Já tive a oportunidade de postar sobre este fantástico empresário aqui, onde ficou enfatizada a questão da frugalidade com que o mesmo vive, tendo em vista a enorme quantidade de recursos que possui.
Dessa vez reproduzirei um texto que saiu no site da Wintrade, que é a corretora pela qual opero. Eles estão iniciando uma série chamada Milionários e Bilionários: o que você pode aprender com eles, que está super interessante.
Não deixe de ler.
Carlos Slim: O Rei Midas
"Ele é conhecido como uma espécie de “Rei Midas”, o personagem mitológico que transformava em ouro tudo que tocava. Trata-se, de acordo com a famosa lista da revista Forbes deste ano, do homem mais rico do mundo, com uma fortuna calculada em US$ 74 bilhões. É dono da America Movil, da Claro, de parte da Embratel e da Net, acionista do jornal New York Times e da loja de departamento de luxo Saks Fifth Avenue, entre diversos negócios que englobam uma mineradora (Mineras Frisco), um banco (Inbursa) e outros de setores diferenciados. Seu nome: Carlos Slim.
Slim é mexicano e desde cedo aprendeu alguns princípios básicos com o pai. Entre eles: vender grandes quantidades a preços baixos; possuir sempre uma reserva financeira que permita que oportunidades sejam aproveitadas; investir visando ao longo prazo; considerar que todos os tempos são bons para aqueles que sabem e podem trabalhar. Estes conceitos nortearam a vida do magnata que, até mesmo ao casar-se com 21 anos, resolveu utilizar um terreno herdado pelo pai não para construir uma bela casa para a nova família que estava formando, mas um prédio, com apartamentos que poderiam ser alugados ou vendidos. Seu primeiro negócio, aliás, foi uma imobiliária chamada Carso que, adiante, se tornaria o grande Grupo Carso.
A construção da riqueza – Carlos Slim começou a fazer dinheiro cedo, como a maior parte dos bilionários. Dizem que, quando criança, costumava vender doces para os primos e, aos 15 anos, guardando um pouco aqui e ali, já possuía 44 ações do Banco Nacional do México. Formou-se em Engenharia e chegou a trabalhar como professor. Depois foi operador da Bolsa de Valores. A tal imobiliária Carso foi a chave para o começo do sucesso financeiro, pois a partir dela começou a comprar terrenos, construir, vender e fazer cada vez mais dinheiro. O fato é que Slim soube aproveitar bem as habilidades na construção e no mercado financeiro para expandir enormemente seus ganhos.
Entre suas aquisições estiveram a Cigatam, principal companhia de cigarros e charutos do México, na década de 80; a Telmex nos anos 90; e a inauguração do museu Soumaya (nome de sua mulher, que já faleceu) em 1995. Em apenas um ano, de 2010 para 2011, sua fortuna aumentou US$ 20,5 bilhões, o que fez com que ocupasse o primeiro lugar no ranking da lista da Forbes pelo segundo ano consecutivo. O mexicano é considerado apreciador de obras de arte e no museu Soumaya estão obras como “O Pensador”, do escultor francês Auguste Rodin.
Nada de ostentação - Apesar de toda possibilidade de ostentação que o dinheiro lhe dá, Slim é conhecido pela simplicidade. De acordo com seu biógrafo José Martínez, o mexicano vive com cerca de US$ 24 mil por mês, o que pode parecer muito para os simples mortais, mas para quem possui a maior fortuna do mundo, seria quase nada; também não tem avião particular, não usa jóias nem objetos de luxo, e prefere obter informações pelo telefone do que pela internet. Tecnologia, aliás, não parece ser seu forte, ainda que ganhe muito dinheiro com negócios no setor. A característica que poderia ser considerada uma espécie de “pão durismo” parece ser comum a alguns dos muito ricos. Warren Buffet, o mega investidor, também faz parte desta turma. Para saber mais sobre Carlos Slim vale a pena acessar o site pessoal do homem mais rico do mundo."
"Confira algumas frases já ditas pelo bilionário em entrevistas à imprensa:
"O que as pessoas devem tentar fazer é trabalhar no que gostam, procurando áreas em que sua vocação e talento façam diferença. É fundamental ser paciente. É vital manter o otimismo sempre"
"Acho que a idade mudou mais minha maneira de ver as coisas do que o dinheiro. Agora estou mais velho e o que mais gosto de fazer é conviver com minha família, meus amigos e estar rodeado de pessoas interessantes, gente que pensa e cujas ideias me surpreendem"
'Um empresário pode cometer muitos erros: Não ter as melhores referências mundiais, não reinvestir, não estar com equipamento de ponta, estar atrasado em sua capacidade produtiva, não oferecer qualidade de serviço ao cliente e não desenvolver seu capital humano. E há grandes erros, como querer fazer tudo às pressas, quando as coisas têm seus tempos. É preciso entender os tempos: ter uma visão de longo prazo, ainda que se tenha de atuar no curto'"