terça-feira, 26 de agosto de 2008

Download: Artigo - Investir ou apostar: Warren Buffet vs George Soros.

Creio que boa parte da população mundial já tenha ouvido falar em Warren Buffet (homem mais rico da atualidade) e George Soros. A semelhança entre os dois está, basicamente, no ramo de atuação. Ambos são mega-investidores e bilionários. Entretanto, suas formas de atuar, diferem muito.

O prof. Dr. Roberto Minadeo - Doutor em Engenharia de Produção (Coppe/UFRJ – 1998) - escreveu um artigo, muito bacana, comparando a metodologia dos dois, e fez um breve histórico da vida dos mesmos. Pra quem não conhece, vale a pena ler. É bem pequeno, são apenas 16 páginas.

Resumo:

"O artigo compara dois investidores de renome e atuação internacionais, porém de estilos marcadamente diferentes – aliás, segundo o próprio Soros (Wien; Koenen, 1997. Pg. 15). A finalidade do texto é procurar suscitar maior reflexão a respeito do papel do investidor na sociedade, bem como apontar a importância e a necessidade da fixação de regras por parte das autoridades que regulam essa importante atividade econômica."

Download -> Buffet vs Soros.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Músico do SL é descoberto por olheiros e terá disco gravado


Alguém já ouviu falar em Second Life?

Second Life, resumindo, como o próprio nome já diz, segunda vida, é um simulador da vida real. Neste simulador, você pode ser como quiser. As leis da física e as questões biológicas, como ir ao banheiro, cortar o cabelo e tomar banho, não são respeitadas. Você pode se teletransportar ou voar, caso assim deseje.
Brincadeiras a parte, o Second Life tem sido um ambiente de intensa pesquisa e há muitas empresas interessadas no marketing que isso pode e tem gerado. Vou deixar os detalhes para um futuro post, mas gostaria de mostrar um exemplo do que aconteceu com um músico. Sim, um músico da vida real, mas que tocava no Second Life para os residentes, via streaming, em tempo real. Bacana, não?

Fonte: http://secondlife.blig.ig.com.br/

"O músico Von Johin é responsável por um feito notável: ele é o primeiro avatar a fechar contrato com uma grande gravadora. Johin toca blues e se apresenta todas às quartas-feiras no Blue Note Club, seu próprio bar no Second Life, e lá foi descoberto pelos olheiros da Reality Entertainment, empresa que fechou contrato com ele para gravação de álbuns. Seus shows ao vivo são sempre cheios de admiradores que se reúnem para ouvir o ritmo americano do blues tradicional. Somente com uma guitarra e sua voz, Von Johin contou como se prepara para apresentar-se ao público: "Acendo minha churrasqueira, pego pão, salada e tudo mais, com um copo de Coca-Cola ou chá gelado com limão do meu lado". Enquanto na vida real Johin curte um churrasco e toca guitarra na sala de sua casa, seu avatar no Second Life é ovacionado por dezenas de pessoas que ouvem a música via streaming.


















Nascido em um dos berços mais famosos da música, a cidade Nashville, o homem real que dá vida a Von Johin é músico profissional e já tocou com diversas bandas famosas como Jefferson Airplane, Grateful Dead e Fleetwood Mac. Contudo, seu CD será gravado sob o nome de seu avatar Von Johin. Para assistir aos shows dele, basta dirigir-se ao Blue Note Club às quartas-feiras a partir das 22h. Mesmo com a fama, Johin confirmou que não deixará de se apresentar em seu bar virtual gratuitamente. Para conferir a agenda de shows dele, visite o site oficial."




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Para acessar o Second Life, basta entrar no site http://www.secondlife.com.br/ fazer um cadastro, que é de graça, baixar o client e instalar. Assim você estará apto a freqüentar este mundo virtual. E o link acima, para o show do Vonjo, só funciona se você estiver com o Second Life aberto. Clicando nele com o jogo aberto, você automaticamente é teletransportado para o local.




segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Download do livro - Como montar seu próprio negócio

O Prof. Flávio de Almeida, hoje um homem bem sucedido como empresário, já quebrou três vezes, sendo que na última perdeu 2 milhões de doláres. E o que ele podia aprender com isso?

Em "Como montar seu próprio negócio", Flávio nos passa um pouco de sua experiência e dá alguns conselhos que podem nos fazer chegar ao sucesso. Sabemos que o número de mortalidade de novas empresas no Brasil, em seus primeiros anos, é assustador. E é por isso que eu recomendo este livro como leitura obrigatória pra quem deseja abrir um negócio.

Segue o link para download: Como montar seu próprio negócio.


Não deixem de conferir.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Novas descobertas na área do pré-sal serão da União e do Brasil

É pessoal, agora é pra valer. O governo do presidente Lula já definiu quais são as estratégias para a exploração do petróleo na tão falada camada de pré-sal:

1° Serão garantidos os blocos já leiloados e respeitados os contratos assinados;

2° Não será mais concedido à iniciativa privada ou à Petrobras nenhum novo bloco nessa área ou na franja do pré-sal, pois Lula decidiu que o regime a ser adotado será o de partilha de produção;

3° Será mesmo criada uma empresa estatal, não operacional, para gerir todos os contratos de exploração do pré-sal;

4° O Brasil terá um regime misto de exploração do petróleo, sendo de concessão para áreas de alto risco exploratório e de partilha de produção para o pré-sal.

Teoricamente, a nova estatal - apelidada pelo pessoal do mercado de "Petrosal" - não irá competir com a Petrobras ou demais empresas. Entretanto, as mesmas não poderam mais ter concessões na região do pré-sal. Resumindo, qualquer nova descoberta nessa área pertence ao governo.
A nova empresa não será como a Petrobras e deve trabalhar com o regime de contratos. Todos, é claro, sobre sua total responsabilidade.

Não sei até que ponto isto é bom para o Brasil, e nem para a Petrobras, mas é fato que Lula está tendo uma política de proteção, já que o mundo todo está de olho em nossas descobertas. Os que andam revoltados são os acionistas, pois a Petrobras pode deixar de ganhar milhões, no futuro, devido a nova lei.

Só espero que essa nova estatal foque os contratos com a Própria Petrobrás e/ou com alguma outra empresa Brasileira. Quem sabe a OGX, de Eike Batista.

É esperar pra ver...

terça-feira, 12 de agosto de 2008

O primeiro grande empreendedor do Brasil - Visconde de Mauá

Você, provavelmente, já leu sobre o Visconde de Mauá em algum livro de história. Entretando, acredito que não saiba sobre os grandes feitos deste homem. Ou sabe?

Irineu Evangelista de Souza (O Visconde de Mauá), foi um dos homens mais importantes do nosso país durante o segundo império no Brasil. Imagine o que é um homem, sozinho, ser mais rico do que a coroa portuguesa. Sim, a história deste homem é fascinante. Eu já tinha ouvido falar, mas nunca tinha visto esta parte da bibliografia, que foi lançada em filme no ano de 1999, por Sérgio Resende, que, na minha opinião, é um grande diretor.

O orçamento do filme não foi lá essas coisas, mas Sérgio Resende conseguiu retratar, fielmente, os feitos de Irineu. Até agora não sei o porque de ter demorado tanto pra ver esse filme. Deixo aqui minha recomendação. E pra quem gosta de histórias de sucesso e exemplos de empreendedorismo, este é um filme de prateleira.


"TÍTULO DO FILME: MAUÁ, O IMPERADOR E O REI (Brasil. 1999)
DIREÇÃO: Sérgio Resende
ELENCO: Paulo Betti, Malu Mader, Othon Bastos, Antonio Pitanga, Rodrigo Penna; 134 min.

RESUMO

O filme mostra a infância, o enriquecimento e a falência de Irineu Evangelista de Souza (1813-1889), o empreendedor gaúcho mais conhecido como barão de Mauá, considerado o primeiro grande empresário brasileiro, responsável por uma série de iniciativas modernizadoras para economia nacional, ao longo do século XlX. Mauá, um vanguardista em sua época, arrojado em sua luta pela industrialização do Brasil, tanto era recebido com tapete vermelho, como chutado pela porta dos fundos por D. Pedro II.

CONTEXTO HISTÓRICO

A aprovação da Tarifa Alves Branco, que majorou as taxas alfandegárias, e da Lei Eusébio de Queirós, que em 1850 aboliu o tráfico negreiro, liberando capitais para outras atividades, estimularam ainda mais uma série de atividades urbanas no Brasil. Foram fundadas 62 empresas industriais, 14 bancos, 8 estradas de ferro, 3 caixas econômicas, além de companhias de navegação a vapor, seguros, gás e transporte urbano. Nessa realidade, destaca-se a figura de Irineu Evangelista de Souza, o Barão e Visconde de Mauá, símbolo maior do emergente empresariado brasileiro, que atuou nos mais diversos setores da economia urbana. Suas iniciativas iniciam-se em 1846, com a aquisição de um estabelecimento industrial na Ponta de Areia (Rio de Janeiro), onde foram desenvolvidas várias atividades, como fundição de ferro e bronze e construção naval. No campo dos serviços Mauá foi responsável pela produção de navios a vapor, estradas de ferro comunicações telegráficas e bancos. Essas iniciativas modernizadoras encontravam seu revés na manutenção da estrutura colonial agro-exportadora e escravista e na concorrência com empreendimentos estrangeiros, principalmente britânicos. Essa concorrência feroz, não mediu esforços e em 1857 um incêndio nitidamente provocado destruiu a Ponta de Areia. Suas iniciativas vanguardistas representavam uma ameaça para os setores mais conservadores do governo e para o próprio imperador, que não lhe deu o devido apoio. Sua postura liberal em defesa da abolição da escravatura e sua atitude contrária à Guerra do Paraguai, acabam o isolando ainda mais, resultando na falência ou venda por preços reduzidos de suas empresas."

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

A história de Laércio Cosentino e sua empresa, Totvs

Estava lendo umas matérias sobre empresas de tecnologia listadas na bolsa e fiquei impressionado com o fato de termos apenas uma das grandes na mesma. O nome da empresa é Tovs. Intrigado com a empresa, e de quem seria o seu dono, resolvi fazer uma pesquisa. Eis que, mais uma vez, estou fascinado com outra história de sucesso. Laércio Cosentino - dono da Tovs - tá aí pra nos mostrar que o Brasil também pode ser grande nesse ramo. Ele é mais uma pessoa digna da minha admiração, por isso tenho o prazer de postar um pouquinho da história dele, garimpada pela Exame PME, neste blog.

"De dentro de um moderno prédio na zona norte de São Paulo, todo recortado para acomodar árvores altíssimas que não foram derrubadas para erguer a construção, o paulistano Laércio Cosentino, de 46 anos, comanda a maior produtora de software do país e a única com ações negociadas em bolsa, a Totvs. Entre uma reunião e outra, ele arruma tempo para cozinhar para seus convidados em um espaço gastronômico que fez questão de construir na sede da empresa. Empreendedor precoce, Cosentino transformou a empresa em que começou a trabalhar como estagiário, nos anos 70, numa holding com valor de mercado superior a 1 bilhão de reais e faturamento de 300 milhões de reais. A companhia é especializada em programas conhecidos como ERPs, que unem num pacote todas as informações de uma organização, da contabilidade ao controle de estoques. Em uma conversa com EXAME PME, Cosentino conta como conseguiu vencer os muitos desafios que atravancam o crescimento das pequenas empresas.


Sinto orgulho de ter construído minha carreira dentro de uma única empresa, que foi se reinventando com o tempo. Logo que entrei na faculdade de engenharia da USP, em 1978, comecei como estagiário na Siga, um birô de serviços de processamento de dados que pertencia a Ernesto Haberkorn, que hoje é meu sócio. Lá, ganhei liberdade para expressar minha opinião e acabei tendo uma ascensão rápida. Aos 22 anos, já havia me tornado diretor. Enquanto tocava meu trabalho, comecei a me interessar pela microinformática, que estava surgindo, na década de 80. Percebi que computadores individuais, que, até então, eram parte da ficção científica, em pouco tempo estariam no cotidiano das pessoas e das empresas.


Em 1983, sugeri a Ernesto que montássemos uma nova empresa para tentar aproveitar esse mercado. Queria converter todo o nosso conhecimento na Siga em equipamentos de grande porte para novas tecnologias. Depois de meses de jornada dupla de trabalho, elaborei um plano de negócios, dei nome à empresa e fundei a Microsiga, para fabricar softwares e vendê-los a pequenas e médias empresas. No início, enfrentamos todo tipo de dificuldade, pois era difícil vender uma tecnologia que ninguém conhecia. Seis anos mais tarde, já havíamos desenvolvido sistemas próprios, conquistado bons clientes e estabelecido parcerias duradouras. Em 1989, a Microsiga incorporou a Siga e iniciou um novo período de sua história.


Percebemos que, para crescer, precisávamos ampliar nossa atuação geográfica. Se não fizéssemos isso logo, alguém faria em nosso lugar. Por isso, em 1989, lançamos algo completamente ousado para a época -- um plano de expansão por meio de franquias. Apesar de ouvir de todos os profissionais do mercado que o sistema de franquia não funcionaria em nosso setor, levamos a idéia adiante. Durante quase uma década, nos dedicamos a expandir a microinformática pelo país. Multiplicamos o nosso faturamento por 10, conquistamos o Brasil e provamos que a estratégia das franquias era adequada naquele momento.


No início, eu colocava a mão na massa, fazia de tudo um pouco -- programava, viajava, atendia. Mas, com o tempo, percebi que, se continuasse desse modo, a empresa não cresceria. Por isso, em 1994, parei de programar softwares. Precisava me focar em fazer a empresa expandir. Um dia cheguei ao escritório e anunciei a todos minha decisão. Foi uma mudança radical e difícil, mas necessária. A partir dali, nunca mais programei. Fiquei totalmente dedicado a fazer a empresa crescer. À medida que um negócio cresce, simplesmente não há como fazer tudo sozinho.


Em 1999, decidi trazer um fundo de investimentos para dentro de casa. Queria que a empresa, que faturava 33 milhões de reais, crescesse mais rápido e ganhasse ainda mais confiança no mercado. A negociação foi difícil e houve até um momento em que pensei em desistir. Conversei com 12 fundos até chegar ao Advent, que era minha última tentativa. O fundo trouxe à Microsiga um sobrenome que significou credibilidade. Após a entrada do Advent, começamos a nos preparar para uma possível abertura de capital. Tínhamos todas as condições favoráveis para a época -- estávamos no auge da internet, as empresas virtuais valiam mais que as reais e o mercado admirava os valores da nossa companhia. Para fazer a abertura, investimos antes numa série de mudanças na empresa, como aumento da transparência das informações financeiras. Dois anos mais tarde, já estávamos prontos. Mas, aí, vieram os atentados de 11 de setembro e desistimos de ir à bolsa. Num momento difícil como aquele, o mercado de capitais provavelmente atravessaria um período de crise e achamos melhor esperar.


Passamos 2003 e 2004 empenhados em aumentar o tamanho da empresa. O final de 2004 foi um dos períodos mais intensos -- e determinantes -- da história da Microsiga. Em apenas alguns meses, tomei três decisões importantíssimas quase ao mesmo tempo. A primeira foi a saída do Advent. O resultado do aporte havia sido positivo e o acordo chegara ao fim. Pedi ao fundo que fizesse seu preço e negociei a recompra. Simultaneamente, conduzi uma operação de aquisição da catarinense Logocenter, a quarta maior do setor e concorrente da Microsiga. Era uma forma de ganhar tamanho. Finalmente, também iniciei uma conversa com o BNDES. Queria o apoio do banco para criar uma empresa nacional de software de grande porte. O BNDES concordou em entrar como sócio do empreendimento. Só consegui fazer tudo isso ao mesmo tempo porque tinha comigo um time competente e de confiança.


Uma nova empresa nasceu. Por isso decidi batizá-la com outro nome -- Totvs (pronuncia-se Totus), que em latim significa "totalidade". Em setembro de 2005, recomeçamos a conversar com possíveis investidores e concluímos que o momento era propício para fazer a abertura. O mercado de capitais estava numa fase otimista e o nosso patamar de faturamento e solidez atraía os investidores. Nossa oferta inicial de ações ocorreu no dia 9 de março de 2006, quando arrecadamos 460 milhões de reais e o valor de mercado da Totvs foi estimado em 1 bilhão de reais. Foi um dia emocionante, pois havíamos nos preparado para aquele momento por seis anos. Porém, mal tivemos tempo para comemorar. Havia muito trabalho pela frente.


Comecei a negociar a compra da empresa mineira de softwares RM, cerca de um mês depois, por 206 milhões de reais. Fundir várias empresas em uma só não é fácil. É necessário juntar culturas muito diferentes. Cada empresa tem um DNA próprio e, numa fusão, é preciso respeitá-los. Hoje, a Totvs tem três marcas convivendo no mercado, concorrendo em alguns momentos, mas, em geral, com públicos distintos, com produtos que têm os mesmos componentes, mas que permitem que cada uma busque seu nicho com canais independentes. Além dessa integração, meu maior desafio hoje é continuar fazendo com que o time de profissionais que está comigo continue a evoluir. Enquanto a Totvs estiver gerando oportunidades, teremos excelentes pessoas trabalhando aqui. O dia em que não tivermos, elas vão embora. "