quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Download - Venda coberta (Opções)


Um colega da minha corretora, Wintrade, me passou uns arquivos legais esses dias, e eu gostaria de compartilhar um deles.

A venda coberta tem chamado cada vez mais a atenção dos investidores, uma vez que é uma maneira eficiente de se remunerar a carteira com as suas ações, principalmente em épocas no qual o mercado está em baixa, como agora. O Sacamaca (sacamaca@uol.com.br) fez um resumo do livro do Bastter e eu estou deixando aqui pra qualquer um de vocês que tenha curiosidade em saber como funciona esta operação.

Download -> Venda coberta.

Enjoy!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

A Joana D' Arc brasileira


Há muito tempo atrás, no século XV, Joana D' Arc foi proclamada a "donzela de Orléans" e, atualmente, é a santa padroeira da França. Ela foi considerada uma heroína na guerra dos 100 anos, lutando ao lado dos Armagnacs. E isso tudo começou quando ela tinha apenas 16 anos. Incrível não?

Entretanto, mais incrível ainda é a história da "nossa" Joana D' Arc. Brasileira legítima, negra e de família simples, aos 4 anos Joana D´Arc já lia jornais no canto das salas onde a mãe faxinava, em Franca (SP). Atenta, a diretora permitiu o acesso precoce da menina à 1ª série. O desempenho disparou com o passar do tempo. Aos 14 anos, a garota foi aprovada na lista dos vestibulandos da USP, Unesp e Unicamp. Escolheu a última, se graduou em química orgânica, fez mestrado e doutorado. Suas publicações atraíram a atenção da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, onde concluiu pós-doutorado com base no estudo de um grave problema social e ambiental: o lixo. Aos 30 anos, Joana D´Arc Félix de Souza é referência mundial em reaproveitamento de resíduos orgânicos e industriais. Agora, vive o desafio de pôr a sua pesquisa em prática, a começar por Franca (SP), sua cidade natal.

Inicialmente, 10 toneladas de lixo doméstico (5% do total) vão virar adubo. Em seis meses, será a totalidade. O resultado prevê a recuperação total até de áreas de aterro. Depois será reaproveitado o lixo gerado por curtumes, indústria calçadista, canaviais. A fórmula para transformar lixo em fertilizante é secreta. “Posso revelar que a alma de tudo está em uma plantinha que cultivo no fundo do meu quintal”, diz. A menina filha de um curtumeiro, que viveu o suficiente para vê-la doutora, está prestes a conhecer a fama e, quem sabe, a fortuna. Joana já foi assediada por outras prefeituras, consulados da Itália e Espanha e multinacionais. Feito digno de heroína, num tempo em que são apresentados ao planeta mais problemas do que soluções ambientais.

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Se tudo der certo, a Joana D' Arc poderá ser considerada uma heroína do nosso tempo. O processo que ela desenvolveu não afeta o meio-ambiente e, se não me engano, 97% do mesmo vira água depois, que pode ser descartada na terra. E tudo isso com apenas 30 anos de idade.

É esse tipo de pessoa que eu admiro. Virei fã dela. Achei uma entrevista com a mesma na internet, mas não postei pra não ficar muito longo. Só posso afirmar que ela lutou contra o preconceito e no final mostrou pra todo mundo do que era capaz. Simplesmente emocionante.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Download - Apostila de gráficos (Análise técnica)


Fazia um tempo que eu não disponibilizava nada aqui, então to deixando para download uma apostila da Doji Star Four, sobre gráficos, para quem gosta da análise técnica. O conteúdo é de fácil compreensão, mas só vale a pena pra quem tem algum sistema e/ou corretora que disponibilize as informações graficamente, permitindo que você possa colocar o aprendizado em prática.

Façam bom proveito: DOWNLOAD.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

CEO do Google não irá trabalhar com Obama


E eu tava crente que ele ia =(

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“Eu adoro trabalhar no Google, estou feliz lá, por isso a resposta é não”, disse o executivo (Eric Schmidt) ao apresentador da CBNC, Jim Cramer.

Schmidt, que participou da reunião do presidente eleito com seus principais apoiadores, estava em Chicago na sexta-feira para o encontro do Conselho de Transição Econômica de Obama, que incluía 17 pessoas.


O grupo se reuniu para discutir quais as melhores maneiras de lidar com a crise financeira atual.


Segundo o executivo, Obama está ansioso para começar a agir.


Schmitd é a favor de um novo pacote de estímulo mais pontual do que o aprovado anteriormente. Para ele, é necessário um plano que resolva problemas como os de infra-estrutura.


Além disso, o CEO do gigante das buscas afirmou que Obama compartilha da sua crença de que tecnologias que respeitam o meio ambiente (tecnologias verdes) podem revitalizar a economia.


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Quem será escolhido no lugar dele? Acho difícil encontrarem alguém a altura.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Eric Schmidt, CEO do Google, e AnneMulcahy, da Xerox, farão parte do seu conselho econômico de transição.




"SÃO PAULO – Barack Obama está querendo experientes na área de tecnologia ao seu redor."

No total, serão 17 membros que darão recomendações administrativas e financeiras ao presidente eleito dos Estados Unidos durante seu governo. Richard Parsons, chefe do conselho de administração da AOL, também fará parte da cúpula tecnológica.


Schmidt, do Google, já havia dado conselhos sobre tecnologia e problemas ambientais dos Estados Unidos a Obama, durante a campanha presidencial. Ele apresentou um projeto que resolveria os problemas de energia do país em 22 anos, gastando 4,5 trilhões de dólares.


Perto das eleições, quando todos perguntavam se ele estaria apoiando o democrata, ele dizia que estava fazendo aquilo por conta própria, sem nada oficial e que o Google era neutro.


Os membros do conselho de Barack Obama devem se reunir antes da primeira coletiva de imprensa do futuro presidente, sexta-feita.

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Eric, do Google, e Anne, da Xerox, são dois grandes ícones no mundo da tecnologia e tenho certeza que ambos tem muito com que contribuir. Atualmente eu ando desesperado com essa crise. Meu dinheiro tá virando pó na bolsa e nenhuma estratégia que eu uso tá funcionando.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

A hora é agora, basta acreditar.


Um texto ótimo, escrito por Michael Reid, para o Portal Exame. Pra quem acredita no Brasil e que investir aqui, vale a pena.

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Há exatos dez anos, em agosto de 1998, a Rússia dava o calote em sua dívida e desvalorizava o rublo. Na visão de muitos investidores financeiros, o Brasil, com sua taxa de câmbio atrelada ao dólar e grande déficit em conta corrente, era o próximo da fila, a "bola da vez". Quatro meses depois veio a traumática desvalorização do real, que o governo Fernando Henrique Cardoso se esforçara muito para evitar, com um grande custo financeiro para o país. Muitos comentaristas viram na desvalorização a derrota do Plano Real e do empenho de FHC em estabilizar e modernizar o Brasil. Na verdade, ela marcou a consolidação da nascente estabilidade do país e criou o trampolim para o crescimento.

Como chefe da sucursal da revista The Economist em São Paulo entre 1996 e 1999, convenci-me de que o Brasil estava engajado num processo de reforma democrática e modernização econômica que, apesar de lento, paulatino e cercado de problemas, era sólido e duradouro, como escrevi na época. Mas foi preciso quase uma década para esse esforço dar frutos e tornar-se visível para aqueles cujo conhecimento do Brasil se limita a estereótipos datados. Um primeiro revés surgiu em 2001, com os blecautes e as reverberações do colapso financeiro na Argentina. A conversão de Luiz Inácio Lula da Silva à causa da estabilidade econômica - uma contribuição vital para o sucesso do país - veio tarde demais para impedir outro surto de nervosismo financeiro em 2002. Para conter a decorrente elevação acentuada da inflação, foi preciso um ano de taxas de juro altas e estagnação. Depois, o escândalo do mensalão levantou o espectro da instabilidade política. Mais uma vez, o Brasil parecia ter um desempenho aquém de seu potencial - como sempre, o país do futuro distante.

Há dois anos apenas, ainda era grande o ceticismo no exterior sobre a possibilidade de o Brasil realmente pertencer ao Bric, o clube de grandes países em desenvolvimento que, para economistas do Goldman Sachs, dominarão a economia mundial até 2030. Comparado com os outros - Rússia, Índia e China -, o Brasil era visto como uma tartaruga econômica, contida por uma taxa de crescimento morosa, altas taxas de juro, desempenho educacional fraco, infra-estrutura deficiente, desigualdades profundas, violência e uma dificuldade generalizada para fazer negócios. A maioria desses problemas é real. Mas o Brasil hoje se coloca entre os países do Bric mais por seus méritos comparativos que por seus defeitos.

A China sempre será um caso à parte em razão de seu tamanho. Mas os protestos no Tibete e a violência em Xinjiang durante os preparativos para os Jogos Olímpicos foram um lembrete de que seu regime político autoritário esconde uma instabilidade potencial. Alguns analistas começam a perceber que, apesar de toda a força de suas empresas de alta tecnologia e sua elite que fala perfeitamente o inglês, a Índia ainda é muito pobre, não dispõe de uma infra-estrutura moderna e enfrenta conflitos religiosos. E, nos últimos meses, a Rússia lembrou ao mundo por que ela é uma aposta arriscada. Sua resposta brutal à malfadada tentativa da Geórgia de retomar a Ossétia do Sul afugentou investidores estrangeiros. O governo autoritário da Rússia a torna inerentemente imprevisível. E sua economia depende pesadamente de petróleo e gás natural.

Agora, outra vez a moeda brasileira e a bolsa estão caindo. Desta vez, as causas do nervosismo são majoritariamente externas. Os próximos meses vão colocar à prova a estabilidade brasileira. Ainda assim, é preciso destacar que o Brasil tem, comparativamente, muitas vantagens. Seu crescimento econômico pode não ser espetacular, mas avançou solidamente. O nível atual de 5% pode parecer minúsculo comparado ao da China ou ao da Índia, mas o Brasil está crescendo sobre uma base muito superior: sua renda per capita está em 4 720 dólares, ante 2 010 dólares da China e 820 dólares da Índia, segundo dados do Banco Mundial. O Brasil já teve sua "fase chinesa", com crescimento em torno da média anual de 9% dos anos 50 aos 70, sustentado por uma combinação do trabalho de migrantes do campo com o capital industrial. Diferentemente da Rússia (e da Venezuela), o crescimento brasileiro não depende hoje de uma única commodity: suas exportações variam de minério de ferro, soja e suco de laranja a carros e aviões a jato. Acima disso tudo, o Brasil tem a possibilidade de vir a ser uma superpotência energética graças ao etanol de cana-de-açúcar e às novas descobertas de petróleo.

Boa parte do crescimento está sendo gerada pela expansão da demanda doméstica. Isso é um tributo ao sucesso da estrutura política construída após a desvalorização de 1999, com taxa de câmbio flutuante, metas de inflação estabelecidas por um Banco Central operacionalmente independente e uma meta fiscal que envolve grandes superávits primários para reduzir gradualmente os encargos da dívida pública. Essas políticas provaram seu valor no ano passado, quando países de todo o mundo foram atingidos pelos demônios gêmeos de preços recordes do petróleo e escassez de crédito. Os investidores notaram a ação firme do Banco Central, elevando por diversas vezes a taxa Selic neste ano para enfrentar o aumento da inflação, induzido pelos altos preços internacionais do petróleo e dos alimentos. A aparente determinação do BC, a despeito dos uivos de protestos (de alguns setores do governo inclusive), oferece motivos para confiar num arcabouço firme e estável para o crescimento.

A nova imagem internacional do Brasil não decorre apenas de seu crescimento, suas políticas econômicas e seus padrões de comércio. Também se deve ao fato de que, à diferença de China ou Rússia, o Brasil tem uma democracia cada vez mais robusta. O progresso social é palpável. A proporção de brasileiros vivendo na pobreza caiu de 48% em 1990 para 33% em 2006, segundo a Comissão das Nações Unidas para América Latina e Caribe. Pela primeira vez em décadas, a desigualdade está diminuindo de maneira consistente - ao contrário do que acontece na China e na Índia. E, como assinalou o economista Marcelo Néri, da Fundação Getulio Vargas, os jovens adultos agora entram na força de trabalho com três anos a mais de escolaridade do que no início dos anos 90. É essa combinação de crescimento estável, base diversificada de recursos naturais, política democrática relativamente previsível e progresso social que está criando uma sociedade de classe média que atraiu a atenção externa para o Brasil nos últimos dois anos. Essa mudança de atitude é simbolizada num aporte recorde de 35 bilhões de dólares em investimento estrangeiro direto no ano passado e na concessão de uma avaliação de crédito com grau de investimento no início deste ano. Isso se reflete também na decisão da União Européia de estabelecer "uma parceria estratégica" com o Brasil.

Mas as tormentas das últimas semanas sublinham que ainda é cedo para os brasileiros cantarem vitória, pedirem outra caipirinha e irem para a praia. O desempenho econômico foi bastante favorecido, nos últimos anos, pela alta dos preços de suas exportações de commodities. Mas, com a economia mundial entrando em recessão, os preços das commodities estão em queda livre. Essa percepção já está enfraquecendo o real. Se fosse moderada e gradual, a desvalorização da moeda daria um benéfico impulso às exportações de não-commodities do Brasil. Mas é abrupta. Aumentará as pressões inflacionárias e poderá exigir a manutenção de taxas de juro relativamente altas por algum tempo. Isso, por sua vez, pode causar problemas a uma classe média cada vez mais endividada, cujo novo status ainda é frágil. O impacto no balanço das empresas significa que o crescimento desacelerará fortemente no próximo ano. Assim, seria útil que uma política fiscal mais dura desse "um pouco mais de ajuda" no combate à inflação, como observou recentemente o presidente do BC, Henrique Meirelles.

Se há uma vantagem na crise, é a possibilidade de que o governo perca o sentimento de ter ganhado na loteria com o petróleo do pré-sal. Os grandes descobrimentos de petróleo induzem um senso de complacência de que os políticos precisam apenas "administrar a abundância", na notória frase de José López Portillo, presidente do México quando este descobriu um grande campo novo de petróleo. (López Portillo acabou presidindo a bancarrota de seu país em 1982.) Com o petróleo caindo para cerca de 50 dólares o barril, é evidente que a exploração do pré-sal será mais lenta.

A crise pode também fazer com que os políticos percebam que o Brasil poderia estar muito melhor. O emprego formal vem crescendo, mas o código trabalhista de Mussolini, abrasileirado por Getúlio Vargas, continua condenando muitos brasileiros à pobreza e à baixa produtividade da economia informal. O governo ainda tira muito em impostos e dá muito pouco em serviços de qualidade em troca. O sistema de previdência social precisa ser reformado. As infra-estruturas de transporte e de energia elétrica precisam de mais investimentos. Sobretudo, a qualidade da educação continua desastrosa, como mostraram os testes do estudo Pisa, da OCDE, que avalia estudantes em mais de 60 países. E a violência pode ter começado a diminuir, mas continua assustadoramente alta. A combinação entre educação fraca e violência, a menos que seja enfrentada, limitará a queda da pobreza e da desigualdade.

Não há dúvida de que o sistema financeiro internacional precisa de regulação mais forte e melhor. Mas, para o Brasil, o risco maior agora é que os políticos tirem conclusões erradas da crise. Com seu projeto de estatizar os fundos previdenciários privados da Argentina, a presidente Cristina Kirchner tem levantado o espectro de uma volta ao estatismo dos anos 70 na América do Sul. Se o Brasil tentar segui-la nesse caminho, estará jogando fora boa parte do que avançou na última década.