sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Canadá quer atrair brasileiros em busca de especialização


Isso é bom. MUITO! bom.

Por: Flávia Furlan Nunes

SÃO PAULO - Você já sentiu vontade de fazer um curso de mestrado ou uma pós-graduação no exterior? Se sim, saiba que o Canadá está interessado nos estudantes brasileiros.

O país possui alto nível de qualidade educacional. Em 2006, um estudo realizado pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) mostrou que o país ficou atrás apenas da Finlândia no desempenho dos alunos.

Para atrair os estudantes brasileiros, a consultoria que representa oito universidades canadenses Canadian University Application Centre (CUAC) acaba de se instalar no Brasil. "O nosso objetivo é incentivar a ida de profissionais que realmente queiram se destacar em sua área de atuação, com a absorção de um ensino de qualidade no Canadá. Assim como já ocorre em outros países, como nos asiáticos, queremos incluir o Canadá entre os principais destinos de executivos", afirmou a representante da consultoria, Rosi Vieira.

Oportunidade
De acordo com a consultoria, o objetivo de vir para o Brasil é incentivar principalmente as possibilidades de estudo no Canadá, com a opção de estágio por quatro meses ou mais na área de atuação.

Entre as universidades interessadas nos brasileiros, estão a McGill University, York University's Osgoode Hall Law School, University of Victoria, Saint Mary University, Algoma University, University of Windsor, University of Guelph e University Guelph-Humber.

Os cursos oferecidos abrangem as áreas de Negócios, Engenharia, Administração, Finanças e Ciências da Computação. O nível de cobrança para o estudante estrangeiro também é elevado, sendo que a forma de avaliação varia de instituição para instituição. Normalmente, de acordo com Rosi, é exigida uma média de 75% ou mais de aproveitamento no histórico escolar.

Os cursos têm duração em torno de 12 a 18 meses e incluem o período mínimo de quatro meses de estágio remunerado, caso o candidato seja aprovado em processo seletivo.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Resistência à inovação


Um importante obstáculo que muitos empreendedores enfrentam é a resistência ao que é novo e diferente. Vejam dois exemplos abaixo e depois reflitam.

"A maioria das pessoas desiste mais do que fracassa". Henry Ford.

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Antes de abrir a Amazon.com, Jeff Bezos passou um mês pesquisando novos produtos e mercados para uma importante empresa do mercado financeiro em Nova York. Após intensa pesquisa, propôs que deveriam abrir, em Seatle, uma livraria virtual para vender livros via internet. Como seu chefe não achou um bom negócio, Bezos pediu demissão e abriu a Amazon.com utilizando suas economias e as de alguns familiares. A Amazon é hoje o maior caso de sucesso de comércio eletrônico e, Bezos, um dos homens mais ricos dos Estados Unidos.

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Na década de 1990, uma escritora do Reino Unido, com sérios problemas financeiros, criou um mundo imaginário e sem o “cor de rosa” dos contos de fadas tradicionais. A história de um menino órfão que vivia num lugar sombrio, onde crianças e jovens não eram poupados da crueldade e do sofrimento, era longa e sem final feliz. A autora escolheu um caminho difícil, considerando-se que o livro era voltado para o público infanto-juvenil.

Mesmo contendo ingredientes como magia, ação e esportes radicais, o livro foi mal recebido pelos executivos das grandes editoras britânicas. Depois de muitas recusas (algumas fontes dizem que oito editoras recusaram o livro, outras falam em doze editoras), os originais chegaram à Editora Bloomsbury, e Barry Cunningham decidiu publicar o livro, que foi finalmente lançado em 1997.

Estamos falando de Joanne Kathleen Rowling, a autora da série de livros mais vendida do mundo: Harry Potter. Hoje, J. K. Rowling é a mulher mais rica e poderosa da Inglaterra, segundo a revista Forbes. Sua fortuna pessoal é estimada em mais de 1 bilhão de dólares.

A idéia de Harry Potter surgiu inesperadamente na mente de J.K. Rowling durante uma viagem de trem. Os primeiros manuscritos foram rabiscados em papel barato, e escrever o livro ajudava Joanne a passar o tempo, numa época em que sofria de depressão. Ela diz que nunca esperou sustentar-se escrevendo livros, mas só o fato de ter seu livro publicado de verdade já seria um sonho de infância realizado.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Peter Lynch e suas "10 baggers"


Mais um personagem famoso do mercado.

O engraçado é que estava lendo sobre Lynch nesse final de semana, aí acabo descobrindo que no Infomoney já tinha um texto do colega Altenhofen, que sempre escreve sobre os personagens do mercado. Muito bacana.

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Personagens: de caddying de golfe a investidor, Peter Lynch e suas '10 baggers'

Por: Roberto Altenhofen Pires Pereira
InfoMoney

SÃO PAULO - Provavelmente a maioria dos investidores brasileiros nunca ouviu o termo "10 bagger". De fato, por mais bem sucedido que seja, Peter Lynch não carrega a mesma fama que mega-gurus como Warren Buffett e George Soros. Mas pode ser colocado ao lado deles - os números provam isto.

A propósito, Peter Lynch nada tem a ver com a famosa Merrill Lynch - fundada por Edward Lynch, este sem qualquer parentesco com o "nosso" Lynch. O Personagem da vez é o típico caso de ascensão meteórica: de caddying de golf à lista de melhores investidores do mundo. A propósito, o termo "10 bagger" é usado para denominar as ações cujo valor se multiplicou por 10.

Antes de relacionar o termo ao Personagem, uma breve história. O primeiro contato de Peter Lynch com o mercado acionário foi no mínimo atípico. Ele era o carregador de tacos de um country club em Massachusetts e ouvia sobre o mercado durante as partidas de golfe que envolviam, principalmente, os executivos do fundo Fidelity.

Para começar, US$ 18 milhões

O trabalho de caddying o levou para dentro do Fidelity e a um curso de graduação na Universidade de Boston. No entanto, o serviço militar incluiu uma pausa nesta trajetória. Lynch serviu o exército por dois anos. Quando voltou, concluiu sua graduação, fez pós-graduação e assumiu um cargo de analista de investimentos no Fidelity. Isto aos 25 anos, ganhando cerca de US$ 16 mil por ano.

No Fidelity, começou cobrindo setores específicos, como mineração e petroquímica. Depois disso, chegou a diretor de research da instituição e assumiu a gestão do fundo mútuo Fidelity Magellan, aos 33 anos, em 1977. Quando assumiu, o fundo possuía uma base de ativos próxima de US$ 18 milhões.

Entre os melhores

Aí começa a trajetória do investidor Peter Lynch. No mercado, o "white -haired guru" é famoso por disseminar princípios simples, como o de investir em companhias ou setores que você possui maior conhecimento. Também é reconhecido como um dos expoentes do growth investing - o investimento focado no potencial de crescimento das companhias.

Este lema seguido por Lynch o ajudou a aparecer entre os investidores de melhor desempenho do mundo, além de ser responsável por sua rápida ascensão. Para se ter uma ideia, Lynch acumula rentabilidade anual de 29,2% nos treze anos que ficou à frente do Fidelity Magellan.

O contexto explica sua associação com ações "10 bagger", as tacadas certeiras objeto de sua constante busca. Entre suas "10 baggers" aparecem nomes como Fannie Mae, Phillip Morris e Taco Bell, compradas antes de se tornarem o que se viriam a se tornar. Relatos apontam que nestes 13 anos de Magellan, Lynch comprou mais de uma centena de ações cujo valor cresceu 10 vezes.

Para terminar, US$ 19 bilhões

Quando se aposentou, em 1990, deixou o fundo (que pegou com base de ativos de US$ 18 milhões) com ativos próximos de US$ 19 bilhões. Desde então, se dedica à filantropia, além de assinar alguns best-sellers de investimentos, como "One Up On Wall Street: How To Use What You Already Know To Make Money In The Market" e "Beating the Street".

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Blog - Empreender Mais


Há pouco tempo atrás recebi um convite do colega Jovan Machado para escrever no blog Empreender Mais, que gostaria que vocês visitassem. O blog fala de empreendedorismo e também de assuntos relacionados à área. Leiam a descrição do blog abaixo:

"O EmpreenderMais nasceu da vontade de compartilhar informações sobre empreendedorismo, mas, como sabemos que os empreendedores devem possuir múltiplos conhecimentos também teremos informações sobre contabilidade, economia, tecnologia, administração, gestão e de muito mais. Sempre tentando fazer o melhor e abordar artigos contemporâneos."

Apesar do tempo escasso, aceitei o convite e vou tentar contribuir com alguns textos. A minha motivação maior é estar fazendo um curso de empreendedorismo e inovação, onde tenho estudado muito assunto interessante, que vai dar pra compartilhar lá e aqui.

Não deixem de conferir.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

André Garcia, dono da Estante Virtual


Já que a bolsa só tá fazendo raiva hoje, vou postar mais uma história bacana de secusso. Há pouco mais de dois anos lí, numa revista de tecnologia, sobre André Garcia e o seu site, Estante Virtual. Na época ele estava só começando, mas a ideia era - e continua sendo - demais. Ele soube identificar numa dificuldade uma oportunidade de ganhar dinheiro.

E não é que tem dado certo?

Um amigo meu mandou a matéria, que saiu no site da Uol, sem saber que eu já conhecia a história, mas fiquei muito feliz por saber que o site está de pé, e que o André Garcia vai bem.

Confiram!

"O google dos sebos

O carioca André Garcia teve uma simples: criar um portal de busca e compra de livros
icone postado

13.05.2009 | Texto por Fernanda Danelon

Há três anos o carioca André Garcia teve uma ideia simples e inovadora: criar um portal de busca e compra de livros. Hoje, enquanto a maioria dos empresários se apavora com o caos econômico, ele planeja dobrar seu faturamento

Enquanto altos executivos e grandes acionistas procuram vislumbrar o horizonte em meio a nebulosos anseios diante da crise econômica mundial, o sol brilha forte para André Garcia. O carioca de apenas 30 anos construiu o maior portal brasileiro de busca e compra de livros em sebos, a Estante Virtual, que oferece não apenas produtos antigos com preços em conta, mas também novos com valores bem abaixo dos cobrados pelo mercado. Apenas um exemplo: o último livro de Paul Auster, Homem no escuro (Cia. das Letras, 2008) é encontrado por R$ 28 na Estante (incluindo o frete), enquanto sai por R$ 35, em média, nas grandes livrarias. Por isso, André não teme a crise: “Não me preocupo, ao contrário. A tendência é as pessoas optarem pelos produtos mais baratos, e isso a Estante oferece”, afirma antes de revelar: “Em 2007, totalizamos R$ 6 milhões em vendas. Em 2008, foram R$ 18 milhões. E nossa estimativa pra este ano é vender um total de R$ 36 milhões”.

Em pouco tempo e focado em um nicho, André construiu uma história de sucesso empresarial a partir de uma ideia inovadora. A Estante Virtual reúne 1.305 sebos e livreiros de 233 cidades do país. Disponibiliza mais de 3 milhões de livros online, o que leva 100 mil usuários a acessar o portal diariamente. Pra manter os sebos no portal, André recebe uma comissão de 5% sobre o total de vendas, mais uma taxa mensal de hospedagem de cada sebo cadastrado. Nada mau pra quem começou o negócio há três anos, aos 28 de idade.

Revolução no mercado

No fim de 2002, André empenhava-se pra virar um bem-sucedido diretor de marketing. Mas, depois de galgar a um alto cargo num respeitável banco e de alavancar a carreira numa empresa de telefonia celular, o jovem administrador de empresas continuava insatisfeito: “Estava cansado da alienante rotina corporativa. Quando vi um anúncio da empresa em que um executivo atarefado carregava um celular numa mão e um laptop na outra, foi a gota d’ água. Aquela propaganda refletia o futuro que eu estava construindo pra mim e aquilo era tudo o que eu não queria”, conta ele. Decidido a encontrar novo prumo à sua vida, André largou o emprego pra seguir carreira universitária. Voltou à casa dos pais e estudou durante dois anos pra tese que almejava defender. Mas a bolsa de estudos não rolou e André viu-se novamente sem rumo certo. Foi quando teve um insight.

Em busca dos cerca de cem livros que precisou ler para o mestrado frustrado, André percebeu o quanto era difícil garimpar títulos usados nos sebos. Os acervos mal catalogados desestimulavam qualquer leitor mais animado. Uma pesquisa na internet revelou que a falta de organização dos livreiros se estendia ao universo virtual. Pensou: “Por que não desenvolver um Google dos sebos?”. Micreiro desde a infância, André foi estudar programação e criou, sozinho, seu sistema de buscas. Dois meses depois, lançava a versão básica da Estante Virtual. Ao facilitar o acesso de leitores ao acervo de sebos, livreiros e até de outros internautas (todos os usuários podem cadastrar seus livros pra venda), o site criou uma vasta rede de comercialização de livros alternativa às livrarias. Além de obras raras e usadas, o portal abriga também livros novos e seminovos, comprados em pontas de estoque das editoras a preços baixos. “O mercado editorial brasileiro faz cerca de 50 lançamentos por dia, mas 80% dos lucros das grandes lojas vêm de apenas 20% dos títulos disponíveis. Tá aí um enorme quinhão pra ser explorado”, observa.

Democracia literária

Ao desenvolver um portal com um sistema de busca bastante eficiente, André revolucionou o setor. Uma pesquisa entre os proprietários de sebos sobre o impacto da Estante no mercado revela a transformação: 44% das vendas foram feitas através do site; 71% declararam ter feito investimentos motivados pelo aumento das vendas. “Na democrática visibilidade da web, as páginas mais visitadas são as que mais aparecem nos mecanismos de busca. O dinheiro não pode comprar classificação nesses resultados, e isso é muito saudável.” Por isso, André não precisa anunciar a Estante. Além de aparecer logo na primeira página do Google quando se procura um livro, a propaganda boca a boca garante a projeção.

De fato, André possui o maior bem que se pode desejar: tempo. Colecionador de hobbies, ostenta o luxo de despender uma manhã pedalando até o Leblon ou tocando pandeiro com um bloco de Carnaval de Laranjeiras. Adepto do ócio criativo – teoria do sociólogo italiano Domenico de Masi que sugere um sincretismo entre trabalho, lazer e estudo –, André e seus cinco funcionários trabalham somente seis horas por dia. “Quero que todos trabalhem motivados. Assim, acredito que estou colaborando para um mundo melhor. Não tô aqui só melhorando o meu lado”, acredita o jovem empresário, que mantém na cabeceira obras como Direito à preguiça, de Paul Lafargue, e Sobreviver ao trabalho, de Hermano Roberto Thiry-Cherques. “Quando estava projetando a Estante, vários amigos me aconselharam a procurar um emprego fixo. Se me diziam que eu era idealista, respondia que eles é que eram comodistas. A gente precisa se mexer pra construir uma sociedade mais pacífica e equilibrada.”

Mercado deve ficar nervoso hoje


Conforme eu já havia postado ontem, segue uma notícia newsletter do site ADVFN:

"Mercado deve ficar nervoso com taxação inesperada de estrangeiros

Com a nova medida para taxar a entrada de capital estrangeiro de curto prazo (para aplicações em renda fixa e ações) com IOF de 2% (Imposto sobre Operações Financeiras) os analistas já esperam um mercado bastante nervoso hoje, quando entra em vigor a nova taxação. A medida foi anunciada ontem pelo ministro da Fazenda Guido Mantega. Para o ministro "Há um excesso de aplicações de estrangeiros e nós não queremos ver uma bolha se formando na bolsa". Segundo o ministro cerca de US$ 20 bilhões entraram no País para investimentos em ações no ano, até o início de outubro. Seria objetivo do governo também reduzir a valorização do real frente ao dólar. Para o diretor do departamento da América do FMI, Nicolás Eyzaguirre, os controles de capital anunciados pelo Brasil são pouco efetivos, não restringem a entrada de capital e os investidores eventualmente conseguem burlá-los."

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Será que os meus momentos de alegria extrema na bolsa vão ser extintos por hora?

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Lula autoriza o Minitério Público a taxar o capital estrangeiro


A fonte é do jornal Estado de São Paulo.

Não sei se já é verdade, mas se isso acontecer a bolsa pode sofrer um reajuste. Quem já está dentro não sofrerá taxação, mas quem quiser entrar, se a medida realmente for aprovada, deve se segurar. Com essa onda de alta que tem rolado, eu estou rindo a toa. Minha carteira já está beirando os 30% de rendimento em menos de 1 ano.

Sem querer ser egoísta, essa desvalorização do dólar frente ao real faz com que nosso exportadores percam a competitividade lá fora. Aí ficamos nessa, o que é bom para o Brasil, dólar bem baixo e estrangeiros na bolsa ou dólar controlado e exportadores competindo lá fora e trazendo riqueza pro país? A verdade é que grande parte desse capital estrangeiro é especulativo. Nossas taxas de juros são mais altas do que a média mundial, o que nos torna atrativo para eles. Enfim, deem uma olhada na matéria do Estado de São Paulo:


"SÃO PAULO (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu sinal verde para a edição de uma medida provisória para a taxação do capital estrangeiro no país, afirma reportagem publicada neste sábado pelo Jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, o nível de taxação será de acordo com o tempo em que os recursos permanecerem no país. Quanto menos tempo o dinheiro ficar, maior será a taxação, segundo a Folha.

A medida deve ser anunciada no início da próxima semana e também englobará os investimentos no mercado de ações, disse o jornal.

Na sexta-feira, durante visita a Pernambuco, onde participou de evento sobre a transposição do rio São Francisco, Lula disse a jornalistas que não havia previsão de taxar o capital estrangeiro.

"Essa coisa de economia a gente não pode falar. Estou há três dias viajando. Vou voltar no final de semana e não tem nenhuma previsão de a gente fazer qualquer taxação em lugar nenhum", disse o presidente na ocasião.

As declarações de Lula foram uma resposta a uma reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo na sexta-feira, que afirmava que o governo estuda retomar a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre o capital estrangeiro como forma de segurar a valorização do real."

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Agradecimento


Há pouco tempo atrás postei - aqui - sobre o colega Carlos A. H. Brum e o seu livro Investindo em Ações com Estratégia e Disciplina. Eu ia comprar o livro, mas, para a minha surpresa, o mesmo me mandou um exemplar. Não preciso nem dizer o quanto eu fiquei lisonjeado, né? Afinal de contas, Carlos Brum já é autor de um Best Seller.



Com uma linguagem simples ele percorre todo o mercado de capitais, e discorre sobre os diversos termos técnicos existentes. Eu diria que o livro é de grande valia para alguém que quer investir e ainda não começou. Só ainda não terminei de ler porque estou muito enrolado com o meu trabalho de conclusão de curso e a outra faculdade que comecei.

Voltando ao objetivo do post, jamais imaginei que um blog, sem maiores pretensões, pudesse me render um presente desses. Entretanto, é gratificante saber que tem pessoas que entram, leem e participam, seja mandando e-mail ou comentando por aqui.

Deixo o meu agradecimento ao autor.


Obrigado Carlos A. H. Brum...

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Terminei de ler A bola de Neve




A Bola de Neve foi um dos livros mais fantásticos que já lí na minha vida. É o livro definitivo sobre a a vida de um dos homens mais respeitados do mundo, Warren Buffett. Ele deu à escritora Alice Schroeder acesso inédito a ele, sua família e aqueles que lhe são mais próximos para desvendar tudo sobre seu trabalho, suas opiniões, suas lutas, seus problemas, triunfos etc...

O livro é tão rico em detalhes que, de certa forma, me sinto íntimo de Warren Buffet. Alice passeia por toda a sua infância, e conta até mesmo as tentativas frustradas, diga-se de passagem, de Warren conseguir um romance. A trajetória de vida desse homem é realmente um caso a ser estudado. Quanto a sua sabedoria, nem se fala.

Deixo aqui a minha indicação cinco estrelas. Para vocês terem uma idéia da riqueza de informações que o livro contém, Alice levou cinco anos para escrevê-lo e são mais de 900 páginas com muita história.

Para quem gosta, como eu, de biografias sobre pessoas interessantes vai adorar ler A Bola de Neve.


terça-feira, 6 de outubro de 2009

Cursos grátis do MIT (Massachusetts Intitute Of Technology) em português



Yessssss... Free online course materials


Olha que coisa boa gente!

O MIT oferece cursos grátis em sua página, inclusive na língua portuguesa. Não é fantástico?

Se quiser conferir clique aqui.

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Ando totalmente sem tempo devido ao trabalho e as faculdades, mas em breve estarei compartilhando mais coisas com quem gosta de me visitar.

Obs: Já pensou Victinhu lá no MIT!? Quem sabe...

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

02/10/09 - Euforia no mercado. O Brasil sediará a próxima Olimpíada


Hoje o Brasil está eufórico. As rodadas de votação para ver qual país sediaria a Olimpíada pareciam até o anúncio das notas das escolas de samba. O Rio de Janeiro (cidade escolhida pelo Brasil) perdeu a primeira rodada, mas se recuperou nas seguintes, levando para casa a chance de sediar uma Olimpíada. Chegou a vez da América do Sul. Sim, somos o primeiro país da América do Sul a sediar uma Olimpíada, o maior evento esportivo do mundo . Entre os concorrentes do Brasil concorrentes estavam Chicago (EUA), Tóquio (Japão) e Madri (Espanha).

Foto de divulgação da LUMO Arquitetos. Olhem como ficará o Maracanã:





Bonito, né? Porém, mais bonito ainda foi o mercado hoje. A euforia por conta das Olimpíadas já está mexendo com os brios de muita gente. Papéis de diversas áreas subiram como um foguete. A rede de hotéis Othon, por exemplo, subiu 177%. O setor de construção civil em peso teve uma média de alta acima de 3%. Hoje muita gente está rindo a toa. Entretanto, não podemos esquecer que temos uma jornada pela frente. Pra quem acha que 7 anos é muito tempo até a Olimpíada, está muito enganado. Trabalho com a coordenação de planejamento de paradas de produção na Petrobras e o prazo para a execução de um projeto é de 2 anos. Sim! Dois anos. Uma parada de produção, entretanto, não se compara a magnitude das obras que deverão acontecer para que a Olimpíada seja possível. O Brasil, segundo a mídia, deve gastar no mínimo R$14 bilhões para executar os projetos previstos. Empregos serão criados, oportunidades irão aparecer e quem souber investir nos papéis certos, terá um ótimo retorno.

Se tudo correr bem, quando acabarem as Olimpíadas, o Rio de Janeiro terá instalações e serviços de primeira linha. E a população sai ganhando. Só espero que os próximos governos que virem pela frente saibam administrar isso tudo. O fato de sediar uma Olimpíada é um chamariz enorme pra gente. Se o Brasil hoje vem sendo a queridinha de muitos investidores, imaginem só depois das Olimpíadas. Estamos vivendo momentos maravilhosos, a não ser pela crise, que ainda não foi embora.

Amigos e visitantes, acreditem no país e invistam. Oportunidades como as que estamos tendo, não aparecem toda hora. Aliás, tem gente que já investe há muitos anos e ainda não viu o que está vendo.

Um abraço para todos...

Ivan Boesky: O famoso insider trader


Mais uma história aluscinante do colunista da Infomoney, Roberto Altenhofen, que me amarro em acompanhar.


Por: Roberto Altenhofen Pires Pereira

InfoMoney

SÃO PAULO - Após uma crise com raízes no sistema financeiro, as autoridades lutam para regular as atividades do mercado de maneira mais agressiva. Recentemente, a Securities and Exchange Commision, órgão norte-americano encarregado de controlar as atividades no mercado norte-americano, baniu o flash trading, ferramenta em que potenciais operadores usam uma tecnologia de alta velocidade para enviar pedidos de compra e venda de ações para clientes segundos antes de elas serem abertas ao mercado.

O pressuposto básico é que o funcionamento natural do mercado só pode ser pleno se todos os agentes possuem as informações de maneira simétrica. Com este debate em curso, Personagens do Mercado viaja há alguns anos, atrás do nome responsável por popularizar a utilização de informações privilegiadas como maneira de tirar vantagem nas operações.

Ivan "o terrível" Boesky tem nome de russo, origem judaica, mas é nascido nos Estados Unidos, mais especificamente em Detroit (1937). O apelido do meio foi dado pela revista Times, em matéria sobre as atividades do mais famoso insider trader do mundo. Um título que pode ser contestado.

De fato, Boesky não pode ser considerado o pai do insider trading, até porque esta prática é tão antiga que não era proibida até o crash de 1929. Só para citar alguns dos mais famosos insider da história, dá para recorrer aos nomes de Joseph Kennedy - pai do presidente assassinado JFK - e de John Maynard Keynes, cuja participação e visão privilegiada dos eventos macroeconômicos aparece como informação assimétrica perante os reles participações do mercado à sua época.

Um agente da CIA no mercado

Apesar de reconhecidos por alguns como insider traders, estes dois não ficaram para a história dos mercados com o rótulo negativo que Boesky ficou. Até porque eram outros tempos; como citado, tempos em que esta prática não era proibida. Kennedy pai, inclusive, ajudou a criar a legislação contra o uso de informações privilegiadas pelos investidores, em seu mandato como chairman da SEC, logo após a Grande Depressão.

Mas a figura em questão é Boesky, pelo escândalo, pelo contexto, pelas ligações. Já quando a prática era bem controlada nos mercados, o especulador fez fortuna diante dos olhos atentos dos reguladores. Atentos, pois acabou sendo pego, mas até lá fez sua fortuna.

Explicar a aptidão de Boesky no assunto exige um olhar à sua formação. Após passar pelas universidades de Michigan, a Mumford de Detroit e a Wayne State University, trabalhou por diversos anos no Irã, a serviço da inteligência norte-americana - CIA. Pode vir daí a dificuldade de desmascarar suas operações no mercado.

A tacada sempre certa

Outro argumento é que, quando voltou para os Estados Unidos, se formou em Direito, isto em 1965. A partir daí, passou a operar. De maneira impressionante, apostava em movimentos de fusões e aquisições de empresas, sempre com tacadas certeiras e um pouco antes dos anúncios oficiais.

As aquisições "previstas" por Boesky o renderam uma fortuna estimada em mais de US$ 200 milhões em 1986, quando a SEC conseguiu enquadrá-lo. A investigação apontava que as apostas do investidor eram baseadas em dicas recebidas por pessoas próximas as negociações das empresas.

Delator

Neste contexto, Boesky ajudou a popularizar uma frase símbolo da geração yuppie em Wall Street: "Greed is good" - ganância é bom. Costumava pronunciar estas palavras, também atribuídas a Michael Milken, criador dos junk bonds, também preso por fraudes no sistema financeiro e que mantinha ligações com Ivan Boesky.

Como Milken, Boesky foi pego. Após cumprir dois anos de prisão, gastou boa parte de sua fortuna para voltar à liberdade. Ainda assim, foi exilado de Wall Street. Em um dos processos, gastou cerca de US$ 100 milhões em multa e acabou delatando outros investidores de seu esquema, inclusive Milken, para aliviar sua pena.

Hollywood e a esposa

Algumas questões interessantes circulam o nome de Boesky. Além de ser citado pelo personagem de Brad Pitt no filme "Onze Homens e um Segredo", também é creditado à construção do personagem Gordon Gekko, do longa-metragem Wall Street.

Além de Hollywood, seu nome apareceu nos noticiários em 1993, quando processava sua ex-mulher em busca de uma pensão, que obteve, de US$ 15 mil mensais. Mesmo reconhecendo que a fortuna de Seema Boesky vinha de suas operações ilegais, chegou a citar que "fiz ela rica além de sua imaginação".

Um conselho de amigo

Também chama atenção uma história com Jim Cramer, apresentador do programa financeiro "Mad Money" na CNBC, co-fundador do portal TheStreet.com e escritor. Cramer revelou que certa vez visitou um espaço para escritório em Nova York, com objetivo de encontrar locação para seu recém criado hedge fund. Foi atendido por Boesky, e lembrou que seu antigo chefe no Goldman Sachs, Rick Rubin, sempre havia lhe dito para ter cuidado com o tal Ivan Boesky.

Cramer encontrou um grande espaço, perfeito para suas necessidades, mas que Boesky não queria ceder, apenas negava as investidas de Cramer abanando a cabeça. Apesar de não ceder o espaço, Boesky foi muito elegante. Ao chegar em casa naquele dia, Cramer diz que entendeu o conselho de Rubin, ao assistir o noticiário e ver o retrato de Boesky, preso por utilizar de informação privilegiada no mercado.