sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Energia das estrelas dominada pelo homem?


Ando lendo tanto sobre tecnologia e novidades, que quase não tenho postado sobre histórias de sucesso aqui. Mas é que eu fico abismado com as coisas que estamos fazendo, sério. Postei, a poucos dias, sobre o reator que vai nos ajudar a explicar a origem do universo. Este novo experimento, porém, pode nos ajudar a ter uma forma de energia limpa, sem impacto ao meio ambiente. Bacana não? O experimento é baseado nas teorias de como a energia é gerada no interior de uma estrela. Não deixem de ler, muito bacana.

Ps: Semana que vem vou postar um pouquinho da biografia de Samuel Klein, dono das Casas Bahia.

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Apesar do ceticismo de uma parte da comunidade científica, o projeto do primeiro reator de fusão nuclear do mundo, o ITER, prossegue acelerado, com seu orçamento que deverá ser três vezes maior do que o gasto com a construção do LHC.

Construindo uma mini-estrela

Explorando um campo absolutamente novo, literalmente tentando construir uma mini-estrela isolada no interior de um campo magnético, os cientistas devem comprovar que cada detalhe de sua teoria funciona conforme eles vão construindo os equipamentos que devem funcionar com base nessas teorias.

E eles estão em festa. Acaba de ser comprovado o funcionamento das bobinas de campo poloidal supercondutoras, que serão utilizadas para manter o equilíbrio do plasma e o seu formato no interior do reator tokamak do ITER.

"Isto é um salto para a comunidade da fusão nuclear. Nós testamos e demonstramos com sucesso uma tecnologia-chave que é essencial para o sucesso do ITER," afirmou Didier Gambier, diretor do projeto.

Ligas supercondutoras de nióbio-titânio

Feita de ligas supercondutoras de nióbio (Nb) e titânio (Ti), a bobina testada atingiu uma operação estável de 52 kA em um campo magnético de 6,4 Tesla. A bobina tem um diâmetro externo de 1,5 metro e pesa 6 toneladas.

Os fios individuais de nióbio-titânio, com diâmetro de 0,73 milímetro, foram fabricados na Rússia, um dos parceiros do projeto, ao lado do Japão, União Européia, China, Índia, Coréia do Sul e Estados Unidos.

Exatamente 1.440 desses fios foram tecidos em um cabo supercondutor, encapsulados em uma armação de aço, revestidos por uma camada de isolamento e, finalmente, utilizados para a construção da bobina.

Reator de fusão nuclear


O ITER, quando pronto, deverá ser o primeiro protótipo experimental a demonstrar a viabilidade científica e técnica da fusão nuclear para a geração de energia.
Quando núcleos de átomos leves se fundem para formar átomos mais pesados, a reação libera uma quantidade imensa de energia - este é o mesmo processo que alimenta o Sol e todas as estrelas.

Se o ITER tiver sucesso, usinas em escala comercial poderão começar a ser construídas para explorar a "energia das estrelas", sem radioatividade e sem poluição.

4 comentários:

Alessandra Castro disse...

Lembrei da música do Moby, quanto ele canta que todos nós somos feitos de estrelas. ;)

Sue disse...

Que loucura isso! Adorei esse blog. Vai me manter informada sobre coisa que eu sei lá como são.
Bom mesmo!!
Sue

Sue disse...

Ah, esqueci de dizer que encontrei vc no Amálgama.

Abçs

Anônimo disse...

Nossa, eu ando escrevendo sobre física e não tinha sequer ouvido falar disso.

Merece mais discussões, certamente.