quarta-feira, 16 de julho de 2008

Suhas Gopinath - Menino prodígio indiano

Esta história não é nova, mas achei muito bacana na época em que lí. Desta forma, gostaria de compartilhar com vocês. Trata-se da história de um jovem empreendedor indiano. Fico fascinado com essas histórias, ainda mais sendo num país emergente como o nosso. Suhas Gopinath - o meníno prodígio - é considerado uma lenda do empreendedorismo lá, e já marcou seu nome na história indiana.

Segue:

"Suhas Gopinath fundou uma companhia de software aos 14 anos e desde então se tornou uma das histórias de sucesso mais notáveis no mundo da tecnologia da informação indiana. Hoje ele tem 21 anos e dirige uma empresa de classe internacional, com 400 funcionários.

Kala Gopinath se preocupa com seu filho. Suhas come muito pouco, dorme muito pouco. "Isso não pode ser saudável", diz sua mãe. Ela coloca mais legumes e dois "idlis" -bolinhos brancos feitos de arroz e lentilha- no prato do rapaz. "Hoje ele ficou no sofá até as 4 da manhã trabalhando no laptop. E às 8 foi para o escritório."

Agora é meio-dia e Suhas veio almoçar em casa -a apenas cinco minutos a pé do escritório. "Minha mãe insistiu que meu local de trabalho fosse alcançável sem carro", ele ri. Gopinath é o principal executivo e co-fundador da Globals Inc. -uma companhia de informática florescente que produz sites da web e software, emprega 400 pessoas em todo o mundo e tornou-se um ícone nacional. O Livro dos Recordes Limca -a versão indiana do Guinness- o cita como o "executivo-chefe mais jovem do mundo". Políticos de seu país o comemoram como o modelo indiano: Vejam o que os jovens podem conquistar!

"Por que venderia meu bebê?"

Gopinath poderia circular num carro com motorista. Poderia morar numa cobertura ou comprar uma mansão para seus pais em um belo bairro nos subúrbios. Mas em vez disso a família mora em uma casa de tamanho médio, ele tem um carro pequeno, não tem o telefone celular da moda e não usa roupas de estilista. Em 2005, uma firma de investimentos de Houston, Texas, lhe ofereceu US$ 100 milhões por uma participação majoritária na Globals. Ele recusou, "depois de vários meses de discussão". A razão de sua resposta negativa: "Por que eu venderia meu bebê?" Em meados da década de 1990, os primeiros Internet cafés começaram a abrir em Bangalore (sul da Índia), e um deles entrou em operação ao lado da casa de Gopinath. "Meu irmão Shreyas me levou lá. Eu fiquei fascinado. A Internet mudou minha vida", ele diz. Suhas passava todos os minutos livres online.

Aprendeu sozinho a construir sites da web. "Ele gastou todas as rupias que tinha no Internet café", diz sua mãe, com a reprovação ainda evidente na voz. Gopinath admite: "Até então eu tinha sido um bom aluno. Depois que descobri a Internet passei a ser um aluno médio". Antes de descobrir o ciberespaço, ele sonhava em ser veterinário.
A luta pelo "Hindustão Cool"

Em 1998, quando tinha 13 anos, Gopinath lançou seu primeiro site:http://www.coolhindustan.com/. "Eu queria fornecer aos indianos do mundo inteiro um fórum para divulgar eventos públicos, dicas de restaurantes e tudo o que interessasse a eles", lembra. O site tornou-se popular -inclusive entre os hackers do Paquistão. Eles atacaram o "Cool Hindustan" (Hindustão Bacana) e substituíram o logotipo do site por "Cool Pakistan". "Foi uma experiência terrível", diz Gopinath. Ele abandonou o projeto.

Então, caçadores de talentos do Vale do Silício já tinham ouvido falar em Suhas Gopinath, e a companhia Network Solutions convidou o jovem indiano para conhecer sua sede em San José, Califórnia. Foi a primeira vez que ele embarcou num avião e a primeira vez que saiu da Índia. "Eles me ofereceram um emprego. Também queriam pagar minha educação nos EUA", ele diz. Sua resposta, porém, foi não. "Por que eu faria para outra empresa o que poderia fazer pela minha própria?"

Foi então que tomou a decisão de se tornar um empresário. Tinha 14 anos. Foi uma opção que enfrentou resistência de muitos lados. Seus pais o pressionaram para terminar a escola e estudar alguma coisa prática, e havia a tentação de um emprego seguro. A lei indiana também foi um obstáculo -é preciso ter pelo menos 18 anos para abrir uma firma.

Desvio pela Califórnia

Gopinath não ia esperar quatro anos. Ele trapaceou: junto com três amigos, registrou sua empresa em San José. "Online, é claro", ele diz. Queria chamá-la de Global Solutions, mas o nome já tinha sido registrado. Então se decidiu por Globals.

Hoje ele ainda lamenta que não tenha conseguido começar sua companhia em Bangalore. Os políticos mais importantes da Índia conhecem o jovem. Ele teve até uma audiência privada com o presidente Abdul Kalam. "Eu disse a ele que o limite de idade para fundar uma empresa tem de ser abolido", diz Gopinath. Kalam prometeu apoio, mas até agora nada mudou.
A lei não foi o único obstáculo, porém. Os potenciais clientes cancelaram os pedidos quando souberam que seu sócio na empresa tinha apenas 14 anos. "Muitas pessoas não me levavam a sério", ele lembra. Assim que começou a ter barba, deixou o bigode crescer, mas depois disso o cortou, a conselho de amigos.

Afinal Gopinath conseguiu superar todos os obstáculos. Aos poucos espalhou-se a notícia sobre a capacidade de sua companhia e Gopinath contratou cada vez mais pessoas e abriu mais escritórios. Ele tornou-se o chefe, patrão e principal executivo -tudo em plena puberdade.
A maioria de seus funcionários é igualmente jovem: a idade média é 21, tendo o mais velho 26 e o mais jovem, 12. Para este Gopinath não pode dar um emprego em tempo integral, pois representaria trabalho infantil. "Mas nós lhe demos um computador com uma conexão à Internet", diz Gopinath. "Hoje ele trabalha para nós às vezes, em design para a web."

200 clientes pelo mundo

Enquanto isso a Globals conseguiu 200 clientes em todo o mundo e hoje tem escritórios em 11 países, com cerca de 65% de seu faturamento vindos da Europa. Os jovens indianos tornaram-se especialmente bons em identificar nichos de mercado desocupados. Eles desenvolveram um produto de software para escolas, por exemplo, que permite que os professores registrem as notas e a freqüência com facilidade, e que os pais verifiquem se seus filhos estão indo às aulas -uma espécie de boletim eletrônico. O governo indiano ficou entusiasmado com a idéia e recentemente contratou a Globals para implantar o programa em mil escolas.
Agora que tem 21 anos, Gopinath está pensando em transferir a sede da empresa para a Índia -apesar de cerca de 125 pessoas trabalharem para a Globals em San José, contra apenas 25 em Bangalore. O que aconteceria com os funcionários nos EUA? "Veremos", diz Gopinath. "Os novos desenvolvimentos estão vindo principalmente de Bangalore."
Universidade à margem

Bangalore certamente seria mais barata. Os funcionários da Globals lá ganham entre 20 mil e 25 mil rupias por mês, o equivalente a US$ 540 e US$ 675 -um bom salário na Índia, mas ainda uma ninharia comparado com os US$ 1.485 que seus colegas nos escritórios ocidentais estão ganhando. "O dinheiro não é o motivo pelo qual trabalhamos para a Globals", diz Gayathri Kumar, 22, que é responsável pelas finanças. "O ambiente e a diversão são muito mais importantes para nós. Aqui não há hierarquias."

O pai de Gopinath, que já foi um cientista do Ministério da Defesa, hoje reconhece que seu filho fez as opções certas nos últimos sete anos. Eles são pais orgulhosos, mas ainda não o libertaram. "Para nós é importante ele ter um diploma", diz o pai. "A educação é a coisa mais importante na Índia."

Seu filho escutou e agora está estudando engenharia em Bangalore. Mas é difícil encontrar tempo; ele acaba de perder um exame por causa de uma conferência na Alemanha, e a próxima oportunidade de fazê-lo é daqui a um ano. Na universidade, Gopinath assiste às aulas e de vez em quando dá algumas, às vezes para pessoas décadas mais velhas que ele.

Ele diz que algumas vezes fica triste por não ter tido uma juventude como a maioria de seus amigos. Eles iam ao cinema enquanto ele ficava na frente do computador e trabalhava. E outra coisa: "Me incomoda que até meus colegas estudantes me chamem de senhor, tirem fotos minhas com seus celulares ou peçam autógrafos".

Gopinath balança a cabeça. "Eu nunca quis ser um astro.""

11 comentários:

Guiga disse...

é...mas às vezes é difícil quando te exigem ferro no lugar de ossos...

valeu pelo comentário!
beijo

Ciça Brunelli disse...

Nossa, que interessante essa história! Putz! É, acho que eu segui os caminhos convencionais, jamais conseguiria me imaginar líder de empresa aos 14... já não me imagino nem agora, aos 24, kkkkkkkkk! Haja empreendedorismo!

Sobre seu comentário, sabe que eu era bem esquisita? Muito mesmo... Só com uns 16 anos que comecei a me ajeitar, pq antes era uma tristeza, nenhum menino olhava pra mim ehauhuhuehue! Affff!

=*******

Cecilia Alfaya disse...

Muito interessante a história mesmo.. é assim que a gnt vê que a humildade é tudo né! a ganância de muita gente não leva a absolutamente nada! Claro que a inteligência neste caso é o papel principal, mas esses sentimentos e modos de agir contam muito!! To começando meu blog agora, se puder da uma passadinha lá para ver se você se interessa! Ai podemos nos linkar! =*

Rafael Abreu disse...

Valew pelo comentario... vc tah se referindo a esse comentario nesse blog neh?

https://www.blogger.com/comment.g?blogID=8065092321289755696&postID=8546653260736654493

Mas pensa.. esse eh um conselho q ela vai levar pro resto da vida... acho q as meninas nessa fase ficam lah se matando por um carinho com rostinho de baby johson e naum reparam nas verdadeiras oportunidades q a vida lhe oferecem! Equanto isso o cara q eu descrevi no blog da La Maligna sofre lah sendo rejeitadoo

Putz quanto ao Orkut nenhuma garota me adicionou! Só o Brutus! O tiro saiu pela culatra!

Gostei do seu blog, naum parece mas meu objetivo é a presidencia de uma grande empresa! Hauhauhauhau tenho que fazer um blog sobre o mundo corporativo.. pq li nessa edição da Voce SA que isso conta pontos... entaum tu tah no caminho certo! Hahaha o meu blog se algum empregador descobre soh vai keimar meu filme rssss

Alessandra Castro disse...

Nossa adorei mesmo a historia, pena que ele naum tenha descoberto as maravilhas da fama. ;)

Cecilia Alfaya disse...

Obrigado pela visita e pelo comentário, te adicionei nos meus links, passarei mais por aqui!! =*

Guiga disse...

(metida)

Oi...vi seu comentário no blog da Ju Dacoregio..então..eu tb não consegui fazer a colagem lá..(das celebridades parecidas e tal) e no meu tb veio um monte de foto de homem hahha

acho que estamos fazendo alguma coisa errada hahaha

beijos, bom find!

Guiga disse...

huaauhahuuhahuauh


Creeeedo!!

se cuida aí, homem!! não vai dormir em cima da mesa, heim!!
Mas isso que é rock n' roll viu! vir trabalhar de ressaca ahuehuahe

eu sei bem como é isso..ontem tb bebi um pouco, mas consegui dormir bastante hehehe

ps: eu tb fiz a colagem, mas como saiu uns rostos de macho lá..nem postei aheuihuihe

beijoca!!

Camilla disse...

Caramba, isso que ele nunca queria ser astro hein...

Beijos

Alessandra Castro disse...

Shiuuu...eu tenho 22. Mas decidi parar nos 21. :D

Anônimo disse...

Your blog keeps getting better and better! Your older articles are not as good as newer ones you have a lot more creativity and originality now keep it up!