Esse post vai em homenagem ao tio da minha namorada que trabalha lá no BuscaPé. Ai... Ai... Que inveja dele. Fazer parte de uma empresa de tecnologia, brasileira e estar ao lado de muitas, mas muitas cabeças pensantes e revolucionárias, deve ser gratificante pra qualquer um.
Bom, tá aí mais uma história - de sucesso - que começou com uma pequena idéia, mas virou um grande negócio. Parabéns a Romero Rodrigues (Presidente e sócio fundador do BuscaPé) e aos seus amigos.
Por Françoise Terzian:
No final dos anos 90, em meio à febre de projetos de web que assolava o planeta, três estudantes de engenharia elétrica da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo cumpriam um ritual todas as noites. Eles se reuniam virtualmente no ICQ, o mais popular programa de mensagens instantâneas da época, para uma animada conversa que começava sempre após a meia-noite, quando o custo da conexão via linha telefônica convencional é menor. Embora a internet não fosse disseminada no Brasil como hoje, papear online não chegava a ser um comportamento estranho a jovens de classe média. O incomum era que, em vez de falar sobre garotas, música ou esportes, o trio formado por Ronaldo Takahashi, Rodrigo Borges e Romero Rodrigues discutia formas de desenvolver um software que pesquisasse preços em sites de varejo. Foi assim que, sem um plano de negócios bem amarrado e sob o olhar incrédulo de parentes e conhecidos, o BuscaPé entrou no ar em junho de 1999. Hoje, o fruto das noites em claro tornou-se o mecanismo de comparação de preços e produtos mais popular da América Latina, uma empresa que já recebeu mais de 30 milhões de dólares, entre aportes de investidores e lucro reinvestido na operação.
É um feito considerável, mas o real desafio do BuscaPé começa agora. Seu sucesso despertou a atenção dos grandes portais de internet nacionais, que estão investindo em negócios similares. O Universo Online resolveu relançar o Shopping UOL, serviço de pesquisa e vendas que nasceu na década de 90, enquanto o iG reestruturou seu comparador de preços das lojas do iG Shopping. Além disso, a onda internacional de fusões e aquisições que envolve esse nicho há alguns anos pode finalmente chegar ao Brasil. O Shopping.com, maior companhia do mundo no ramo, foi arrematado pelo eBay, em 2005, por 620 milhões de dólares. O Yahoo! levou o europeu Kelkoo, em março de 2004, por 475 milhões de euros. No mercado nacional, o principal movimento partiu do próprio BuscaPé ao comprar o rival Bondfaro, no ano passado. O negócio foi viabilizado pela chegada do Great Hill Partners, fundo americano que se tornou acionista majoritário da empresa.
O presidente do BuscaPé, Romero Rodrigues, faz questão de dizer que o segredo dos bons resultados é a tecnologia que os fundadores criaram -- e é ela mesma que permitirá enfrentar a concorrência. Seu "robô", como é chamado o software que entra em outros sites e coleta informações, vasculha o conteúdo dos varejistas online e identifica as características dos produtos, os preços e até as parcelas e as condições de pagamento. Tudo isso vai para um banco de dados que, no final do ano passado, contabilizava mais de 10 milhões de ofertas de produtos, vendidos por 40 000 lojas e distribuídos em mais de 40 categorias, como eletrônicos, informática e livros. É nessas informações que milhões de pessoas se baseiam para tomar suas decisões de compra. O serviço é gratuito para os usuários. O modelo de negócios cobra dos estabelecimentos cadastrados. A cada clique, os varejistas eletrônicos pagam uma taxa ao BuscaPé. Embora não revele o faturamento de 2006, estima-se que a empresa tenha obtido receitas próximas a 50 milhões de reais, número surpreendente se comparado aos 100 000 reais registrados em 2000. Por tudo isso, o site pode ser considerado um pequeno fenômeno da internet brasileira.
O mercado de comparação de preços na web cresce a reboque do varejo eletrônico -- mas não só dele. Segundo Wendy Sept, porta-voz do americano Shopping.com, 59% dos consumidores online dos Estados Unidos iniciam o processo de compras com uma pesquisa em sites de comparação. Mas nada menos que 70% dos usuários do BuscaPé não fazem compras online. Muitos internautas preferem pesquisar preços na rede para, depois, fechar negócio pessoalmente numa loja física. São dados animadores, ainda mais quando os dois maiores varejistas eletrônicos do Brasil -- Submarino e Americanas.com --, que controlam metade do mercado, fundiram suas operações, deixando bem menos motivo para os internautas compararem preços nas compras online. Mas pode ser que esse tipo de preocupação deixe de dizer respeito ao BuscaPé. Especula-se que competidores internacionais, como o Froogle, que pertence ao Google, e o Kelkoo, possam desembarcar no Brasil. Como também há rumores de que o fundo Great Hill desejaria vender sua participação para recuperar os investimentos, não parece descabido supor -- embora Rodrigues negue categoricamente -- que o próximo capítulo da fascinante história do BuscaPé seja escrito em inglês.
No final dos anos 90, em meio à febre de projetos de web que assolava o planeta, três estudantes de engenharia elétrica da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo cumpriam um ritual todas as noites. Eles se reuniam virtualmente no ICQ, o mais popular programa de mensagens instantâneas da época, para uma animada conversa que começava sempre após a meia-noite, quando o custo da conexão via linha telefônica convencional é menor. Embora a internet não fosse disseminada no Brasil como hoje, papear online não chegava a ser um comportamento estranho a jovens de classe média. O incomum era que, em vez de falar sobre garotas, música ou esportes, o trio formado por Ronaldo Takahashi, Rodrigo Borges e Romero Rodrigues discutia formas de desenvolver um software que pesquisasse preços em sites de varejo. Foi assim que, sem um plano de negócios bem amarrado e sob o olhar incrédulo de parentes e conhecidos, o BuscaPé entrou no ar em junho de 1999. Hoje, o fruto das noites em claro tornou-se o mecanismo de comparação de preços e produtos mais popular da América Latina, uma empresa que já recebeu mais de 30 milhões de dólares, entre aportes de investidores e lucro reinvestido na operação.
É um feito considerável, mas o real desafio do BuscaPé começa agora. Seu sucesso despertou a atenção dos grandes portais de internet nacionais, que estão investindo em negócios similares. O Universo Online resolveu relançar o Shopping UOL, serviço de pesquisa e vendas que nasceu na década de 90, enquanto o iG reestruturou seu comparador de preços das lojas do iG Shopping. Além disso, a onda internacional de fusões e aquisições que envolve esse nicho há alguns anos pode finalmente chegar ao Brasil. O Shopping.com, maior companhia do mundo no ramo, foi arrematado pelo eBay, em 2005, por 620 milhões de dólares. O Yahoo! levou o europeu Kelkoo, em março de 2004, por 475 milhões de euros. No mercado nacional, o principal movimento partiu do próprio BuscaPé ao comprar o rival Bondfaro, no ano passado. O negócio foi viabilizado pela chegada do Great Hill Partners, fundo americano que se tornou acionista majoritário da empresa.
O presidente do BuscaPé, Romero Rodrigues, faz questão de dizer que o segredo dos bons resultados é a tecnologia que os fundadores criaram -- e é ela mesma que permitirá enfrentar a concorrência. Seu "robô", como é chamado o software que entra em outros sites e coleta informações, vasculha o conteúdo dos varejistas online e identifica as características dos produtos, os preços e até as parcelas e as condições de pagamento. Tudo isso vai para um banco de dados que, no final do ano passado, contabilizava mais de 10 milhões de ofertas de produtos, vendidos por 40 000 lojas e distribuídos em mais de 40 categorias, como eletrônicos, informática e livros. É nessas informações que milhões de pessoas se baseiam para tomar suas decisões de compra. O serviço é gratuito para os usuários. O modelo de negócios cobra dos estabelecimentos cadastrados. A cada clique, os varejistas eletrônicos pagam uma taxa ao BuscaPé. Embora não revele o faturamento de 2006, estima-se que a empresa tenha obtido receitas próximas a 50 milhões de reais, número surpreendente se comparado aos 100 000 reais registrados em 2000. Por tudo isso, o site pode ser considerado um pequeno fenômeno da internet brasileira.
O mercado de comparação de preços na web cresce a reboque do varejo eletrônico -- mas não só dele. Segundo Wendy Sept, porta-voz do americano Shopping.com, 59% dos consumidores online dos Estados Unidos iniciam o processo de compras com uma pesquisa em sites de comparação. Mas nada menos que 70% dos usuários do BuscaPé não fazem compras online. Muitos internautas preferem pesquisar preços na rede para, depois, fechar negócio pessoalmente numa loja física. São dados animadores, ainda mais quando os dois maiores varejistas eletrônicos do Brasil -- Submarino e Americanas.com --, que controlam metade do mercado, fundiram suas operações, deixando bem menos motivo para os internautas compararem preços nas compras online. Mas pode ser que esse tipo de preocupação deixe de dizer respeito ao BuscaPé. Especula-se que competidores internacionais, como o Froogle, que pertence ao Google, e o Kelkoo, possam desembarcar no Brasil. Como também há rumores de que o fundo Great Hill desejaria vender sua participação para recuperar os investimentos, não parece descabido supor -- embora Rodrigues negue categoricamente -- que o próximo capítulo da fascinante história do BuscaPé seja escrito em inglês.
1 comentários:
Adoro o Buscapé, a qualidade desenvolvida para facilitar a vida de quem procura produtos na internet é o diferencial, eu q moro longe sempre pesquiso os preços dos produtos e vejo aonde o frete é mais em conta.
PS: Gostei daki, gostei de sua visita tb. ;*
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