terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Fora de série


Estou lendo o livro Fora de série, de Malcom Gladwell, e fiquei impressionado com a história de Christopher Langan, um ser humano tão inteligente que teve que ter o seu QI estimado, pois não existiam testes na época que determinassem o tamanho de sua inteligência. Este homem poderia ter sido qualquer coisa na vida, até mesmo ter ganhado um prêmio nobel, mas por vários acasos não é nem um pouco famoso ou respeitado.

E aí vem a pergunta, você sabe qual é o motivo do sucesso?

Malcom Gladwell explica.

Fonte: Revista Época

"Você já ouviu falar em Christopher Langan? Provavelmente, não. Ele é um americano de 51 anos que ficou conhecido desde o final dos anos 1990 como o “homem mais inteligente da América”. Dos Estados Unidos, quer dizer. Os testes mostram que Langan tem um Q.I. de 195. Albert Einstein, o gênio que revolucionou a Física, tinha Q.I. de 150. Qualquer um com Q.I. acima de 150 é considerado gênio.

Apesar dessa enorme vantagem comparativa, Langan passou a maior parte da vida trabalhando como porteiro em um bar na região de Nova York. Nas horas de folga, estudava Física e Filosofia por conta própria. Escreveu em casa uma espécie de teoria-geral-de-todas-as-coisas, que jamais foi publicada e provavelmente jamais será. Neste ano, venceu um programa de perguntas na TV, no qual competiu sozinho contra um grupo de 30 pessoas. Tudo sugere que Langan poderia ter sido um cientista notável, mas ele não teve sorte. Nasceu numa família miserável, em que cada um dos quatro filhos tinha um pai diferente, todos mortos ou ausentes. Nunca conseguiu passar do colégio. Ganhou duas bolsas para a universidade e duas vezes as perdeu – com um boletim cheio de As – porque lhe faltava apoio material e afetivo para prosseguir. Numa das ocasiões, a mãe não se deu ao trabalho de assinar um atestado confirmando que a família continuava pobre.

Com essa história triste, o escritor Malcolm Gladwell abre o terceiro capítulo de Fora de Série, a História do Sucesso, lançado na semana passada nos Estados Unidos com o título de Outliers (a tradução chegará ao Brasil em dezembro pela editora Sextante). É o terceiro livro de Gladwell. Ele já escreveu dois best-sellers: Ponto de Desequilíbrio (2000) e Blink, a Decisão num Piscar de Olhos (2005). Eles foram traduzidos para 25 países e venderam 4,5 milhões de cópias. Tornaram seu autor um misto de celebridade, guru e milionário, aquele tipo de pessoa abordada na rua por estranhos, que recebe US$ 50 mil por palestra. Com Fora de Série, Gladwell deve repetir ou ampliar o impacto de seus livros anteriores. Na quinta-feira passada, Outliers já era o terceiro na lista de mais vendidos na livraria virtual Amazon.

Gladwell diz que sempre quis entender por que alguns se davam tão bem na vida – e outros não. Parece ser algo pessoal. Miúdo e inquieto, ele tem pai inglês branco e mãe jamaicana, de ascendência negra. Na tradição cultural anglo-saxã, é negro. Foi criado na zona rural do Canadá e poderia ter parado por aí. Mas seus pais eram ambiciosos, ele destacou-se na escola e terminou na universidade, onde cursou História. Antes de ser jornalista, tentou ser publicitário, sem sucesso. Nos Estados Unidos, fez uma carreira brilhante de repórter. Nos últimos oito anos, conquistou fama e fortuna como escritor. Costuma se apresentar, com desconcertante modéstia, como “parasita das idéias dos outros”. Agora, diz que, parasitando, entendeu os mecanismos do sucesso.

“Nós somos focados demais no indivíduo”, diz Gladwell. “Para realmente entender os fora de série, temos de olhar ao redor deles: para a cultura, para a família, para a comunidade e para a geração deles”. Ele não afirma que o talento ou a ação individuais não sejam importantes. Há milhares de exemplos para provar o contrário. Ele afirma, apenas, que talento, inteligência e personalidade não explicam tudo.


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Modéstia à parte, sem ter nenhum embasamento teórico, eu já tinha pensado da mesma forma que Malcom Gladwell, que acredita que o sucesso não depende só da nossa capacidade intelectual ou física, mas também de um misto de situações, não esquecendo da pitada de sorte, pois nascer na hora certa e no lugar exato conta mais do que a gente imagina.

Uma das coisas mais bacanas que lí no livro até agora foi sobre a teoria das 10 mil horas. Gladwell diz que uma pessoa precisa de, no mínimo, 10 mil horas para ser excelente em determinada área. Se você se dedicar 3 horas por dia, 7 dias da semana, em aproximadamente 10 anos você terá atingido tal patamar (pode fazer as contas). Estudiosos e biógrafos chegaram a essa conclusão analisando a vida de diversas pessoas que são excelentes em suas áreas de atuação. Dedicar-se durante todo este tempo em uma determinada atividade não depende só de força de vontade, mas também de uma família que lhe dê estrutura e de situações que lhe permitam tal façanha.

Às vezes achamos que o sucesso simplesmente cai no colo, ou que teve gente que não se esforçou para conseguí-lo, mas o que vemos na prática, se pesquisarmos a fundo, é que na verdade as coisas não são bem assim.

Aconselho a leitura.

O código da inteligência


segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Carteira Victinhu Investimentos - Jan/2011


Bom, conforme eu havia comentado neste post há um tempo atrás, vou começar a disponibilizar a minha carteira para vocês aqui no Querer Empreender.

Rentabilidade mensal: o mês de janeiro não estava pra peixe. o Ibovespa teve uma queda de -3,94%, enquanto a carteira Victinhu teve uma queda de -0,94%. Como o meu colega blogueiro Henrique sempre diz, a alocação de ativos é muito importante para a manutenção da nossa tranquilidade. Se a minha carteira tivesse uma alocação melhor, é bem possível que eu não ficasse negativo no mês. Na pior das hipóteses reduziria mais as perdas.

Alocação da carteira no início de Janeiro: a minha estratégia é, basicamente, acumular papéis que tenham boa liquidez para o lançamento coberto de opções. Atualmente venho acumulando papéis da Petrobras, e no início de janeiro mais de 70% da minha carteira estava composta por PETR4. Como sabemos, a Petrobras não vem tendo um bom desempenho nos últimos meses, o que me deu uma levantada foi a poupança e o fundo Rio bravo (FFCI11).

Só uma observação pra vocês entenderem a questão das opções: enquanto o dia do vencimento delas não passa, o valor das opções lançadas entram como negativas no balanço.



Alocação no final de janeiro: o meu lançamento de opções no fim dezembro com vencimento em janeiro não foi muito feliz. Amarguei um pequeno prejuízo, mas aproveitei o fato de ser exercido em PETR4 para comprar título do governo. Enfim, continuarei mantendo a minha estratégia de acumular papéis para lançamento de opções, mas também vou tentar outros tipos de investimentos. Sendo assim, após o vecimento das opções, a minha alocação no fim do mês ficou da seguinte forma.



Observação importante: o dinheiro que invisto na poupança é para despesas de curtíssimo prazo. No mês de janeiro fiz retiradas dela para o pagamento de IPVA e outras contas a mais.


RENTABILIDADE MENSAL




1. Ações: até o presente momento, a carteira de ações está composta somente com PETR4. então o rendimento da carteira de ações foi o mesmo rendimento que tive com a Petrobras no mês de janeiro, que foi -1,68%. No ano passado me desfiz de algumas ações, como a Gafisa e Ecodiesel, para reforçar a minha posição na Petrobras. Acredito piamente no possibilidade de ganhos neste papel, que encontra-se subvalorizado frente aos seus pares no mercado, mas o mercado não tem nos provado o contrário até o momento. Como a minha estratégia é ficar lançando opções, pretendo continuar acumulando este papel. Entretanto, tendo em vista o fraco resultado da empresa, pensarei em dar uma reforçada com outras ações. Ando pensando em comprar HYPE3 e AMBV4.

2. Fundos imobiliários: confesso que não conhecia esta modalidade de investimentos até conhecer o blog do Henrique, HC Investimentos. Minha decisão de comprar FFCI11 se mostrou acertada. O fundo rendeu 1,42% no mês de janeiro, além de ter me dado um rendimento de 0,68% sobre o valor que investi no fundo. Preciso dizer mais? Apesar de ter fechado o mês com somente 11,9% de participação na carteira, foi esta modalidade que deu uma segurada nas pontas no mês.

3. Renda fixa: atualmente a carteira de renda fixa está composta de uma pequena parcela com a poupança e um título NTN-B, com vencimento em 15/05/2015. Tive um pouco de dúvida na hora de calcular a rentabilidade do papel pelo preço, pois achei um preço de venda e outro de compra. Sendo assim, depois de trocar uma mensagem com o Henrique, cheguei a conclusão de usar o preço de compra. Tendo em vista os meus custos para adquirir o título, mais o preço do mesmo, fechei com um rendimento de -0,58% do preço de compra no fim de janeiro.

ALOCAÇÃO DE ATIVOS

Cada vez mais venho entendendo a importância de fazer uma boa alocação de ativos. Sei que a minha carteira está composta de poucas opções, mas isto deve-se ao fato de uma gestão passada, que vou tentar modificar ao longo deste ano. Procurarei não me desfazer dos papeis que tenho da Petrobras, mas buscarei fortificar as outras áreas, comprando mais algumas ações, títulos e outros fundos imobiliários.

A alocação ao final de janeiro ficou da seguinte forma:



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Demorei um pouco mais do que eu queria para fazer este post. Além de eu ter mudado um monte de coisas na minha planilha de investimentos, também ando sem tempo para deixar as coisas de uma forma mais apresentável para postar aqui no blog. Sendo assim, espero trazer posts com mais detalhes e informações ao longo do tempo. O processo será de melhoria contínua. Não tenho a pretenção de me tornar um blogueiro profissional, muito menos de influenciar alguém com as minhas decisões, mas quero muito que isto aqui se torne um canal para que eu possa colher opinões, trocar ideias e fazer amizades.

Deixo um agradecimento a todos que me enviam e-mails e me visitam aqui no blog. Deem suas sugestões de melhorias ou critiquem. Tudo será bem vindo.