quinta-feira, 30 de julho de 2009

O que Warren Buffet faz de diferente?


Aproveitei o feriado que teve aqui em Macaé, devido ao aniversário da cidade, e aproveitei para começar a ler o novo livro de Warren Buffet - A bola de neve - que é a sua primeira biografia autorizada. Já postei sobre ele mais de uma vez, todos sabem que o seu método é ortodoxo e que ele investe da mesma forma desde que começou. Entretanto, para os visitantes que não o conhecem, ou nunca ouviram falar do homem que já foi o mais rico do mundo, segue uma matéria do Roberto Altenhofen, onde ele mostra os dois capítulos do livro de Graham, que o inspiraram na sua forma de investir:

O que faz Buffett diferente? Os 2 capítulos que mudaram a vida do megainvestidor

Por: Roberto Altenhofen Pires Pereira
28/07/09 - 14h00
InfoMoney

SÃO PAULO - Pelos resultados obtidos, Warren Buffett é unanimidade nos mercados. Qualquer investidor que acompanha a rotina das bolsas já ouviu falar do Oráculo de Omaha. Mas vai além de seu desempenho como investidor. A personalidade, a metodologia de trabalho, as frases memoráveis. Todos querem saber o que Buffett está pensando. Todos querem saber o que o torna diferente.

A procura por esta resposta, que atrai muita gente às assembléias da Berkshire Hathaway, rende tanta leitura à sua carta aos acionistas ou audiência às suas entrevistas. Mas a solução pode ser mais simples do que se imagina. E mais: acessível a qualquer investidor.

Inteligente

O próprio Buffett forneceu a resposta, em entrevista à rede PBS: "Eu li um livro quase 60 anos atrás, chamado 'O Investidor Inteligente', e realmente aprendi tudo que preciso saber para investir, especialmente com os capítulos 8 e 20...Nunca mudei nada desde então."

A bíblia de investimentos citada por Buffett é assinada por ninguém menos que Benjamin Graham, seu mentor e pai do Value Investing, publicada em 1949. Não é segredo para ninguém a admiração de Buffett pelo livro e pelas ideias de Graham. Ainda assim, esta declaração recente especifica mais as coisas.

____________________________________________

Capítulo 8

O capítulo 8 da obra de Graham é chamado "O Investidor e as flutuações do mercado", tratando basicamente das reações do investidor às tendências de alta e baixa. Graham explora a hipótese de mercados eficientes, argumentando que é muito difícil para o investidor comum bater o mercado.

Lembrando a hipótese: todas as informações disponíveis estão incorporadas nos preços, o que torna os movimentos de curto prazo meramente aleatórios. Com base nesta consideração, Graham introduz o conceito de valor intrínseco (o verdadeiro valor da empresa, considerando fatores tangíveis e intangíveis) para sugerir que o investidor evite focar sua estratégia em comprar ações barato para vender mais caro. Para ele, o ideal é procurar papéis que estejam sendo vendidos abaixo de seu valor intrínseco.

Outra opinião

Também a fundo neste capítulo, Morgan Houssel, do portal Motley Fool, extrai do oitavo capítulo que "temos uma tendência a nos tornarmos confiantes diante de ganhos e vice-versa - vendendo com pânico após grandes perdas. Dois segundos de pensamento lógico dirão a você que isto não é racional."

Para reforçar este argumento, basta lembrar que Buffett construiu a maior parte de sua fortuna explorando oportunidades em momentos adversos do mercado, quase nunca caminhou de acordo com as tendências.
- Nas palavras de Graham:
" A própria estrutura de cotações da bolsa possui em si uma contradição. Quanto melhor forem os resultados e perspectivas para um determinado papel, menos relação ele terá com seu patrimônio líquido "

"O objetivo principal do investidor consiste em comprar e manter empresas adequadas a preços adequados"

"O investidor que permite a si mesmo seguir a boiada ou ficar desnecessariamente preocupado com declínios injustificados do mercado está perversamente transformando sua vantagem básica em desvantagem básica"

____________________________________________

Capítulo 20

A outra dica de Buffett diz respeito ao capítulo 20. Nele, Graham se aprofunda no conceito de margem de segurança. Pelo fato do mercado atender a movimentos aleatórios no curto prazo e as projeções do mercado se basearem muitas vezes em suposições, a ideia é pagar menos pelos ativos do que seu valor estimado, sempre deixando uma margem de erro.

Grosso modo, a margem de segurança nos projeta ao atual upside, ou potencial de valorização. Para Graham, simboliza apenas a diferença entre o preço da ação e o valor intrínseco da companhia.

Uma segunda opinião
Sobre este capítulo 20, Morgan Houssel extraiu do texto a sugestão de que o ideal é dar espaço a si mesmo para estar errado, sabendo que em diversos casos, você provavelmente estará. "Precisa haver uma larga escala de aceitação entre o que é projeção e o que é potencial", resume.
- Nas palavras de Graham:
"Você nunca estará certo ou errado porque o mercado discorda de você. Você estará certo se seus dados e raciocínio estiverem corretos"

"Uma verdadeira margem de segurança é aquela que pode ser demonstrada por números, por raciocínio lógico, e por experiência própria"

____________________________________________


"O Investidor Inteligente - Um Guia Prático de Como Ganhar Dinheiro na Bolsa", editora Nova Fronteira

terça-feira, 28 de julho de 2009

Pôquer online como profissão?



Eu, particularmente, sempre gostei de pôquer. Aliás, adoro jogos que exigem do nosso cérebro. Muitos consideram o pôquer como um jogo de sorte, mas o lance é puramente estatístico. Se você joga com uma esperança matemática positivia, sempre será vencedor no longo prazo. Quer um exemplo?

Se você jogasse cara ou coroa e ganhasse 1 real a cada vez que vencesse e eu ganhasse 90 centavos a cada vez que vencesse, você jogaria comigo? A resposta é óbvia, a não ser que você tenha medo de perder algumas vezes. Olhem a conta abaixo:


- 1000 lançamentos / 500 caras (+500 reais) 500 coroas (-450 reais) / 500 – 450 = 50 reais / 50/1000 = +0,05 centavos
- Bom método no Longo Prazo mas pode perder no início
- Gestão de risco OK

Ou seja, para cada vez que você jogar a moeda, você estará ganhando cinco centavos no longo prazo. E é isso que os profissionais do poker fazem, com alguns cálculos a mais, já que o jogo é composto de muitas cartas.

Há dois anos atrás, um conhecido que jogava counter stricke comigo na internet, começou a participar de campeonatos online de poker. Em apenas algums meses ele ficou entre os primeiros do Brasil, ganhando um dinheiro muito bom. Sempre achei o desempenho dele notável, tendo em vista o pouco tempo que jogava. Admirava seu raciocíno rápido e a inteligência para o jogo. Agora vejo que tem várias pessoas que estão fazendo o mesmo, e já tem gente vivendo disso no Brasil.

Confiram a matéria da Info abaixo:

SÃO PAULO – Um computador regular e uma conexão estável. Os instrumentos de trabalho de um profissional de pôquer online são, em essência, as configurações mínimas para rodar os leves softwares do jogo.

Rodolfo Lacerda, de 21 anos, acorda não muito cedo para pegar no batente. Com o mouse em uma das mãos, ele checa os e-mails, lê o noticiário e começa as rodadas do esporte virtual, sem previsão de pausa ou término.
“Vai ter dias que eu vou jogar por oito horas, vai ter dia que vou jogar quatro, duas, uma, ou até dez horas”, diz Lacerda, que explica que a dedicação depende de seu estado psicológico. “Pôquer é um jogo que envolve muito controle emocional. O seu estado de mente afeta sua produtividade. Se eu sentir que não estou bem, que estou emocionalmente envolvido no jogo, eu paro, simples assim”.

O jovem, que mora sozinho e tem como única fonte de renda o desporto, é um dos muitos brasileiros que adotaram o jogo de pôquer pela internet como profissão. Ele se profissionalizou em 2007, acompanhando a migração de alguns amigos que jogavam outros games online.
“Na época, eu jogava um jogo de estratégia, o Warcraft 3. Fiquei sabendo que alguns jogadores que eram ‘profissionais’ haviam se mudado para o pôquer, e alguns com muito sucesso. Comecei a ler tudo que eu achava na internet, frequentando fóruns de discussão de gringos”, conta.

A partir daí, Rodolfo começou a receber dicas de um tutor, que mostrou estratégias simples, conceitos gerais e o que mais era necessário para começar a apostar alguns dólares com uma margem de segurança. Hoje, consegue, junto aos lucros de seu site também voltado ao pôquer, ter dinheiro mais do que suficiente para se sustentar, já que foca o resto de suas atenções somente na faculdade federal de ciências contábeis.

Nos dias atuais, ele e os demais jogadores nacionais consideram que o Brasil vive um momento de popularização do esporte. Das programações da TV até as novas lojas e fóruns voltados ao assunto, o que mais chama a atenção é o investimento das empresas donas das maiores salas do mundo no Brasil. São eventos, ações de marketing e promoções exclusivas para jogadores nacionais.

O negócio pode ser lucrativo para quem sabe jogar. “Um profissional no Brasil pode receber dois mil reais por mês e talvez isso seja o suficiente pra ele se tornar pró. Mas tem cara no mundo que faz mais de dois milhões de reais por mês”, pondera Rodolfo Lacerda.

O jogador compara o esquema de jogo com uma escadaria. "Quanto mais alto o degrau que você estiver, maior o lucro. Existem brasileiros que estão nos primeiros degraus, mas ainda assim se profissionalizam, porque abaixo deles ainda tem muitos fishes (jogadores ruins). Mas um profissional que ganha dois mil por mês, com certeza é um grande fish para um que está em um degrau mais alto e que ganha ganha vinte mil, que é um fish pro que ganha cem mil, e assim vai", explica, deixando claro que não se trata de um cenário estático. "Vale observar que todo jogador pode subir ou descer de degraus, de acordo com a dedicação dele".

O preconceito

Não é tão simples conseguir uma entrevista com jogadores de pôquer online. A grande maioria alega que os profissionais do ramo não são tratados como deveriam e sempre alguns conceitos são distorcidos, ou mal interpretados.

Em conversas com brasileiros e até associações de jogadores, eles selecionam quem possa falar com o máximo de cautela. Lacerda, um dos que foi autorizado a tratar do assunto com responsabilidade, diz que ele mesmo sofre preconceito de alguns colegas de estudo.

“A maioria pensa e às vezes até fala ‘cuidado para não perder tudo!’ ou ‘sai dessa enquanto ainda está ganhando’. São pessoas que não entendem o jogo e não querem entender. Não querem saber que existe um raciocínio lógico, um cálculo matemático por trás de cada jogada para se certificar que ela trará lucro no longo prazo”, fala o mineiro, que acredita que algumas pessoas de sua faculdade sentem que ele está brincando quando fala da profissão.

O pôquer online, segundo Rodolfo, é muito mais calculista do que o jogado nas mesas reais, justamente por depender apenas do desenvolvimento do raciocínio lógico em frente ao computador. Para ele, na internet, é preciso entender como o oponente pensa para poder desarmá-lo. “Não que isso não exista no live (como chamam o modo não-virtual), mas lá existem tantas coisas passando ao mesmo tempo, desde a respiração até o piscar dos olhos, que eu acho que o foco não fica tanto nisso”.

O jogo e a lei

A lei brasileira trata o pôquer como jogo de azar e seria algo proibido, na teoria. Seria, pois, no modo online, eles ficam hospedados em outros países, o que impossibilita a criminalização.
“A mesa fica lá fora, onde o pôquer é legalizado, então, não há crime. O jogo sem aposta é lícito no Brasil. O que é criminalizado é o chamado ´jogo de azar´, quando envolve dinheiro. O grande problema é a existência da migração de recursos, para quem joga e para quem ganha. Quem remete dinheiro para fora para comprar créditos pode ser acusado de evasão de divisas. Agora, quem recebe o dinheiro do prêmio no Brasil, pode ser processado por crime contra a ordem tributária”, explica o advogado Jair Jaloreto, especializado em crimes na internet.

Jaloreto afirma que poucos casos sobre pôquer online já foram julgados. Neles, jogadores foram incriminados pelos rastros do cartão de crédito ao comprar fichas em sites internacionais. “Há uma linha tênue entre o que é permitido, ou não, dependendo da conduta de cada jogador”, pontua o advogado.

Nem todos concordam. Segundo Juliano Maesano, editor da revista especializada Flop, "o pôquer não é visto como um jogo de azar pela lei brasileira, e esse é um grave engano que acontece". O empresário ainda diz que "a lei diz que jogos de azar são aqueles que dependem exclusivamente da sorte ou predominantemente dela, e está provado por centenas de estudos que a sorte é apenas uma pequena parcela que influencia no pôquer".



segunda-feira, 27 de julho de 2009

Angelo Leite, dono da Serttel


Esse soube aproveitar as oportunidades que vieram até ele. Mais uma histórias daquelas que eu adoro:

Fonte: Portal Exame

"O pernambucano Angelo Leite transformou uma empresa criada para consertar telefones públicos num negócio que fatura 20 milhões de reais ao ano ajudando a organizar o trânsito

O significado do nome Serttel - empresa do engenheiro pernambucano Angelo Leite, de 44 anos - é Serviços Técnicos de Telecomunicações e Eletrônica. O estranho é que a Serttel não oferece nenhum serviço na área de telecomunicações. Leite até evita espalhar por aí o significado original da sigla. "Criamos tecnologia para soluções de tráfego", diz ele. "O foco inicial mudou completamente."

Como muitas pequenas e médias empresas, a Serttel não nasceu com um modelo acabado, não é invenção de um plano de negócios nem produto de uma estratégia sofisticada - ela é, simplesmente, o resultado dos erros e dos acertos de seu fundador. Quando o negócio começou, 20 anos atrás, a proposta era consertar telefones públicos. Hoje, a Serttel fornece todo tipo de serviço para resolver problemas de tráfego, como gerenciamento de parquímetros eletrônicos e medição de fluxo de veículos. "Nosso trabalho é criar tecnologia para aumentar a mobilidade das pessoas", diz Leite. Entre seus principais clientes estão as prefeituras de Recife, Rio de Janeiro, Natal, São José dos Campos e Guarulhos. A companhia fatura cerca de 20 milhões de reais e cresce 15% ao ano.
Chegar a esses resultados não foi fácil nem era previsível. Leite teve uma infância simples na cidade de Santa Maria da Boa Vista, no sertão pernambucano. Desde criança, gostava de fazer pequenos serviços na vizinhança, como consertar antenas de televisão e cuidar da manutenção elétrica das igrejas. Aluno de escola pública, passou no vestibular de engenharia elétrica na Universidade Federal de Pernambuco e se mudou para a capital.

Em 1987, quando Leite estagiava numa empresa de telecomunicações, foi convidado por um engenheiro a abrir uma empresa para consertar aparelhos telefônicos e orelhões. "Eu levava os telefones para a república e virava a noite", diz Leite. Só cinco anos mais tarde ele começou a prestar atenção em problemas de trânsito. Conversando com profissionais da área, soube que o Detran de Pernambuco precisava de um sistema para controlar o tempo de abertura dos semáforos. "Aquilo não tinha nada a ver com o negócio da Serttel", diz Leite. "Mas achei que eu era capaz de desenvolver uma solução." Ele fez o equipamento e o enviou para o Detran testar. O Detran comprou.

No ano seguinte, a Serttel participou de uma licitação para prestar manutenção nos semáforos de Recife. Na época, o serviço era feito de uma forma um tanto improvisada - as mesmas empresas responsáveis pela pintura das calçadas consertavam as sinaleiras. Leite propôs um preço equivalente a um terço do valor cobrado pelos concorrentes e levou o contrato.

Por trás do preço atrativo estava a redução de custos com a substituição dos caminhões de manutenção por Kombis com escadas. Para demonstrar que as Kombis dariam certo, Leite convidou o empregado mais gordo do Detran a subir na escada, inclinada o máximo possível. Seguiram-se alguns minutos de suspense, mas a Kombi não tombou.

Com a privatização da telefonia, em 1998, a Serttel teve de abandonar de vez seu negócio original e ficou só com a área de tráfego. Mais dedicado à questão do trânsito, Leite pôde perceber alguns problemas. Sua companhia apenas alugava mão-de-obra e veículos para o poder público e recebia por hora trabalhada. "Não era um negócio muito inteligente", diz Leite.

Ele desenvolveu uma proposta e apresentou-a às prefeituras clientes. Argumentou que, se a Serttel administrasse uma rotina de manutenção de sinaleiras em vez de esperar passivamente que um funcionário da prefeitura acionasse os empregados só depois que um semáforo entrasse em pane, seria possível aumentar a qualidade dos serviços e reduzir gastos. As lâmpadas dos semáforos, por exemplo, podiam ser trocadas antes de queimar, seguindo um cronograma que levava em conta a vida útil do farol. A proposta incluía um contrato por produtividade - se não alcançasse determinadas metas, a Serttel daria um desconto proporcional no preço.

Daí em diante, a empresa se concentrou em criar soluções para o tráfego e aproveitar melhor as tecnologias já existentes. Os funcionários da Serttel adaptaram as câmeras de vídeo que detectam infrações nos semáforos para flagrar assaltantes. E as lombadas eletrônicas usadas para controle de velocidade agora medem o fluxo de veículos.

Com esse tipo de levantamento, Leite montou um banco de informações. Há, por exemplo, relatórios com as vias mais acessadas e a velocidade média nas pistas em diversos horários. "Estamos usando os dados coletados pela Serttel para refazer o planejamento urbano", diz Carlos Padilha, presidente da Companhia de Trânsito e Transportes Urbanos de Recife.

Recentemente, a Serttel implantou, em parceria com a prefeitura do Rio de Janeiro, um sistema comunitário de aluguel de bicicletas semelhante ao de Paris e Barcelona. A forma como a empresa ganhou a licitação do projeto é curiosa. Leite conta que levou um susto ao saber do resultado. "Participei para ganhar experiência", diz. "Achei que os concorrentes fossem empresas europeias especializadas nisso." Mas os europeus não haviam se habilitado para a licitação - nem os europeus nem nenhuma outra empresa.

De uma hora para outra, Leite viu-se com um prazo de seis meses para criar um sistema complexo, que envolvia a fabricação de bicicletas resistentes a chuva, um mecanismo de identificação para evitar roubos e um programa de pagamento por celular. Às pressas, Leite visitou vários grandes fabricantes de bicicletas - e ouviu muitos nãos. Acabou comprando os quadros e montando, ele mesmo, as bicicletas.

A Serttel está num contexto muito favorável para seu crescimento. O trânsito é um drama mundial, e quem apresentar boas soluções tem um amplo mercado à frente. Hoje, Leite negocia uma parceria com uma empresa espanhola. "Nosso sistema de bicicletas ficou barato e bom. É exportável", diz Leite. No Brasil, também há interessados. "Queremos a ajuda da Serttel para ampliar o serviço de bicicletas para a Copa do Mundo de 2014", diz Julio Lopes, secretário estadual de Transportes do Rio de Janeiro. Certa vez, o secretário esteve em Recife e visitou a Serttel. "Eu estava meio desconfiado", diz Lopes. "Fiquei pensando: será que essa empresa, lá no Nordeste, pode resolver nosso problema? Hoje, admiro muito o trabalho desses caras.""

sexta-feira, 24 de julho de 2009

JP Morgan, o banqueiro dos banqueiros


Quem já leu Os Magnatas, sabe o quanto JP Morgan foi unfluente na sua época. Para quem não o conhecem não deixe de ler a matéria do Roberto Altenhofen Pires Pereira.


SÃO PAULO - Hoje fragilizado, o sistema financeiro norte-americano acompanha de perto a evolução da superpotência econômica. Do desenvolvimento bancário dos Estados Unidos, motor da ascensão da ainda maior economia do mundo, um nome fala mais alto: John Pierpont Morgan.

A trajetória do banqueiro e a ascensão da economia norte-americana caminham juntas. Herdeiro da instituição que leva o nome de sua família, cravou suas iniciais à frente da logomarca e guiou-a por mais de um século sobrevivendo às grandes crises e se fortalecendo nas fases de esplendor.

Mas por incrível que pareça, a trajetória de Pierpont vai muito além do desenvolvimento do sistema financeiro de um país. Sua aptidão para os negócios e inegável veia empreendedora associam seu nome também à fundação de algumas das mais importantes companhias norte-americanas, como GE e U.S. Steel.

O banco

A solidez da casa impressiona. Por mais que tenha relacionado perdas contábeis, o JP Morgan foi uma das instituições financeiras que menos frequentou o noticiário desta crise. Curiosamente, quando o cenário é de um governo resgatando bancos, o JP Morgan comemora um centenário do episódio em que salvou a bolsa norte-americana de quebra e o Tesouro do país da falência.

Exatamente 100 anos antes do início dos problemas do subprime, em 2007, a instituição abria os cofres para suavizar os efeitos de um colapso que poderia comprometer a prosperidade do sistema capitalista. Naquela época, mais do que banco, o JP Morgan chegou a ser Banco Central dos Estados Unidos.

Entre idas e vindas da economia norte-americana no longo caminho para se tornar a superpotência do mundo, Pierpont resgatou duas vezes o país com recursos próprios, ou orquestrando uma saída para as depressões.

Reorganizador

Mas fugindo um pouco da história da instituição por si só, vamos à história do personagem. Nascido em 1837, John Pierpont Morgan estudou matemática em Boston e na Alemanha, ocupando uma cadeira no banco de seu pai, até então chamado J.S. Morgan (Junius Spencer Morgan), em 1837. A instituição seria reorganizada apenas 1895, se tornando JP Morgan and Company a partir daí.

Reorganizar é uma palavra que acompanha toda a vida de Pierpont Morgan. Era reconhecido pelo conservadorismo em suas decisões, mesmo parecendo agressivo se avaliarmos seus resultados. Isso porque, além de dominar o sistema financeiro, é tido como estruturador de setores chave da economia norte-americana, como a indústria siderúrgica e de transportes.

De certa forma, os manuais citam que o JP Morgan como instituição cresceu com o desenvolvimento do sistema financeiro. Há quem diga que o sistema financeiro cresceu com o JP Morgan.

Aptidão incrível

Suas manobras o colocam entre os investidores mais ativos do período do boom das railways. Chegou a ser dono de aproximadamente 60% das ferrovias em território norte-americano. Antes de explicar sua participação nas grandes companhias, vale citar um caso curioso, que ajuda a revelar sua incrível aptidão para os negócios.

Pierpont adquiriu do exército norte-americano uma série de rifles em más condições, por cerca de US$ 3,5 cada. Na iminência da guerra civil no país, trabalhou na restauração das armas junto de seu parceiro de negócio e as revendeu para o exército, por US$ 22 cada.

"Revolução industrial"

Mas voltando à trajetória do empreendedor, alguns nomes importantes da indústria mundial se associam ao nome do banqueiro. Entre os principais, destaque para a U.S. Steel, negócio fechado sem contrato assinado em papel, na palavra, entre Pierpont Morgan e Andrew Carnegie. A consolidação conduzida pelo banqueiro deu origem à gigante de siderurgia - no nascimento do século XX - como a primeira companhia bilionária do mundo, com capitalização de cerca de US$ 1,4 bilhão em 1901.

Não bastasse sua contribuição na consolidação do setor siderúrgico, Morgan aparece na trajetória de uma das empresas mais tradicionais do mundo. A condução da fusão entre a Edison Electric, de Thomas Edison, e a Thompson-Houston Electric deu origem à companhia hoje chamada General Electric - GE.

Para a história

Além dos negócios, John Pierpont Morgan dedicou seus últimos anos ao amor pela arte. Fundou o Metropolitan Museum of Art de Nova York enquanto concentrava esforços na aquisição de seguradoras e outras instituições financeiras. Como recebeu o banco de seu pai, o deixou para seu filho, John Pierpont Morgan Jr., após sua morte em 1913.

A instituição sobrevive com seu nome, mesmo após ceder aos percalços que o tempo lhe impôs. Hoje, é JP Morgan Chase, nome que incorpora sua fusão com o Chase Manhattan.

Após revolucionar o sistema financeiro, os transportes, a indústria e de certa forma o capitalismo norte-americano, John Pierpont Morgan segue lembrado por algumas frases memoráveis, como "se você pudesse vender a sua experiência pelo preço que ela lhe custou, ficaria rico". Outros lembram Pierpont por uma frase que não é dele, mas ficou famosa em sua época: "Deus criou o mundo. E Morgan o reorganizou".

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Blog bom: Na Teoria a Prática é Outra


Durante as minhas pesquisas noturnas, sem muita motivação, acabei descobrindo um blog pra lá de interessante. "Na Teoria a Prática é Outra" é um blog sobre política, mas seu autor, Celso Rocha de Barros, que é cientista social, discursa sobre temas variados. Fiquei impressionado com a qualidade dos posts, assim como, com os comentários. Celso dá uma pitada de comédia nos assuntos, mas isso não tira sua seriedade e força nos argumentos.

Comecei a acompanhá-lo e, apesar de não gostar de política, sinto que posso absorver alguma coisa de bom. Eu recomendo...

Visitem: Na Teoria a Prática é Outra

segunda-feira, 20 de julho de 2009

A incrível trajetória do bilionário russo, Abramovich


Sorte ou genialidade? A história de Abramovitch é meio surreal. O cara é um dos homems mais ricos do mundo antes dos 40, é dono do Chelsea, um grande clube inglês e ainda esbanja seu dinheiro com um monte de "brinquedinhos". Eu diria que houve sorte sim, mas, para mim, é inegável que o sujeito tenha um tino e uma capacidade além do normal.

Confiram a história de Abramovitch:

DO NADA AO TUDO

Abramovich começou sofrendo cedo na vida. Nascido a 24 de outubro de 1966, em Saratov, à beirado rio Volga, no sul da Rússia, o menino de origem judia perdeu a mãe aos 2 anos e meio e o pai pouco depois, num acidente de obra em maio de 1969. O pequeno Roman ficou aos cuidados de tios. Primeiro com Leib em Ukhta, 1.350 quilômetros a nordeste de Moscou, aprendeu noções básicas de economia. Com Abraão em Moscou, desfrutou de uma educação exemplar. Como gratidão, depois que ficou rico, equipou a escola onde estudou com as melhores e mais modernas instalações.
Com 18 anos, ele abandonou os estudos no Instituto Industrial de Ukhta para servir no exército por dois anos, como todo russo. Dominic Midgley e Chris Hutchins sustentam, na biografia não -autorizada "Abramovich - the billionaire from nowhere" ("Abramovich - o bilionário de lugar nenhum"), que os rigores do regime militar ajudaram a moldar uma "personalidade mais refinada socialmente, mais independente e auto-confiante".
Aos 20 anos, Abramovich casou em dezembro de 1987 com Olga, uma loura estudante de geologia três anos mais velha do que ele. Nesta mesma época, quando o então líder soviético Mikhail Gorbachev flertava com a chamada perestroika e acabou a proibição sobre a iniciativa privada, Abramovich foi um dos primeiros a montar um negócio próprio, abrindo uma fábrica de bonecas. A receita informal com a revenda em Ukhta de artigos de luxo comprados em Moscou complementava a renda que na época chegava a 4 mil rublos, 20 vezes mais do que o salário de um trabalhador estatal.

Em 1995, Abramovich fez a parceria mais bem-sucedida do capitalismo russo, com um aliado de Boris Yeltsin.

O ano de 1991 foi fundamental na vida da União Soviética e também para Abramovich. O império acabou. E além de casar pela segunda vez, com Irina, uma aeromoça da companhia estatal Aeroflot com quem tem cinco filhos, ele entrou na "família" que passou a circular na esfera de poder do presidente Boris Yelstin. Biógrafos contam que Abramovich também ficou muito amigo, talvez íntimo demais, da filha de Yeltsin,Tatyana.
Num encontro num iate em 1995, nascia a parceria mais bem-sucedida na curta e cruel história do capitalismo russo. Abramovich foi apresentado a Boris Berezovsky. O aliado de Yeltsin, 20 anos mais velho e experiente, ficou impressionado com o talento de se comunicar do jovem russo, que confirmava mais uma vez a fama de estar sempre com as pessoas certas, no lugar certo e na hora certa. Esta habilidade de identificar novas oportunidades fez de Abramovich um dos primeiros a conseguir licença para explorar petróleo num tempo que isso era como uma licença para imprimir dinheiro.
Em 1995, o governo precisava fazer caixa e inventou o programa ações-por-empréstimo. Empresas estatais passavam ao controle acionário de empresários que em troca davam um dinheiro ao governo. Como não iam receber de volta, os chamados oligarcas ficaram com as empresas todas para eles.
Foi seguindo este filão que a dupla Abramovich-Berezovsky assumiu o controle da gigante de petróleo Sibneft, pagando US$225 milhões no esquema “ações por empréstimos” quando o valor de mercado era US$2,8 bilhões. Em 2003, a empresa estava avaliada em US$15 bilhões. Abramovich também investiu em alumínio e comunicações antes de se desfazer da maioria dos seus negócios na Rússia e se mudar para a Inglaterra.


QUESTÃO DE ESTILO

As privatizações na Rússia foram um xadrez de oportunidades e não há dúvida de que Abramovich foi sempre um mestre em adivinhar o próximo movimento. Como diz a biografia: "Ninguém fica bilionário em menos de dez anos sem cortar uns atalhos".
Uma das revelações do livro é de que Abramovich entrevistou todos os candidatos ao gabinete do então primeiro-ministro Vladimir Putin, em 1999. Também liderou a criação do partido da Unidade e foi o principal arrecadador de fundos para a eleição de Putin à presidência em 2000.
Nem todos os oligarcas tiveram o mesmo destino de Abramovich ou Berezovsky, auto-exilado na Inglaterra após ser forçado a vender sua parte na Sibneft por preço abaixo do mercado para o ex-parceiro, com quem acabou brigando. Outro barão do petróleo, Mikail Khodorkovsky, ex-homem mais rico da Rússia, está preso e sendo processado por fraude no império falido da outra gigante russa do petróleo, a Yukos.
Abramovich tem um apartamento em Londres e uma casa de campo, FyningsHall, numa área de 1,8 km2 em Sussex, comprada por US$23 milhões do magnata australiano Kerry Packer. Possui ainda o Chateau de Croe, um castelo de US$54 milhões em Cap d'Antibes, no sul da França. A propriedade já pertenceu ao milionário grego Aristóteles Onassis, ao rei Henrique VIII e sua mulher americana divorciada Wally Simpson e recebeu visitantes ilustres como Winston Churchill. Na dacha que tem em Moscou, as estantes trazem livros falsos que não passam de volumes decorativos, com títulos na capa mas vazios por dentro.
Ele tem aviões, helicópteros, mas é no mar que Abramovich reina absoluto. Um dos seus três iates, o Pelorus, custou US$100 milhões. Vem com equipamento antimíssil, vidros à prova de bala, acomodação para 20 hóspedes, cinema, sauna e piscina.
Empregados e seguranças viajam em embarcações adicionais mais modestas. Com os iates equipados com toda tecnologia, um empresário pode comandar seu império de águas internacionais, como se estivesse em Londres ou Nova York.
Durante a Eurocopa de 2004, a presença do iate de Abramovich era uma das atrações das docas de Lisboa. Curiosos e a mídia chegavam perto, mas o máximo que conseguiam ver era o vai-e-vem de entregas. Até a BBC, que tinha cedido o sinal de sua transmissão para o barco do bilionário russo, não conseguiu uma cena sequer lá de dentro.
Abramovich não fala inglês nem dá entrevista. Quem já conseguiu chegar perto dele nota que prefere discutir negócios relaxado num sofá do que na formalidade das mesas de gabinete. Adota o estilo descontraído, de jeans, camisa sem gravata e paletó solto. Nos estádios, está sempre cercado de guarda-costas mas aceita dar autógrafos sorridente. Tem uma suíte executiva mas são tantos os amigos russos que já ofereceu pagar quase US$6 milhões por um dos camarotes ao lado.


EM BUSCA DA FAMA

Os biógrafos de Abramovich acham que ele resolveu comprar o Chelsea para se divertir. Acontece que, depois dele, o futebol nunca mais será o mesmo. Em julho de 2003, com o clube à beira da falência, Abramovich surgiu das estepes, pagou a dívida do clube de US$154 milhões e comprou o resto das ações por US$115milhões.
Tudo o que o novo patrão tinha a dizer veio neste comunicado:
- Estamos contentes com o acordo para comprar o que já é um dos grandes clubes da Europa. Temos os recursos e a ambição para conseguir ainda mais por causa do grande potencial deste clube.
Ken Bates, que fechou o negócio com o russo e faturou US$32 milhões com a venda de suas ações, foi mais descontraído:
-Qualquer pessoa que enche um barril de petróleo por US$1,70 e vende a US$20 merece meu respeito.
Apenas no primeiro ano, o Chelsea gastou US$200 milhões só em novos jogadores.
-Sem o dinheiro dele, o panorama do mercado há um ano e meio seria bem diferente. Ele foi responsável por 60% das transações-esclarece para A+ Dan Jones, diretor da consultoria especializada em futebol Deloitte&Touche. Ele botou o Chelsea no topo não só na Inglaterra como na Europa, particularmente com a chegada do técnico José Mourinho. As quantias que ele investiu são altas, mas, se você comparar com a fortuna que tem, não chega a ser tanto assim.
Dan adverte que a fórmula de achar um bilionário não é saída nem modelo para ser seguido por clube algum:
- É uma idéia completamente insustentável planejar um clube para alguém como um Abramovich assumir. Você não pode administrar na suposição de que um cara como ele vai surgir e injetar dinheiro. Se alguém for sortudo o suficiente de achar alguém como ele, a opção mais segura é garantir que este benfeitor fique ligado ao clube por muito tempo.
Abramovich certamente ficou tentado pela fama que o futebol traz, pela atração de aparecer na TV, de virar celebridade mesmo que silenciosa, pelo orgulho de estar em um time ganhador. O executivo da Deloitte & Touche justifica:
-Se ele quisesse uma vida tranqüila, não tinha comprado um clube de futebol. Comprar o Chelsea também permitiu diversificar o domicílio de parte de seus bens. Muitas das em presas do Chelsea Village que ele incorporou ao assumir o clube estão espalhadas em países que vão de Chipre às l lhas Samoa e Maurício, além de paraísos fiscais como Ilhas Cook, Virgens e Guernsey.
Como bilionário bem-sucedido, Abramovich está fazendo tudo certinho para transformar o Chelsea numa nova força do futebol mundial. A contratação de Peter Kenyon para diretor executivo garante a experiência do empresário responsável pelo sucesso comercial do Manchester United e pelas parcerias com a Nike e a Vodafone. Na temporada que vem, Kenyon traz para o Chelsea o patrocínio da Nike e da empresa de telefonia francesa Orange.
Para a temporada 2004/05, foram gastos mais US$180 milhões em jogadores. Porém, se o Chelsea ganhar o sonhado Campeonato Inglês, esta conquista teria um sabor mais artificial do que especial?
Mathew Holt, pesquisador do Centro de Governança do Futebol em Birbeck Collegue, na Universidade de Londres, alerta que um possível título do Chelsea nunca poderá ser comparado a clubes que têm uma longa história no futebol mundial, como por exemplo Manchester United e Real Madrid.

Fundado há cem anos, o Chelsea conquistou apenas um Campeonato Inglês, em 1955

-Se o Chelsea alcançar o sucesso, será sem este elemento de romance, porque este sucesso foi bancado pela riqueza de um indivíduo -raciocina o pesquisador.
Conseguir o que seria apenas o segundo título da história do clube no ano do centenário é o objetivo atual de Abramovich. O Chelsea até hoje só venceu o Campeonato Inglês de 1955, exatamente há meio século.
Como governador da região de Chukokta, o bilionário russo construiu escolas, hospitais, shoppings. No melhor estilo populista, pagou férias para as crianças no Mar Negro. Agora, espera ser coroado rei no país que inventou o futebol antes de entregar a coroa do clube para o filho, Arkady, daqui a dez anos.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

O Gênio investidor, Jim Simons, presidente da Renaissance Technologies


Warren Buffet é o segundo homem mais rico do mundo e um respeitado investidor, apesar da sua maneira atípica de investir. George Soros é um filósofo que usa o mercado para testar suas teorias, e tem tanto sucesso quanto o Warren Buffet.

Eu admiro ambos, já lí muito sobre os dois e é incontestável o sucesso ímpar dessas feras. Entretanto, tem um cara que me chama muito mais a atenção: Jim Simons. Há dois anos lí uma matéria sobre seu Hedge Fund, Renaissance Technologies, na qual dizia que o mesmo era administrado por uma equipe multidisciplinar, com áreas que, até então, nada tem a ver com o mercado. Lembro que fiquei admirado com isso, mas não conseguia achar nada sobre Simons, pois ele é uma figura que não se expõe.

Pra minha sorte, achei uma matéria no Infomoney que fala um pouquinho sobre ele. Não deixe de conferir.

_______________________________________


Por: Roberto Altenhofen Pires Pereira

O melhor do mundo

Hoje aos 71 anos, o investidor é sócio-presidente da Renaissance Technologies, hedge fund especializado em fundos quant. Sua performance é impressionante. Desde sua abertura em 1988, o Medallion Fund, mais antigo produto da Renaissance, acumula retorno anual de 35,6% até o ano passado. O Medallion não opera ações, mas Treasuries, câmbio, commodities e derivativos.

Segundo matéria da EuroMoney datada de março de 2008, o Medallion rendeu 2.480% a seus cotistas em um período de 11 anos encerrados no final de 1999. De longe a melhor performance dentre todos os fundos semelhantes. Em segundo lugar aparece o Quantum Fund de George Soros, que conseguiu 1.700% no mesmo período.

Isto até 2008. Aí que a habilidade de Simons como gestor é reforçada. No ano em que praticamente todos perderam no mercado, a Renaissance Technologies lucrou US$ 2,5 bilhões, com impressionante retorno de 80% do Medallion. Com este desempenho, liderou o ranking de 2008 dos melhores gestores de fundo da Alpha Magazine, que considera as taxas de administração cobradas.

Máquina à frente nas decisões

Mais intrigante é a maneira que a Renaissance opera. A firma sediada na pequena cidade de East Setauket, no estado de Nova York, conta com aproximadamente 200 funcionários. Destes, apenas dois são formados em finanças e possuem carreira em Wall Street. O restante são estudiosos de astrofísica, matemática, linguística, ciência da computação ou estatística. Cerca de um terço é Phd em sua área.

Simons é referência quando se fala em fundos quantitativos. Utiliza softwares avançados para a tomada de decisões, fator que limita a exposição das operações às oscilações emocionais de seu gestor. Entre as modalidades difundidas por seus fundos, destaque para os "high frequency", modelos que se adaptam em tempo real a qualquer oscilação diária do mercado, propondo uma série de alternativas ao investimento instante por instante.

Os esforços dos mais de 200 cientistas da Reinassance vão para o desenvolvimento de modelos matemáticos complexos, cuja proposta é analisar e executar as ordens automaticamente. A cada variação do intraday, alguns de seus modelos geram centenas de respostas em segundos, incorporando qualquer informação ou variável. As ordens são soltas não por gestores, mas pelos computadores.

A fórmula secreta

Como James Harris Simons não comenta sobre suas estratégias, alguns chegam a questionar a possibilidade de, lá na frente, seu fundo se provar uma nova pirâmide Madoff. Mas o Medallion, por exemplo, já foi fechado para novos aportes, atualmente administrando mais de US$ 7 bilhões. Atualmente, trabalha com recursos apenas de Simons e seus funcionários. Caso alguém saia prejudicado, serão eles mesmos.

Em 2003, dois funcionários que haviam trabalhado na Renaissance revelaram alguns segredos de Simons. Seus modelos utilizam informações dos livros de ofertas, de ordens que ainda não haviam sido executadas. Como exemplo, identifica uma grande venda de determinado ativo e formula opções centavos antes, usando aquela ordem para cobrir simultaneamente sua posição.

20 anos à frente

Fica nisto. A ausência de maiores informações também responde ao fato dos empregados de Simons não terem do que reclamar. Poucos deixaram a Reinassance até hoje, seja pelos bônus milionários, seja pela simplicidade, pelo bom humor ou pela preocupação demonstrada com seus funcionários. O curioso restante de Wall Street trata o gestor como mito.

A possibilidade de sempre bater o mercado é vista com muito ceticismo. Ao longo dos anos, alguns argumentos pesam contra esta tese, como a performance ruim de Buffett em 2008, a queda do LTCM - Long Term Capital Management - no final da década de 1990, ou a pausa de Soros alguns anos atrás. Enquanto não se prova o contrário, Simons segue na frente dos índices.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Um blog interessante


Dica rápida:

Você gosta de histórias de sucesso e empresas tanto quanto eu? Se sim, não pode deixar de conferir o blog Mundo das Marcas. Acabei de colocá-lo nos blogs que acompanho, pois, sempre que puder, irei lá ler sobre alguma grande marca.

Não deixem de conferir. Muito bacana...

terça-feira, 14 de julho de 2009

Novo marco regulatório do Petróleo


Há pouco tempo postei sobre o marco regulatório, mas parece que agora é pra valer. Conforme todos imaginavam, o sistema vai ser muito parecido com o que já acontece na Noruega. O governo será dono de toda produção, através de uma estatal que será criada, e pagará por essa produção às empresas que aqui residirem. A idéia é usar toda a roqueza do Petróleo para investir em educação e saúde. Resta saber se o governo vai aprovar isso mesmo.

Será que um dia chegaremos ao nível de educação que se encontra a Noruega atualmente? Do fundo do meu coração, espero que sim. Quero um Brasil melhor para as minhas futuras pestinhas.

Confiram a matéria quentinha que saiu na Infomoney.

________________________________________

Por: Conrado Mazzoni Cruz
14/07/09 - 08h58
InfoMoney

SÃO PAULO - A proposta para o novo marco regulatório da indústria petroleira nacional contempla um sistema de partilha da produção do pré-sal entre a União e empresas vencedoras das licitações para exploração da região, a criação de um fundo social e de uma estatal empenhada em gerir os recursos do setor.

As novas regras, que serão enviadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 15 dias para, posteriormente, chegar ao Congresso Nacional, em regime de urgência institucional, foram anunciadas oficialmente pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, após reunião ministerial na segunda-feira (13).

Conforme informação da Agência Brasil, o mecanismo de partilha prevê que o óleo pertence à União, e as empresas contratadas recebem em troca um pagamento. Tal método deverá ser aplicado em futuras descobertas em projetos. O sistema de concessão permanecerá para os contratos já firmados.

Estatal e fundo

"Os contratos de partilha renderão à União, que destinará os recursos ao fundo social, que será gerido pelo Ministério da Fazenda", disse Lobão. A ideia do ministro é de que os recursos provenientes da venda do petróleo sejam destinados ao fundo para investir em educação, saúde e outras áreas sociais.

A nova estatal, por sua vez, funcionaria como uma garantia de que os lucros da exploração fiquem totalmente com o Brasil, avalia Lobão. Seria dotada de uma estrutura enxuta, com poucos funcionários, atuando apenas na parte administrativa.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

EmpreendedorMário Gazin: Dono da Móveis Gazin


Mais uma história que me cativou bastante. Não dá nem pra acreditar direito em tudo que o cara conquistou, principalmente por ele não ter tido estudo. Conhecimento nunca é demais, mas experiência e força de vontade valem tanto ou mais. Não deixem de conferir a matéria que saiu na Exame.

__________________________________________


"Ele só completou o 1o ano primário, vendeu um jipe velho e, em 40 anos, construiu uma rede de lojas de móveis no Paraná que hoje fatura mais de 1 bilhão de reais por ano."


Revista EXAME

Sempre que recebe um convidado em sua empresa, o paranaense Mário Gazin abre uma gaveta da escrivaninha, de onde pega duas moedas de 25 centavos. É o valor exato para dois cafezinhos da máquina do escritório, que compartilha com mais de 100 funcionários em Douradina, cidade de pouco mais de 7 000 habitantes no Paraná. É dali que Gazin, de 60 anos, comanda a Móveis Gazin, rede que vende móveis e eletrodomésticos numa faixa que vai do Paraná ao Acre, ao longo da fronteira oeste do Brasil. "Cada café é pago, até mesmo o meu, porque senão o pessoal abusa", diz ele. Pequenos custos e grandes metas são obsessões que Gazin cultiva com métodos fora do comum - logo depois do réveillon, ele distribui aos funcionários cuecas e calcinhas bordadas com os objetivos do ano. Nos últimos cinco anos, a Móveis Gazin dobrou suas receitas, que ultrapassaram 1 bilhão de reais em 2008. Gazin, que fez apenas o 1o ano primário, virou empreendedor quando, aos 17 anos, vendeu um jipe da família para comprar uma loja de móveis. Nesta conversa com EXAME PME, ele conta como construiu a empresa e suas ambições para o futuro.

“Meu pai era lavrador nas fazendas de café do Paraná nos anos 60. Trabalhei com ele quando menino. Aos 11 anos, arrumei dois empregos e deixei a enxada. Durante o dia, era sapateiro. À noite, era empregado na padaria da família da diretora do colégio. Ela gostava de mim. Eu contei que tomaria uma surra em casa se fosse reprovado. A diretora trocou as notas no meu boletim e me deixou ir para o 2o ano primário, que não completei porque o trabalho tomava muito tempo.

Meses depois, fui trabalhar com o filho dela, que era dono de lojas de móveis. Quando eu estava com quase 17 anos, ele decidiu fechar a filial que tinha em Douradina, município vizinho de Cidade Gaúcha, onde eu morava. Achei que seria bom se eu pudesse comprar aquela loja. Então eu e meu pai vendemos um jipe da família para o pagamento.

Com seis anos de vida, a Móveis Gazin já vendia eletrodomésticos e bicicletas. Em 1975 aconteceu um geadão forte que acabou com o café no Paraná. Os agricultores, em busca de alternativas, começaram a cultivar muito cereal. Eu e meus irmãos tivemos a ideia de trocar móveis por produtos agrícolas - arroz, feijão, vaca, porco. Quando viajávamos a São Paulo para buscar móveis, levávamos os grãos para negociar e fazer dinheiro.

O pessoal começou a migrar para o Centro-Oeste e para o Norte para fugir das geadas. Essas pessoas eram nossos clientes. Então, fomos atrás delas, abrindo lojas em Mato Grosso e em Mato Grosso do Sul. Depois inauguramos filiais em Rondônia, no Acre e num pedacinho do Amazonas. Até a nossa décima loja fomos crescendo assim, correndo atrás dos clientes. Depois, fomos ocupando os espaços nas cidades que ficavam pelo caminho. Nesse grande Oeste brasileiro encontramos nossa vocação como varejistas.

Embora tenha aprendido a ler, escrever e fazer contas, eu me achava um analfabeto. Por isso, tinha um medo danado de quebrar a empresa, e me forçava a aprender. Em 1977, ouvi falar de um seminário para empreendedores em Londrina. Os palestrantes falaram que era preciso investir na marca. Aquela era uma ideia totalmente nova para mim. Achei bom aquilo e até melhorei umas coisinhas no jeito como tratávamos a marca nas lojas. No ano seguinte fui a um seminário no Chile. Fui de ônibus, numa viagem de sete dias. Lá havia americanos, japoneses, gente do mundo todo falando de negócios. Assisti a uma palestra de um tal de Peter Drucker. Eu não fazia ideia de quem era aquele velhinho. Só depois me disseram que era um professor famoso.

Nos anos 90, tentei me matricular num MBA na PUC, em São Paulo. Cheguei lá e pediram meu diploma de faculdade. Fiz um acordo para participar como ouvinte. Achei que fui muito bem nas primeiras aulas, sobre logística e marketing de vendas. Na época, pensei que devia ser um cara bom mesmo, porque já fazia mais ou menos o que estava sendo ensinado. Um dia, o professor falou para levarmos uma HP. "O que é essa HP?", perguntei aos colegas. Disseram-me que era uma calculadora. Comprei uma antes de embarcar no ônibus de volta para Douradina, pensando que podia aprender a usar no caminho. Só quando estava na estrada vi que o manual era em inglês. Aprendi a usar com o tempo, com as pessoas me ensinando.

Sempre tive muita vontade de trazer coisas novas para a Gazin. Quando ouvi falar de computador, fui a Curitiba comprar um. Aproveitei para visitar o Hermes Macedo, então dono de uma poderosa rede de varejo. Ele me disse para esquecer essa história de computador e usar o dinheiro para comprar máquinas de costura para pôr no estoque. Resolvi comprar um computador com impressora mesmo assim. Eram máquinas enormes e caras, que usávamos para o controle do estoque e das contas a pagar e a receber.

Fiquei muito amigo do Hermes Macedo, de quem comprava móveis para revender, antes de ter minhas fábricas. Ele costumava dar bons conselhos, apesar de não acreditar em computador. Lembro que eu costumava reclamar de uns concorrentes que vendiam muito barato. Ele me disse para não esquentar a cabeça, porque quem vendia barato demais estava condenado a quebrar. Pena que a Hermes Macedo quebrou, mas não por culpa dele. Ao morrer, o Hermes havia deixado um belo patrimônio.

As grandes redes de varejo hoje, como Casas Bahia e Magazine Luiza, são farinha do mesmo saco. Todas facilitam o crédito, mas têm pavor de queimar as margens. Por isso, sou obsessivo com metas de vendas, de lucratividade e de combate à inadimplência. Na década de 90, não vendíamos tanto quanto queríamos. Fui conversar com um professor de administração. Ele me assustou de verdade. Disse que as empresas familiares tinham um limite para crescer. E que o destino de negócios como a Gazin era bater no teto e depois cair até quebrar.

Fiquei dois meses sem dormir direito. Precisava fazer algo para mudar aquele destino horrível. Chamei os gerentes e disse que precisávamos atingir a meta de qualquer jeito, e que eu daria prêmios a quem ajudasse. Eles lutaram mais para fechar cada venda e nesse mesmo ano voltamos a crescer. Desde então, nunca abandonamos as metas e recompensas. Em 2008 demos 12 Corollas, vários carros pequenos e quase 50 motos.

Onde quer que você olhe aqui na empresa, vai ver cartazes e faixas com as metas - até nos banheiros. Todo começo de ano eu mando bordar roupas íntimas com os números que queremos atingir e distribuo para os funcionários. Neste ano, o bordado diz 103 = 3% =16% =1,7%. Quer dizer: 103 milhões de reais de vendas ao mês, 3% de crescimento no patrimônio líquido, 16% de lucro e um máximo de 1,7% de inadimplência.

Hoje, a Gazin pertence a dez sócios - eu e meus quatro irmãos, mais os meus cunhados e cunhadas. Em 2000, criamos uma holding para reunir os sócios e salvar a empresa da família, como eu costumo dizer. Não dá para evitar conflitos, mas a holding permite discutir as coisas antes que os problemas fiquem grandes. Administrado do jeito certo, um negócio familiar é a melhor coisa do mundo.

Queremos estar entre as 300 maiores empresas do país daqui a uma década. Para isso, precisamos abrir mais lojas e construir seis fábricas. Vai ser muito importante prestar atenção nos concorrentes, ver onde eles deixam brechas. Mas nada de comprar lojas em dificuldades. Fiz isso uma vez e me arrependi até o último fio de cabelo. Tudo que estava errado na outra empresa quase acabou contaminando a nossa.”


segunda-feira, 6 de julho de 2009

Algumas dicas para nós, investidores iniciantes


Não devemos nos arrepender de deciões que foram tomadas, muito menos das decisões que não foram tomadas, seja por medo ou perda do "timing" correto. Naquele momento nos baseamos em nosso conhecimento. Entretanto, é muito importante que aprendamos com estas experiências.

Sou um investidor iniciante e vem me intrigando o fato de eu não estar tendo rendimentos melhores do que os atuais, já que tem papéis que já dobraram de valor desde o início da crise. No início ficamos fissurados em operar, compramos e vendemos a toda hora, aceitamos qualquer dica e tomamos diversas decisões erradas. Não tem jeito, acontece com todo mundo. Como falei alí em cima, a gente só aprende com a experiência.

No entanto, encontrei algumas dicas do portal de investimentos Motley Fool, que tem tudo a ver com o que eu estava acabando de dizer.

Leiam...

____________________________________________

Por: Gabriel Ignatti Casonato
InfoMoney

SÃO PAULO - Nos últimos anos, temos observado um crescimento significativo no número de pessoas que se aventuram em busca de retornos mais significativos nas bolsas espalhadas pelo globo. Contribui neste sentido o fato de as instituições financeiras virem facilitando o acesso destes investidores ao mercado.

No entanto, conforme destaca o portal de investimentos Motley Fool, a ampla maioria destes novos investidores não será capaz de superar os ganhos do mercado durante sua atuação, graças à combinação de três "realidades fundamentais": as altas taxas cobradas pelas instituições, a capacidade que elas tem de mover os mercados, além da rapidez com que conseguem acesso às informações.

Assim, para aqueles que pretendem ou que acabaram de entrar no mercado de ações, os analistas do portal oferecem duas dicas que podem auxiliá-los na busca por rendimentos acima da média. A primeira delas aconselha os investidores a não basear a escolha dos papéis apenas nos relatórios e opiniões dos especialistas, que em muitos casos visam apenas os interesses das instituições em que trabalham.

Neste sentido, a equipe do Motley Fool recomenda aos iniciantes que foquem sua análise nos fundamentos da empresa em que pretende investir, olhando, por exemplo, seus últimos resultados operacionais e se a ação está sendo negociada com múltiplos baratos.

Explore as fraquezas dos institucionais

A segunda dica do portal sugere aos estreantes que explorem as inúmeras fraquezas dos investidores institucionais, como o fato de eles serem obrigados a concentrar-se no curto prazo, o que muitas vezes os impedem de aproveitar boas oportunidades existentes no mercado.

Os analistas do Motley Fool lembram que, devido às recentes pressões de curto prazo, muitas instituições têm sido obrigadas a evitar papéis que possuem um excelente potencial de valorização no longo prazo. Para exemplificar a situação, eles citam o caso da Exxon Mobil, que embora venha sendo penalizada pelas flutuações do petróleo, possuem fundamentos que a garantem como uma ótima opção de investimento para um período mais longo.

Outra fraqueza diz respeito à grande dimensão dos investimentos institucionais, que acaba inviabilizando a busca por oportunidades em ações de menor liquidez - as chamadas small caps. Assim, o portal recomenda aos investidores de varejo que fiquem atentos ao potencial de crescimento de algumas empresas fora do foco do mercado, pois em muitos casos elas oferecem rendimentos surpreendentes.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Matthew Weigman: O astuto hacker cego


Fiquei impressionado com a história abaixo. Infelizmente, o garoto não usou sua inteligência para o bem.

__________________________________________

Fonte: Plantão Info

Um cracker americano de 19 anos foi sentenciado a 11 anos de prisão após ter se declarado culpado de invasão de computadores e intimidação.

Cego desde o seu nascimento, Matthew Weigman é considerado um dos golpistas mais habilidosos do mundo.

Ele aliava seus conhecimentos tecnológicos a técnicas de engenharia social para convencer funcionários de operadoras de telefonia a fornecer dados confidenciais e executar comandos no sistema.

O FBI está atrás de Weigman desde que ele tem 15 anos. Ele foi preso finalmente em maio do ano passado, dois meses depois do seu aniversário de 18 anos.

Entre outras peripécias, ele e outros colegas fizeram centenas de ligações e convenceram a SWAT a invadir as casas de seus desafetos.

Depois de atingir a maioridade, Weigman começou a assediar o agente de segurança William Smith, da operadora Verizon, que monitorava as atividades do jovem para reportá-las ao FBI. O cracker aplicou golpes seguidos contra Smith e chegou a ir à casa do agente pessoalmente para intimidá-lo.

Preso na ocasião, Weigman pode ficar atrás das grades por até 135 meses.