SILVANA CASE: Nascido na cidade de Guarantã, interior de São Paulo... sua infância e lembranças...

EDSON DE GODOY BUENO: Nasci numa família muito humilde. A minha mãe era doméstica e meu pai faleceu quando eu ainda era pequeno. O motorista que fazia nossa mudança acabou casando-se com minha mãe anos mais tarde e tiveram dois filhos. Ela faleceu há 10 anos; ele continua entre nós e até hoje nos damos muito bem. Ele não tinha instrução alguma, então em casa era proibido ler... ele falava que fazia mal para a visão! Eu perdi quatro anos na escola, mesmo freqüentando-a diariamente. Eu era muito desligado, só gostava de jogar bola de gude e futebol. O fato de ter repetido tantas vezes me deixava muito deprimido e um dia disse para minha mãe que não queria mais estudar. Ela era muito rígida e me bateu dizendo “você vai estudar de qualquer maneira nem que seja a última coisa que eu tenha que fazer por você”. Minha mãe foi a melhor mãe que eu poderia ter tido, tudo o que sou devo a ela.

SC: O seu primeiro empreendedorismo... o engraxate diferenciado.

EB: Eu comecei a engraxar sapatos aos 10 anos porque a minha família estava passando por dificuldades financeiras. Criei um conceito que não existia na cidade. Descobri quem eram as pessoas mais importantes e as atendia nas residências. Muito, mas muitos anos depois, fui aprender o que é nicho, marketing e segmento. Naquela época, eu aplicava essas teorias sem saber nada sobre elas, nem sequer da existência dessas palavras.

SC: A decisão de estudar Medicina... como surgiu?

EB: A minha grande inspiração em optar pela medicina surgiu com o Dr. Moacyr, o médico da cidade onde eu morava. Ele era uma pessoa muito querida na região e dedicou sua vida a ajudar as pessoas, principalmente as mais carentes. Depois de perder tantos anos de escola, resolvi me espelhar nele, e decidi que seria como ele. Até a mesma faculdade iria cursar! Dr. Moacyr era e continua sendo o meu modelo. Eu acredito que as pessoas só se aperfeiçoam quando se espelham em algum modelo ou exemplo maior ou melhor que elas mesmas. E quando eu resolvo fazer uma coisa eu levanto, como e durmo pensando nisso. Então, comecei a estudar muito. Para sair daquela vida de dificuldade e ser médico, só com muita paixão!

SC: A sua vinda para o Rio de Janeiro...

EB: Em 1965, eu fui cursar Medicina no Rio de Janeiro, na mesma universidade que o Dr. Moacyr, a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, na Praia Vermelha, como era meu objetivo inicial, desde que decidi ser médico. No início, quando comentei meus planos de ser médico, ninguém acreditava que eu conseguiria - como um garoto pobre, de uma pequena cidade do interior poderia estudar Medicina e ainda no Rio de Janeiro? A partir daí, eu coloquei o pé no acelerador! Minha vida começou a tomar novos rumos. Cheguei ao Rio e fui morar com outros nove estudantes de Medicina em uma quitinete de pouco mais de 30 metros quadrados. Eu tentava ser agradável para poder morar lá e ajudava na limpeza do apartamento. A minha mãe me mandava um salário mínimo por mês, o que dava apenas para cobrir as necessidades básicas. Meus colegas me ajudaram nessa fase e hoje eu tenho o prazer de poder retribuir, contratando a maioria deles para trabalhar comigo no Grupo Amil.

SC: Dividindo a casa com outros estudantes...difícil ou enriquecedor?

EB: Eu não considero ter sido uma fase difícil. Quando você coloca um objetivo na sua vida, pode suportar qualquer coisa. Então eu não estava preocupado em ter que dormir no chão e ter que fazer a faxina do apartamento. O sacrifício maior era o que a minha mãe estava fazendo, enviando para mim o que era quase nada e para ela era tanto.

SC: Antes mesmo de se formar, começou a trabalhar na Casa de Saúde São José...

EB: Fui indicado por um dos colegas que morava comigo para fazer plantão na Casa São José, na Baixada Fluminense. A clínica estava em uma situação difícil, praticamente falida e não pagava os salários para os funcionários. Após o sexto mês sem receber, decidi ser sócio, tendo ingressado na sociedade com meus salários atrasados. Depois de alguns anos, a São José tornou-se a maior maternidade em número de partos do estado, realizando na época, 1975, 600 partos ao mês. Foi o meu primeiro empreendimento.

SC: Como médico, passou por dificuldades no início da carreira, ou é mais um folclore ligado à carreira dos médicos?

EB: No início é complicado sim. A medicina exige muita dedicação e compromisso com todos e é uma opção que você faz para a vida toda. Trabalha-se muito e, no meu caso, como comprei o primeiro hospital sem dinheiro algum, só tinha mesmo a minha capacidade de trabalho para oferecer... então, trabalhava exaustivamente! Cheguei a dormir dentro de um carro por algumas horas para descansar e voltar a atender. Na época, trabalhava 72 horas por semana, em média. Tive perda total de três carros devido a acidentes, pois ao retornar para casa, dormia ao volante de tanto cansaço! Até que resolvi morar próximo à maternidade para evitar o quarto acidente!

SC: A morte para o médico...

EB: A morte para mim sempre foi difícil de ser enfrentada. Hoje não digo que aceito, mas convivo um pouco melhor. Nunca aceitei a incapacidade dos médicos diante do sofrimento dos familiares e da possibilidade de perder um doente. É uma sensação de incompetência, de frustração. O que ocorre é que o erro médico faz parte da vida do profissional, pois é parte do ser humano. Se é difícil perder um paciente, mais difícil ainda é saber que alguém morreu por “sua culpa”.

SC: Qual o aprendizado extraído dos primeiros anos de sua carreira como médico?

EB: Eu trabalhei durante 10 anos como cirurgião, que é a minha especialidade. O médico lida com a vida das pessoas, o que de mais nobre há no universo, lida com as mais profundas emoções das pessoas. O que temos que lembrar é que todo tipo de aprendizagem envolve sempre dor. Nós, médicos, temos que ter a habilidade de compreender cada paciente, sua dor, seu sofrimento, afinal essa foi a nossa opção ao escolher a medicina. E não esquecer que não somos Deus.

SC: A aquisição de mais hospitais... e a decisão de se dedicar à administração deles, saindo da área clínica. Uma necessidade ou um interesse com objetivo a longo prazo?

EB: A Casa São José gerou caixa para a aquisição da Somicol (atual Hospital de Clínicas Mário Lioni), que gerou caixa para a aquisição da Clínica Santa Rita, que gerou caixa para a compra da Clínica São Sebastião - tem início a ESHO (Empresa de Serviços Hospitalares). Em 1978, nasce a Amil no Rio de Janeiro, chegando a São Paulo em 1986. Era muita coisa... a decisão de abandonar o jaleco e ser “executivo” não foi simples, mas era necessária. Tive que iniciar do zero, fazer cursos de administração, correr atrás para aprender e ir em busca de informações atualizadas para administrá-las. E foi o que fiz.

"DR. EDSON EM HARVARD, SEM FALAR INGLÊS!"

SC: O aluno em Harvard, que não falava inglês! Como foi possível?

EB: Esse episódio foi muito gratificante, mas uma prova de que com determinação tudo é possível. Estava bem, na zona de conforto. Para que ir aos Estados Unidos se nem inglês eu falava? Meus conhecimentos do idioma eram rudimentares na época... mas queria fazer isso por considerar a Harvard um centro de excelência. Queria aprender do melhor. E fui! Fiz o OPM, Owner President Management Program, destinado a presidentes de empresas. De lá saí com o firme propósito de ter a Amil nos Estados Unidos.

"Um detalhe: No final do curso, o aluno que mostra mais garra, determinação e coragem, recebe uma homenagem. O escolhido: o brasileiro Edson de Godoy Bueno!"

"A AMIL"

SC: Como acredita que a experiência anterior colaborou para o sucesso em relação à Amil?

EB: Ser médico foi fundamental. Quando você lida com a medicina, conhece o lado do paciente e do médico; aprende como funciona essa relação. Se você me perguntar: médico ou administrador? Se for excludente eu escolho administrador, mas os dois são complementares e tiveram contribuição equivalente para me fazer chegar até aqui.

SC: A Amil e suas regiões de atuação...

EB: Nós atendemos em todo o país, com maior presença nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Distrito Federal. Nos demais locais, temos credenciamento com os convênios particulares para não deixar de atender a nenhum cliente. O faturamento do grupo em 2003 foi de R$ 2,5 bilhões e queremos crescer mais, abrangendo um maior números de cidades e pessoas atendidas.

SC: O ingresso no mercado norte-americano... encontrou muita resistência dos clientes estrangeiros em aceitar uma prestadora brasileira de serviços médicos?

EB: A entrada no mercado norte-americano ocorreu há 15 anos. Encontramos sim resistência em prestar serviços médicos no exterior. Mas contei com o apoio de muitas pessoas, entre elas o da empresa de eventos HSM, que sempre traz renomados professores ao Brasil. Eles ministravam cursos exclusivos dentro da Amil e assim fomos referenciados lá fora. Essa integração foi fundamental para conseguirmos ingressar no mercado americano. A Amil está com escritórios em Miami e no Texas. No ano passado também adquirimos a carteira da empresa norte-americana Cigna Saúde, que retirou suas operações do país. Acredito que nossa experiência internacional favoreceu as negociações.
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*Nota extraída do livro Nosso Edson, Biografia não autorizada de um realizador brasileiro, idealizada por seus colaboradores:

Um instituto americano havia realizado uma pesquisa sobre as sete empresas mais inovadoras dos Estados Unidos e do mundo. No livro Beyondf Maxi Marketing, publicado em 1994, os autores Stan Rapp e Thomas L. Collins descrevem, página por página, o sucesso da Lego, Seagram, Nestlé, Fidelity, Ryder, North American Assurance e como estas empresas de alto padrão se transformaram em extraordinários casos de sucesso. Na página 203, eles começam a descrever uma empresa brasileira que, apesar de atuar em um ambiente empresarial “arrasado pela inflação”, consegue crescer 45% ao ano, durante 10 anos seguidos. Relatam como esta empresa faturou 800 milhões de dólares numa economia que é um décimo da americana. Como tudo começou com um hospital mambembe num bairro indigente que distribuía Coca-Cola para as parturientes pobres. Como o hospital se multiplicou e acabou virando um grupo. Como o seu diretor, através de um marketing “à frente de seu tempo”, transformou o grupo num enorme sucesso empresarial. O nome da empresa? Amil. Depois do aval público dado pelos livros, Edson consegue finalmente romper a barreira de desconfiança americana e funda a empresa que virá a ser a Amil International Health Corporation. A única empresa não americana de “health care” até hoje licenciada para operar nos Estados Unidos.

· A Amil foi uma das 10 vencedoras no ranking Empreendedorismo Corporativo, criado pelo Instituto Brasileiro de Intra-Empreendedorismo (Ibie), publicado pela Revista Exame edição 820, junho 2004.
· Um estudo patrocinado pela consultoria Hewitt Associates, em parceria com a Revista AméricaEconomia, apontou os 25 melhores empregadores da América Latina. Nesse seleto grupo, estão a Amil e a DixAmico, duas empresas do Grupo Amil.
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"O ESTILO EDSON GODOY BUENO DE ADMINISTRAR"

"Dr. Edson torna-se uma referência não só no setor de saúde, mas na alta gestão em geral, por seus métodos de treinamento. Ele se apresenta sempre com o “Gerente de Treinamento” (cargo grafado em seu business card) e tem na gestão das pessoas seu maior diferencial. Uma de suas frases favoritas: “Não são os tijolos e as paredes que fazem a diferença, são os seres humanos que vivem dentro desses prédios”. Lugar comum? Decididamente, não! Dr. Edson fala e pratica a teoria."

SC: Como define os diferenciais da Amil para os funcionários?

EB: Procuramos remunerar os funcionários de acordo com o mercado mas, além do dinheiro, temos um excelente espírito de família. Há uma amizade entre as pessoas, um carinho muito grande e todos querem estar juntos, mesmo após o trabalho. É algo que “contamina” positivamente. Eu também incentivo todos os meus funcionários a estudarem muito; é um dos caminhos para fazer a diferença. Temos que apoiar a construção de um país melhor e os estudos fazem parte disso. Não importa se os outros não estão fazendo, temos que fazer a nossa parte. Como conseqüência, temos um maior número de pessoas mais criativas e inovadoras. Essa tem sido a fórmula da Amil em relação aos funcionários.

SC: E para os clientes?

EB: Em relação ao cliente, procuramos oferecer uma gama de serviços de primeira qualidade, sempre com inovações, como:

· consultas sem limite;
· a Amil foi a primeira empresa a se internacionalizar nesse segmento;
· a primeira a criar uma farmácia com descontos para o associado em 1994, a rede Farmalife;
· Amil Resgate Aéreo em 1993, considerado até hoje o melhor modelo de resgate do país;
· em 2001, surgiu a nossa estratégia de Excelência Médica.

SC: Acredita que o bom relacionamento entre chefe e subordinado é o melhor caminho para o sucesso de uma empresa?

EB: Não sei o quanto tem a ver com o sucesso, mas tem muito a ver com qualidade de vida. Trabalhar com pessoas que você gosta é completamente diferente. Dá mais energia, mais prazer. Com amizade, amor e carinho sempre funciona melhor. Por que ser infeliz se podemos estar com quem gostamos, com quem admiramos?

SC: O seu cargo no crachá é de “Gerente de Treinamento”. Por que não “Presidente”?

EB: Há alguns anos retomamos alguns pontos e eu resolvi voltar a atuar mais diretamente, como no início. Devido à expansão, estive mais ausente do que gostaria. Para mim, o presidente deve estar presente, vivenciar o dia-a-dia, saber das competências e pontos a serem desenvolvidos em seus funcionários. Deve saber exatamente o que quer cada colaborador e como, a partir do interesse deles, é possível alavancar e apoiar. Acredito que o nosso estilo de comunicação faz toda a diferença. Temos programas diversos, dirigidos de modo a todos saberem onde estamos e onde vamos - é o programa oftalmo: a visão perfeita para onde estamos indo. O poder da visão fazendo a diferença!

SC: Definindo três competências na contratação de executivos para a Amil...

EB: Prefiro determinar apenas uma: paixão. Você tem que ter paixão pelo que faz. Esse sentimento é determinante para o sucesso.

SC: Sua experiência com o consultor americano Paul Dinsmore e sua aplicabilidade no dia-a-dia da Amil...

EB: O maior diferencial não foi na Amil diretamente, foi em mim! Ele me ajudou a planejar melhor a minha vida e hoje aplico seus conceitos na empresa no sentido estrutural, de organização. Quando você trabalha seguindo um projeto, tudo rende muito mais.

"DR. EDSON E SEU ESTILO DE PENSAR E VIVER"

SC: Vencendo o torneio de tênis no meeting de Aruba... quando iniciou a prática do esporte? Foi como um hobby?

EB: Eu comecei a jogar tênis somente há 10 anos, por necessidade, em substituição ao futebol, que sempre adorei. Fui até campeão na universidade. Em relação ao tênis, até que jogo bem, se levado em consideração que eu comecei tarde. Como faço tudo apaixonadamente, construímos um clube de tênis no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro, com 13 quadras; assim pude estender aos executivos do Grupo Amil a oportunidade de melhorar a longevidade e a qualidade de vida, por meio da prática saudável do esporte.

SC: Mais médico ou mais empresário?

EB: Hoje sou uma mescla dos dois. Não deixei de ser médico por não atuar na linha de frente com o paciente. Na área técnica, estou desatualizado há 20 anos, mas o sentimento de médico é sempre o mesmo. E é o sentimento que move o ser humano, não a técnica.

SC: O que acredita que falta conquistar em sua vida?

EB: Eu queria estar num local em que os funcionários fossem 100% realizados e felizes, clientes e fornecedores idem, mas creio ser um tanto utópico. Mas eu luto permanentemente para conseguir o equilíbrio necessário. Para mim, a vida é paixão e bom senso.

"PARA A CARREIRA, DR. EDSON ACREDITA QUE..."

Ser workaholic é... esquecer de planejar sua vida estrategicamente; estou fazendo o planejamento para meus próximos cinco anos, para evitar ser workaholic.

O chefe sempre tem razão? De jeito nenhum, não existe isso!!!

Discordar do chefe é... não necessariamente comprar uma briga, mas manter uma constante, necessária e saudável troca de idéias.

"PARA O EDSON..."

Tem valor... a amizade entre as pessoas.
Acredita... que a paixão é a solução para todos os problemas.
A espiritualidade... acredite nela.
A ambição... sadia culmina na conquista, na realização.
Uma paixão: a Amil.
Homem que admira... Dr. Moacyr, Akio Morita, Lincoln e muitos outros.
Mulher que admira... minha mãe, Madre Teresa de Calcutá, minha secretária Anilda, que me acompanha com toda dedicação há 30 anos, e muitas outras.
Um diferencial a ser notado no outro... a gratidão.
A música... um adoçante da vida.
Sua maior conquista até o momento... meus filhos.
Seus sonhos... criar sempre a melhor equipe do país para se trabalhar, pois é uma corrida sem linha de chegada; sempre é possível melhorar!


“Tente encontrar alguma coisa na vida que desperte sua paixão. A paixão é a maior motivação que existe para se alcançar um objetivo”. Edson de Godoy Bueno

“Todos nascemos com um talento. Talento para a música, para pintar quadros, escrever livros, administrar empresas. Mais do que isso, Dr. Edson de Godoy Bueno vem sendo, durante toda a sua vida, acompanhado por uma determinação, uma vontade sem limites de vencer obstáculos. Assim, o humilde menino do interior se tornou médico. Seu espírito empreendedor fez com que ele aposentasse o jaleco e o bisturi para se tornar um empresário. Assim nasceu a Amil, embebida em sonho, garra e amor. Falar do Dr. Edson é simultaneamente simples e difícil, pois por mais que eu escreva, temo que algo escape ou fique a desejar. Após passar algumas horas com ele na Amil, difícil não se envolver por seu estilo educado e inteligente de ver a vida, de tratar as pessoas, sejam as que conheceu há tempos, seja a mim, que conhecera há apenas algumas horas. Sou cliente Amil desde 1989 e Amil Resgate desde sua criação e, se antes já gostava da empresa, agora sou apaixonada por ela, tanto quanto todos os seus funcionários que têm o privilégio de fazer parte de um time vencedor. Por quê? Seu líder faz toda a diferença e, para mim, a empresa é o modelo do líder, sem dúvida alguma! Meus cumprimentos e admiração públicos à Amil e ao Dr. Edson, um ser humano de sonho, que com seu carisma, humildade e envolvimento me fez refletir e aprender um pouco mais. O privilégio de poder conhecer pessoas como ele é o que faz a diferença em minha vida e carreira”.

Silvana Case.

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Uma grande história de vida né? Já pensou se ele fosse tolhido pelas idéias contrárias? É por isso que temos que pegar a história deste homem como exemplo. Jamais deixe de acreditar e nunca, mas nunca mesmo, deixe com que alguém o diminua frente os seus sonhos ou vontades.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Ricardo Bellino - O grande empreendedor.

O meu primeiro post será dedicado a uma pessoa que, com sua história, me fez querer mais. Me fez querer fazer diferente. Me fez querer acreditar que, com pouca coisa e muita vontade, podemos ter sucesso em qualquer área da nossa vida. Seja pessoal ou prossionalmente. A trajetória de sucesso do Ricardo Bellino, foi o pontapé inicial para que eu buscasse conhecer outras histórias e, assim, aprender a construir a minha também.

Espero que gostem.

Fonte: http://www.terra.com.br/istoe/1789/1789vermelhas.htm

Quem conhece o empresário carioca Ricardo Bellino, atualmente presidente da Trump Realty Brazil, certamente já o considerou louco. O que dizer de alguém que, aos 21 anos, pensou em trazer a megaagência de modelos americana Elite Models para o Brasil, sem falar inglês nem ter um tostão no bolso? Bellino apostou nessa idéia mirabolante, abandonou a faculdade de economia, mudou-se para São Paulo e teve sucesso, a ponto de se tornar amigo pessoal de John Casablancas, dono da Elite. Bellino trouxe também para o País a campanha das camisetas do câncer de mama, colocando o famoso símbolo do alvo no peito de milhares de brasileiras. Depois, ainda criou a primeira modelo virtual, a Webbie Tookay, sucesso no mundo todo e estrela de uma campanha da Nokia. Atualmente, aos 38 anos, o empresário encara o seu maior desafio, que é construir o primeiro empreendimento imobiliário do bilionário americano Donald Trump no Brasil. O Villa Trump, que será erguido em Itatiba, é um projeto de US$ 40 milhões. Vai ter um campo de golfe desenvolvido por Jack Nicklaus, considerado o maior golfista de todos os tempos, hotel de alto padrão, spa e tudo o mais de luxo que o dinheiro pode oferecer para 500 sócios escolhidos a dedo. Bellino ainda achou tempo em sua concorrida agenda para escrever o livro O poder das idéias (Editora Campus), que conta um pouco do segredo de seu sucesso e traz depoimentos de personalidades como John Casablancas, Donald Trump e Jack Nicklaus. Nesta entrevista a ISTOÉ, Bellino fala de seus projetos e dá dicas de como transformar uma idéia num empreendimento de sucesso e de como usá-la nas empresas.

ISTOÉ – Qual foi o seu primeiro projeto de sucesso?

Ricardo Bellino – Quando tinha 12 anos percebi que meus colegas de escola traziam dos EUA videogames Atari e videocassetes. Eram aparelhos adaptados ao sistema americano de vídeo, o NTSC, incompatível com o sistema brasileiro, o Palm-m. Fiz um acordo comuma oficina próxima à escola que se dedicava à transcodificação. Eu achava clientes, levava os aparelhos para a loja de ônibus e ficava com parte do lucro.

ISTOÉ – O que o sr. fez com o dinheiro?

Bellino – Troquei tudo em dólares por causa da inflação. Quando tinha 15 anos, usei esse dinheiro para comprar equipamentos de som. Como eu era muito tímido, ia às festas e, em vez de tirar as meninas para dançar, ficava conversando com o DJ. Com isso, acabei participando de uma equipe de som. Meu negócio era alugar equipamento para festas, mas fazia também o papel de animador e relações-públicas. Isso me fez ter a idéia de lançar camisetas temáticas e vendê-las. Foi um sucesso. Num GP Brasil de Fórmula 1 que o Piquet venceu, eu e meus amigos vendemos até as camisetas do corpo.

ISTOÉ – Como veio a idéia de trazer a Elite Models para o Brasil?

Bellino – Eu frequentava bailes e desfiles e fiquei encantado com esse negócio. Na casa de um amigo, li uma revista de moda francesa e lá estava a história da Elite. Fiquei extasiado. Li nas entrelinhas da matéria que havia um concurso de modelos. Fiquei alucinado com a possibilidade de trazer um negócio daqueles para o Brasil. Tinha 21 anos. Percebi que a agência poderia aproveitar os talentos nacionais.

ISTOÉ – Qual foi a reação de seus parentes e amigos quando o sr. falou da Elite?

Bellino – Acharam a idéia completamente maluca, uma loucura total. Achavam que não tinha lógica eu tentar estabelecer uma base no Brasil para um negócio enorme, que faturava US$ 100 milhões por ano, apenas por ter tido uma vontade.

ISTOÉ – E o sr. não desistiu?

Bellino – Não. Escrevi uma carta ao John Casablancas, fundador da empresa, pedi para um amigo traduzir para mim e mandei por telex. No terceiro telex, a secretária confirmou o recebimento da carta e disse que o John responderia na volta de uma viagem de negócios. Propus então uma reunião, mesmo sem ter um tostão no bolso.

ISTOÉ – Como o sr. foi para Nova York?

Bellino – Um amigo havia lido um artigo sobre uma empresa de entregas, a DHL, que oferecia a jovens estudantes a oportunidade de viajar para os EUA desde que levassem só a mala de mão. No dia seguinte, consegui a passagem. Montei um kit que continha um vídeo com as garotas do Fantástico e até uma carta de opção para a compra de um prédio onde eu imaginava implantar a Elite. Fui recebido em Nova York pelo irmão do John Casablancas, o Fernando, que presidia a empresa que cuidava da venda de franquias e licenciamento. Ele queria me vender uma franquia. Eu dizia que buscava uma parceria. Na sexta reunião, ele chamou o John para ver se chegávamos a um entendimento. Aí abri o jogo. Disse “John, deixa eu explicar: eu venho aqui como carteiro da DHL, fico no albergue da juventude e como hambúrguer. Não tenho um tostão para comprar franquia nenhuma. Quero arranjar um patrocinador, levar o concurso da Elite para o Brasil, me capitalizar e montar a empresa.” Ele gostou da idéia. Depois de dois meses, me enviou material de apoio e uma carta em que me autorizava a falar em nome da empresa. Era um sonho se tornando realidade.

ISTOÉ – E o que aconteceu de volta ao Brasil?

Bellino – Depois de quatro ou cinco meses percorrendo as mais diversas empresas, encontrei o Nelson Alvarenga, dono da Ellus, e houve uma empatia imediata. Sua rede de lojas estava crescendo muito e ele buscava uma estratégia diferente, saindo da mídia convencional e procurando algo que falasse mais ao público-alvo da marca, o jovem. Fizemos o primeiro concurso em 1988. Foi um enorme sucesso. Renovamos o contrato por mais dois anos, o Alvarenga se tornou meu sócio financeiro e lançamos a Elite no Brasil.

ISTOÉ – O que o faz persistir nas idéias que tem?

Bellino – Eu sempre fui muito determinado nos desafios. Para mim, todas as tentativas de me desencorajar se transformavam em motivação. Se tinham tanta convicção em tentar me desmotivar, era porque o assunto era tão bom que merecia meu engajamento. Eu já sabia que era difícil e complicado. Ninguém estava contando nada de novo. Tentava encarar as tentativas de me desencorajar de uma forma positiva, numa motivação que me dava mais força e determinação para continuar.

ISTOÉ – Como identificar uma boa idéia?

Bellino – Não tenho um manual para fazer essa avaliação. Percebo as oportunidades que determinado assunto tem naquele momento.Uma boa idéia é contextualizada. No caso da Elite, via algumas coisas acontecerem e percebi uma oportunidade. Se vejo que a melhor alternativa é um projeto muito ousado e grande, não me inibo. No site do meu livro, www.poderdasideias.org, há um teste interativo em que o leitor pode avaliar sua capacidade de identificar e implementar idéias.

ISTOÉ – Que conselhos o sr. tenta passar ao leitor de seu livro?

Bellino – Quero dividir minhas experiências e provocar uma reflexão nas pessoas. Elas precisam estar prontas para eventualmente identificar uma oportunidade e se lançar num processo de transformar aquela idéia num negócio. Fiz questão de abrir um espaço no livro para que meus parceiros, sócios e outras pessoas de sucesso expressassem suas idéias e contassem como as transformaram em realidade. Não quero estabelecer uma teoria. Quero mostrar que as idéias têm aplicação prática. Isso só depende de como você se posiciona diante das situações. A principal mensagem do livro é que a pessoa tem primeiro que encontrar um equilíbrio emocional para que, a partir desse equilíbrio, minimize suas deficiências e potencialize suas virtudes.

ISTOÉ – A pessoa tem que estar apaixonada pela idéia ou tem que manter uma certa distância e racionalidade em relação a ela?

Bellino – Se o dono da idéia não estiver apaixonado, não vai passar do primeiro estágio. O primeiro impulso tem que ser algo que transcende a questão cartesiana ou pragmática da idéia. Mas issotem que ser contraposto com uma visão de viabilidade na hora de concretizar esses projetos.

ISTOÉ – O sr. é monogâmico no campo das idéias?

Bellino – Não. Posso me dividir entre várias. O mesmo projeto pode estar baseado em diversas idéias. Consigo também criar uma relaçãocom elas de não posse. Não me sinto o dono da idéia. Um dos segredos para o sucesso dos meus projetos foi identificar pessoas que acreditavam que aquela idéia era possível e se sentissem co-autoras dela. É importantíssimo que se construa durante o desenvolvimento de uma idéia essa equipe de sócios ou parceirosque vibrem na mesma sintonia e acreditem que ela é possível e que cada um traga um componente para aperfeiçoar o plano de ação. Ninguém é capaz de jogar bem nas 11 posições.

ISTOÉ – Como expor uma boa idéia?

Bellino – No livro, faço uma provocação ao sistema que existe hoje nas empresas. Há diversas tentativas dos departamentos de recursos humanos de buscar a interação dos funcionários e fazê-los se expressar. Mas criam um constrangimento a partir do momento que estabelecem um formato para se transmitir a idéia, normalmente escrito num formulário ou num e-mail. Nem todo mundo tem facilidade para escrever. Às vezes a idéia é tão simples que não tem nem como colocá-la no papel. Uma conversa de cinco minutos funciona melhor para explicá-la. A solução dos problemas de sua empresa pode estar na mão do faxineiro.

ISTOÉ – Como melhorar essa comunicação?

Bellino – Minha sugestão é a criação do cargo de Diretor de Idéias, o DI, que pode assumir o papel de ouvido da empresa. As pessoas têm que ter com ele uma relação de cumplicidade para que se sintam à vontade para contar as coisas sem constrangimento e sem medo de perder o emprego

ISTOÉ – Como nasceu a Webbie Tookay, primeira modelo virtual do mundo?

Bellino – A idéia veio de um artigo que li na revista Time sobre o mercado de publicidade, que estava ficando saturado das caras das top models tradicionais. No final da matéria a pergunta era: quem seria a cara do ano 2000? Aí eu vi uma oportunidade de criar uma cara que fosse uma representação daquela virada. Fiz uma pesquisa nos principais estúdios de computação gráfica do mundo e me indicaram o site de um artista sueco. Em duas semanas, nascia a Webbie Tookay. O John Casablancas ficou como porta-voz dela. Em menos de 30 dias, assinou contrato de US$ 60 mil com a Nokia para estrelar uma campanha de celular. A Webbie foi assunto nos principais jornais e revistas do mundo todo. Foi a prova de que uma boa idéia não tem fronteiras.

ISTOÉ – O que é mais difícil: ter uma idéia ou executá-la?

Bellino – Ter idéias todo mundo tem. Agora, acreditar que se pode transformar aquilo em algo concreto é o maior desafio e o que faz a diferença. Uma grande parte das pessoas desiste já na idéia. Vêque é algo grande e imagina que é impossível e não se sente capaz de fazer e desiste. Tem outro grupo que acredita um pouco mais, mas na primeira negativa que ouve encontra um conforto e desiste também. Se deixam levar por terceiros.

ISTOÉ – Qual é o maior inimigo de uma boa idéia?

Bellino – As influências de pessoas que não conseguem ter a mesma visão que você e tratam de detonar sua idéia. Quando alguém diz que você está louco, está questionando sua capacidade. Mas quem tem que colocar limites é a própria pessoa. Ouço com mais atenção as críticas que os elogios, para repensar alguns movimentos. Não dou a menor atenção para aquela crítica que tem a intenção de inibir alguma iniciativa. No meu livro, agradeço a todos que tentaram me desmotivar de alguma idéia. Não tem prazer melhor do que escutar daquela mesma pessoa um cumprimento depois de alcançar o sucesso.

ISTOÉ – Qual é sua fonte de inspiração?

Bellino – A grande maioria das minhas idéias veio da mídia, algo que está à disposição de qualquer um. Não tenho nenhuma fonte especial. Você não precisa necessariamente ser um entendido no assunto de sua idéia, mas precisa se assegurar de que tem um time de especialistas a sua volta na hora da implementação do projeto.

ISTOÉ – De onde surgiu a idéia do Villa Trump?

Bellino – Não jogo golfe, eu nunca havia participado de um projeto imobiliário. O que aconteceu foi uma coincidência. Um dia, meu vizinho em Itatiba me propôs vender uma área rural ao John Casablancas. Tive dois impulsos. Um, dizer que o John não tinha interesse. O segundo foi dizer na mesma hora “vamos fazer aqui o primeiro empreendimento do Trump no Brasil”. Já tinha ouvido falar de um empreendimento de golfeem Itu. Sabia também que o Trump fazia negócio fora dos EUA e pensei então em fincar a bandeira do Trump no Brasil. Na hora, meu amigo pensou que eu estivesse louco, mas topou participar do negócio.O golfe é pequeno ainda no Brasil, mas demonstra sinais de que tem um potencial muito importante.
ISTOÉ – E como essa idéia começou a virar realidade?Bellino – Um mês depois daquela conversa, contando com a ajuda do John Casablancas, marquei uma reunião com o Trump e fechamos o negócio. Jack Nicklaus já está fazendo o projeto do campo. Teremos investimentos de US$ 40 milhões.

ISTOÉ – Qual é sua idéia mais recente?

Bellino – Quero trazer para a televisão brasileira o The Apprentice(O aprendiz), reality show da rede americana NBC do qual participam estudantes de administração. Eles concorrem a uma vaga de estágio nas empresas do Trump com um salário anual de US$ 250 mil. Imagine concorrer no Brasil a um salário anual de R$ 100 mil, por exemplo?
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Para quem ainda não o seu livro, 3 minutos para o sucesso, comprem!! Eu recomendo. É uma grande bibliografia.

Espero que tenham gostado. Em breve postarei mais histórias interessantes.

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Se você está aqui, é porque tem "espírito" empreendedor. Provavelmente, ficou curioso, e pesquisou por alguma das palavras: Gestão, markentig, histórias de sucesso ou empreendedorismo. Espero não decepcioná-lo(a) em sua busca. Por isso, estarei compartilhando, sempre que puder, história de pessoas que fizeram a diferença na vida. Exemplos de sucessos nas mais diversificadas áreas, como: Administração, Marketing, Matemática, Finanças e negócios em geral. Postarei, também, novidades interessantes em todas as áreas já citadas. Espero que você, assim como eu, goste de aprender com o exemplo dos outros, sempre retirando o que há de melhor em qualquer situação.

Aproveitem!