quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Uma nova teoria para a crise?


Essa matéria me deixou de boca aberta.

Por: Valter Outeiro da Silveira
InfoMoney

SÃO PAULO - Bernard Madoff entrou para a história como ninguém deseja, ao ser o mentor do esquema Ponzi que resultou em um prejuízo total de US$ 50 bilhões, segunda maior fraude da história dos EUA, atrás apenas do escândalo da Enron em 2001, com perdas de US$ 63,4 bilhões.

Imagine se existisse uma fraude 50 vezes superior à de Madoff, com cerca de US$ 2,5 trilhões em perdas. Além do montante expressivo, idealize uma periodicidade mensal para tal prejuízo. Do impossível para a realidade subliminar, esse é o provável montante que os traders e bancos roubam da renda real do mundo através do petróleo.

Em artigo publicado no website Seeking Alpha, Philip Davis desnuda a possibilidade da maior fraude existente na história, ao revelar como aproximadamente 99% dos negócios nos mercados futuros de petróleo não passam de meras especulações, em um esquema envolvendo bancos, petrolíferas e até a própria imprensa.

Fantasma de mão dupla

"US$ 2,5 trilhões é menos do que o preço excedente que a população é manipulada todo mês para pagar por um barril de petróleo", afirma Davis, ao ressaltar que tais roubos ocorrem na ICE (Intercontinental Exchange).

Criada em 2001, a ICE possui como fundadoras as petrolíferas BP (British Petroleum), Royal Dutch Shell e Total, além dos bancos Morgan Stanley, Goldman Sachs, Deutsche Bank e Société Générale. A bolsa é sediada em Altanta, nos EUA, mas a regulação norte-americana passa longe das negociações.

Tamanha falta de regulação gera as chamadas dark pools of liquidity, ATS (Alternative Trading Systems) usados por traders que procuram movimentar grandes quantias sem revelar as operações no mercado aberto. Como decorrência, a especulação toma forma, e explica como o barril de petróleo saltou de US$ 40,00 para US$ 80,00 somente este ano, em meio à fraca demanda física pela commodity.

Á procura da verdade, Davis mostra que investigação do Congresso dos EUA datada de 2003 descobriu como a ICE é usada para facilitar negociações "round trip" (viagens de ida e de volta), nas quais uma firma "A" vende energia para uma empresa "B", que vende novamente o mesmo montante de volta para a firma "A": o resultado real é nulo, mas o sinal ascendente para os preços do petróleo não.

Preços disparam e ignoram demanda real

Na época em que a DMS Energy foi investigada pelo governo norte-americano, a empresa de energia assumiu que nada menos de 80% das negociações em 2001 eram fantasmas. Em movimento semelhante, a Duke Energy revelou que negociou US$ 1,1 bilhão através das round trips, sendo dois terços comercializados na ICE.

"Você pode enxergar o dano causado pelo Goldman Sachs e por sua gangue de ladrões quando olhar a diferença de preços antes da criação da ICE e depois da criação da ICE", afirma Davis, ao ressaltar que, em apenas cinco anos após a criação (de 2001 a 2006), os preços das commodities triplicou - contraparte impossível na demanda.

Para Chris Cook, ex-diretor da International Petroleum Exchange, os laços entre bancos e petrolíferas são bem mais antigos do que se pensa. "Parece-me claro que o Goldman Sachs e a BP vêm trabalhando em cooperação - ao menos em um nível estratégico - por pelo menos 15 anos", diz Cook.

A ponte mais do que estreita entre bancos e petrolíferas lembra a tese de Vladimir Lenin no texto "Imperialismo, fase superior do capitalismo", no qual explicita a junção entre capital industrial e capital bancário, resultando apenas em um tipo de capital: o financeiro.

Petróleo: causa da recessão?

Antes da existência da ICE, as famílias norte-americanas gastavam, em média, 7% de sua renda em alimentos e combustíveis. No último ano, a proporção saltou para 20%. "Isso é 13% da renda de todo norte-americano, o que dá mais de US$ 1 trilhão por ano, roubados através da manipulação do mercado", completa Davis, citando que, em uma escala global, US$ 4 trilhões são roubados por ano - 80 vezes o tamanho da fraude de Madoff.

Nesse sentido, Jeff Rubin, economista-chefe do CIBC (Canadian Imperial Bank of Commerce), sugere que a recessão corrente foi causada pelos altos preços do petróleo, ao afirmar que as hipotecas não pagas nos EUA são apenas um sintoma da doença causada pelo óleo bruto. Talvez explique porque o Japão e algumas economias na Zona do Euro entraram em recessão antes mesmo da bolha norte-americana estourar.

Além disso, os elevados preços do petróleo foram responsáveis por quatro das últimas cinco recessões do mundo, podendo ter começado também a atual, caso confirmada a tese. "Os choques do petróleo criam recessões, ao transferirem bilhões de dólares de economias em que os consumidores gastam cada centavo que possuem para países com alta taxa de poupança. Enquanto esses petrodólares podem ser reciclados de volta para fundos soberanos de investimento, eles não são reciclados para a demanda real", completa Rubin.

Parabéns, você construiu Dubai

Embora sem provas concretas, dada à falta de regulação na ICE - reguladores seriam subornados? -, a teoria da manipulação pode ser verdadeira, em um mercado cansado de especulação. Ou seria o próprio mercado a personificação da especulação?

Entre tantas questões, sempre lembre: quanto será da minha renda que está indo para a construção de um palácio de ouro no Oriente Médio, ou para algum trader do Goldman Sachs?

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Inventor amador cria luva para a NASA



Já faz um tempo que não posto sobre uma grande paixão minha: TECNOLOGIA. Assim, deixo uma matéria interessante que saiu num site que gosto de acompanhar, o Inovação Tecnológica.

É impressionante o que uma pessoa com boa vontade e capacidade consegue realizar.


Desafios do século

Quando se fala em tecnologia espacial e em projetos envolvendo a NASA geralmente se imagina grandes equipes de engenheiros e cientistas super especializados, trabalhando com orçamentos na casa dos muitos milhões de dólares.

A coisa parece ganhar ainda maiores dimensões quando se fala de um projeto chamado Desafios do Século - afinal, quanto gastaria a NASA para vencer um "desafio do século"?

Homer

O gasto real da NASA foi pequeno, mas o que é mais significativo é que os astronautas do futuro poderão usar luvas projetadas por uma única pessoa. Mais especificamente, por Peter Homer, um típico norte-americano com gosto por fabricar coisas na garagem e com experiência em costurar velas de barcos.

Homer, que estava desempregado, atendeu ao chamado da NASA para o Desafio das Luvas para Astronautas (2009 Astronaut Glove Challenge) e fabricou luvas que superam as atualmente utilizadas pelos astronautas durante as caminhadas espaciais e que atendem a todas as exigências extremas para operação no espaço.

Superação

É a segunda vez que Homer ganha o prêmio. Em 2007, ele já havia embolsado US$200.000,00 ao superar concorrentes de peso e fabricar a melhor luva espacial que a NASA já havia visto, embora ainda sem todas as especificações necessárias para uma luva espacial real.

Os desafios vão ficando cada vez mais difíceis, para que o projeto seja sempre aprimorado. Agora, em 2009, Homer superou seu próprio projeto, e o de todos os seus concorrentes, e produziu uma luva espacial com maior flexibilidade e capaz de suportar maiores pressões.

Como prêmio, ele embolsou outros US$250.000,00. Ted Southern, outro norte-americano, levou US$100.000,00 pelo segundo melhor projeto.

Melhores luvas espaciais

"É notável que dois projetistas trabalhando por conta própria possam criar luvas que atendam as estritas exigências dos voos espaciais - uma tarefa que normalmente exige uma grande equipe de especialistas," afirmou Kate Mitchell, engenheira da NASA que avaliou os projetos das luvas espaciais.

Para passar pela qualificação e participarem da competição, as luvas precisavam atender a todas as exigências da NASA, já incorporadas nas luvas usadas pelos astronautas, mas deviam também superá-las em flexibilidade.

No desafio de 2007, as luvas precisavam ter apenas a camada de manutenção da pressão interna. Agora, elas deviam contar ainda com as camadas de proteção térmica e de proteção externa contra o choque de micrometeoros.


terça-feira, 24 de novembro de 2009

Seção de livros atualizada


Leitores e amigos, depois de um feriadão cansativo, devido a uma viagem que fiz, finalmente atualizei a seção de livros do blog. Todos os arquivos existentes anteriormente já podem ser baixados. Aos que me mandaram e-mail solicitando a disponibilização só tenho a agradecer, pois sem o aviso de vocês eu não teria me atentado para o prazo do geocities. Enfim, aproveitem os downloads.

Em breve posto algo aqui.

Um abraço.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Seção de cursos atualizada


Graças a um dos meus melhores amigos, a quem chamo de irmão, a seção de cursos já está com todos os arquivos hospedados.

Para quem quiser conhecer o site do meu maninho, basta visitá-lo aqui -> Raffael

A seção de livros só poderá ser atualizada na semana que vem, pois o "animalzinho" aqui esqueceu o HD com todos os arquivos pessoais em casa.

Um bom feriado para todos.


segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Hospedagem de livros e arquivos


Colegas e visitantes do blog, venho pedir desculpas pela falta de atenção com a seção de livros e cursos. Infelizmente, não me atentei para o prazo que o geocities tinha dado e acabei perdendo todos os arquivos que estavam hospedados.

A partir de hoje, tentarei conseguir uma outra hospedagem e irei colocando os arquivos nos links novamente.

Sinceras desculpas à todos.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Como matar a criatividade empresarial


1. Mudar constantemente objetivos ou não possuir objetivos desafiadores e bem
definidos.

2. Alocar pessoas em funções abaixo de sua capacidade ou fora de sua área de
interesse.

3. Não oferecer oportunidade para que as pessoas desenvolvam algo de que possam
se orgulhar.

4. Não oferecer oportunidades de crescimento e desenvolvimento pessoal e profissional.

5. Possuir procedimentos muito rígidos e burocráticos.

6. Definir prazos irreais ou muito apertados para um projeto.

7. Manter a equipe sob estresse constante.

8. Ter alta restrição de recursos.

9. Oferecer um local de trabalho muito formal e padronizado ou muito desconfortável.

10. Contratar equipes muito homogêneas, nas quais há pouca diversidade de opiniões.

11. Ocupar-se demais com resultados imediatos e não reservar tempo para

estimular,reconhecer e congratular os esforços inovadores da sua equipe.

12. Reagir de forma crítica e cética a novas idéias, promovendo o medo de errar.

13. Não proporcionar recompensas adequadas para a criatividade.

14. Deixar que problemas políticos, ressentimentos e fofocas tomem conta do ambiente da empresa.

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Mudando de assunto, foi difícil de dormir essa noite. E o calor? Tudo isso por causa do apagão. Na mesma hora que fiquei sabendo que o apagão era no Brasil inteiro, tive maus pressentimentos quanto ao mercado de ações. Veio logo na cabeça a questão do racionamento e da economia. Mas, até onde sei, vivemos um bom momento nas questões energéticas.

Bom, hoje, às 17:00 h, o minitro de minas e energia, Edson Lobão, irá se reunir com o conselho de monitoramento do setor elétrico para ouvir as conclusões do apagão. Acredita-se que o mesmo se deve a uma falha em Itaipu. Vamos ver...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

John Templeton, o caçador de barganhas


Mais um personagem do mercado. Adoro essas histórias.

E pra quem gosta de ações baratas, acho que Ecodiesel é uma boa pedida. O papel tem estado na faixa de R$ 1,00, mas já valeu mais de R$ 13,00. Impressionante, não?

O mercado superestimou a questão do biodiesel no início, mas acho que começamos a engatinhar agora. No ano que vem o governo aprovou um projeto para mistrar mais biodiesel no diesel comum, e isso é ótimo pra Ecodiesel.

Bom, eu não conhecia a história do John, mas já tinha comprado as minhas ações. Agora é esperar...

Por: Roberto Altenhofen Pires Pereira

InfoMoney

SÃO PAULO - "De forma argumentável, o maior stock picker global do século". A afirmação é de 1999, da revista norte-americana Money Magazine. Refere-se a John Templeton, ou melhor, Sir John Templeton. Apesar de ter nascido nos Estados Unidos, mais especificamente no Tennessee, em 1912, o Personagem em questão renunciou à cidadania norte-americana por não concordar com o imposto de renda do país.

O "Sir" indica sua opção pela cidadania britânica, mas apenas cria expectativa em relação à longa trajetória até ser condecorado pela rainha, em 1992. Estes oitenta anos, de seu nascimento até a espada de Elizabeth II, revelam histórias curiosas de um investidor que se confunde com a trajetória dos mercados no século XIX. E não para por aí; as histórias de Templeton conseguem ir além destes 80 anos.

US$ 1

A obtenção do título por serviços prestados à rainha ou ao Reino Unido remete diretamente ao mercado. John Templeton começou cedo, após concluir seus estudos, na firma Fenner & Beane, uma das precursoras do que viria a ser a Merrill Lynch. Em 1939, Templeton emprestou US$ 10 mil de seu chefe para apostar em ações da NYSE (New York Stocks Exchange).

Assim como o empréstimo parecia arriscado - uma vez que Templeton era um reconhecido jogador de Poker -, sua estratégia não poderia ser mais arriscada. Ele decidiu comprar 100 ações de cada empresa que encontrou na bolsa por menos de US$ 1,00 [valor de cada ação da empresa]. No total, adquiriu lotes de 104 companhias e gastou cerca de US$ 10.400. Destas, 34 enfrentavam processo de recuperação judicial.

Contra o mercado, Templeton acreditava na possibilidade de recuperação destas empresas em meio ao cenário de guerra mundial que as economias estavam expostas. Quatro anos depois, devolveu os US$ 10 mil para seu chefe e ainda ficou um lucro próximo de US$ 40 mil em suas mãos. Foi o primeiro passo de uma trajetória impressionante.

Bargain Hunter

O segredo de Templeton residia na busca por ações baratas e situadas em ambientes de elevado potencial de crescimento. Em 1937, Templeton ajudou a fundar uma firma de investimentos que se tornaria a Templeton, Dobbrow & Vance. Sua estratégia partia do pressuposto que as melhores apostas se situavam nos mais diversos mercados, fator que o tornou um pioneiro dos globally diversified mutual-funds.

A trajetória do investidor se confunde com a história dos mercados no século XIX. Este foco em oportunidades de diferentes mercados levou seu fundo a investir em companhias japonesas no final da década de 1950, um dos primeiros fundos a apostar no crescimento do país asiático.

Pioneiro

De modo geral, os fundos de Templeton apresentaram retorno médio anualizado de 13,8% no período entre 1954 e 2004, acima da performance do índice Standard & Poor's 500 (+11%) no período. Durante estes anos, John Templeton participou da fundação e desenvolvimento de alguns dos mais importantes de fundos internacionais. Entre eles, iniciou em 1954 o Templeton Growth Fund, pioneiro na estratégia de apostar no potencial de crescimento das empresas, sediado nas Bahamas.

John Templeton viveu o restante de sua vida nas Bahamas, sendo um investidor ativo até os 95 anos. Nos últimos anos de sua via, dedicou seus esforços e fortuna à filantropia, através da Templeton Foundation. Em 2006, ainda aparecia na lista das pessoas mais ricas do Reino Unido. Além do pioneirismo e dos casos como investidor, John Templeton é lembrando por algumas frases famosas, como:

- "Invista no ponto de máximo pessimismo"

-"Se quiser ter uma performance melhor que a do mercado, precisa fazer as coisas diferentes do que o mercado"

John Templeton faleceu em julho de 2008, de pneumonia, no Doctors Hospital de Nassau, nas Bahamas.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Raymond Kurzweil - Gênio e inventor



Eu estava querendo postar sobre Raymond Kurzweil desde o início da semana, mas a falta de tempo tá demais aqui. O trabalho e a faculdade estão me consumindo com força. Rs...

Há algumas semanas atrás ví um documentário na Management TV - canal 54 da SKY - sobre o gênio e inventor Raymond Kurzweil, e fiquei impressionado com a sua pesperctiva de futuro, além da sua GRANDE inteligência, é claro. A história dele une as coisas das quais mais gosto: tecnologia e empreendedorismo.

É uma pena ser postado apenas um resumo da vida dele. Vou procurar o documentário na internet depois e tentar postar aqui pra vocês.

Boa leitura!

Raymond Kurzweil

Raymond Kurzweil (Nova Iorque, 12 de fevereiro de 1948) é um inventor e futurista dos Estados Unidos, pioneiro nos campos de reconhecimento ótico de caracteres, síntese de voz, reconhecimento de fala e teclados eletrônicos. Ele é autor de livros sobre saúde, inteligência artificial, transumanismo, singularidade tecnológica e futurologia.

Juventude

Raymond Kurzweil cresceu no Queens, em Nova Iorque, filho de judeus que escaparam da Áustria pouco antes da Segunda Guerra Mundial. Através do Unitário-Universalismo, foi exposto a diferentes fés durante a juventude. Seu pai era um músico e compositor enquanto a mãe era uma artista. Seu tio era um engenheiro da Bell Labs, e o ensinou o básico sobre computadores. Na sua juventude, ele era um ávido leitor de literatura sobre ficção científica. Em 1963, escreveu seu primeiro programa de computador, desenvolvido para processar dados estatísticos, tendo sido usado por pesquisadores da IBM. Ainda no ensino médio, criou um programa sofisticado de reconhecimento de padrões que analisava as obras de compositores clássicos, sintetizando suas próprias canções em estilos similares. O potencial dessa invenção era tanto que ele, em 1965, ele foi convidado a aparecer no programa de televisão I've Got a Secret, apresentando uma peça de piano composta por um computador criado por ele. No fim do mesmo ano, ele ganhou o primeiro prêmio na Feira Internacional de Ciência por sua invenção, sendo parabenizado pelo próprio presidente Lyndon B. Johnson durante uma cerimônia na Casa Branca.

Empreendimentos

Em 1968, ainda estudante do MIT, Kurzweil fundou uma empresa que usava um programa de computador para casar estudantes de ensino médio com universidades. Ele comparava milhares de critérios sobre cada instituição de ensino com respostas de questionários respondidos pelo próprio estudante. Aos vinte anos, ele vendeu a empresa para a Harcourt, Brace & World por cem mil dólares mais royalties. Raymond recebeu bacharel em ciência da computação e literatura em 1970.

Em 1974, Kurzweil fundou a empresa Kurzweil Computer Products, Inc. e liderou o desenvolvimento do primeiro sistema de reconhecimento ótico de caracteres que reconhecia texto escrito em qualquer fonte. Até então, os digitalizadores só conseguiam ler texto escrito dum conjunto restrito de fontes. Ele decidiu que a melhor aplicação para essa tecnologia seria a criação de uma maquina leitora, que permitisse a cegos entender textos escritos ao ouvir um computador ler o texto. Entretanto, esse dispositivo exigia a criação de duas tecnologias, o digitalizador CCD e o sintetizador de voz. Sob sua direção, o desenvolvimento de tais tecnologias foi completado, e em 13 de janeiro de 1976 o produto foi apresentado durante uma coletiva para a imprensa. Chamada Máquina Leitora de Kurzweil, a invenção o levou a um maior reconhecimento. No dia do lançamento, a máquina foi usada no Today; após ouvir a demonstração, o músico Stevie Wonder comprou a primeira versão de produção, começando uma amizade de longa data com Kurzweil.

Em 1978, a empresa de Kurzweil começou a vender uma versão comercial de um programa de computador de reconhecimento ótico de caracteres. A LexisNexis foi uma das primeiras clientes, comprando o programa para digitalizar documentos impressos, formando um dos primeiros bancos de dados digitais conhecidos. Dois anos mais tarde, Kurzweil vende sua empresa para a Xerox, que tinha interesse em aumentar o comércio de sistemas de conversão de texto impresso em texto de computador. A Kurzweil Computer Products se tornou a subsidiária da Xerox, anteriormente conhecida como Scansoft e atualmente como Nuance Communications. Raymond atuou como consultor na empresa até 1995.

Sua próxima iniciativa na indústria foi na área de música eletrônica. Em 1982, após um encontro com Stevie Wonder em que o músico lamentava dividir as capacidades e qualidades de sintetizadores eletrônicos e instrumentos musicais tradicionais, Kurzweil se inspirou para criar uma nova geração de sintetizadores capazes de imitar com acurácia o som de instrumentos reais. A Kurzweil Music Systems foi fundada no mesmo ano, e em 1984 o Kurzweil K250 foi lançado. A máquina era capaz de imitar diversos instrumentos, e, durante testes, músicos não conseguiam distinguir as diferenças do produto com um piano. A empresa foi vendida para a coreana Young Chang em 1990. Assim como com a Xerox, Kurzweil permaneceu como consultor por diversos anos.

Últimos anos

Junto com a Kurzweil Music Systems, Ray Kurzweil criou a empresa Kurzweil Applied Intelligence (KAI) para desenvolver sistemas comerciais de reconhecimento de fala. Estreando em 1987, o primeiro produto foi o primeiro do mundo com amplo vocabulário, permitindo aos usuários ditar ao computador por um microfone. Posteriormente, a empresa combinou a tecnologia com sistemas especialistas de medicina para criar a linha de produtos Kurzweil VoiceMed, atualmente conhecida por Clinical Reporter, que permite aos médicos criar relatórios falando. A KAI é atualmente conhecida por Nuance.

Kurzweil também começou a Kurzweil Educational Systems em 1996 para desenvolver novas tecnologias de reconhecimento de padrões para ajudar pessoas com deficiências como cegueira e dislexia nos estudos.

Durante a década de 1990, Ray Kurzweil fundou a Medical Learning Company, cujos produtos incluíam um programa educacional interativo para médicos e um programa de simulação de paciente. Na mesma época, Kurzweil começou a KurzweilCyberArt.com, um sítio web com programas de comptuador para ajudar na criação de arte.

Em junho de 2005, Ray Kurzweil apresentou o K-NFB Reader, um dispositivo de bolso que continha uma câmera digital e uma unidade computacional. Assim como a Máquina Leitora de Kurzweil trinta anos antes, o K-NFB Reader foi desenvolvido para ajudar cegos ao permitir a leitura em voz de texto escrito. Essa nova máquina era portável e coletava texto através de imagens de uma câmera digital.

Atualmente, Ray Kurzweil está fazendo um filme para lançamento em 2009 chamado The Singularity is Near: A True Story About the Future, baseado em partes de seu livro de 2005 The Singularity Is Near. Parcialmente fictício, ele entrevista vinte intelectuais como Marvin Minsky, e há narrativas que ilustram algumas das ideias. Além do filme, há um documentário independente sendo feito sobre Ray chamado Transcendent Man. Os cineastas Barry e Felicia Ptolemy o seguiram, documentando sua turnê global de palestras.

Livros

O primeiro livro de Kurzweil foi publicado em 1990, The Age of Intelligent Machines, uma obra não fictícia que discute a história da inteligência artificial e prevê desenvolvimentos possíveis. Outros especialistas do campo também contribuíram amplamente no trabalho através de ensaios. Em seguida foi publicado um livro sobre nutrição em 1993, The 10% Solution for a Healthy Life, que argumenta que os altos níveis de gordura são a causa de diversos problemas de saúde comuns nos Estados Unidos, e que cortar o total de calorias consumidas para 10% do atual seria melhor índice para a maioria das pessoas.

Em 1998 foi publicado The Age of Spiritual Machines, que foca na elucidação de suas teorias sobre o futuro da tecnologia. Foi seguido por outro livro sobre saúde e nutrição, Fantastic Voyage: Live Long Enough to Live Forever, coautorado por Terry Grossman, um médico e especialista em medicina alternativa. The Singularity Is Near foi publicado em 2005.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

E o velhinho não para


Quando terminei de ler a bografia do Warren deu a sensação de que ele já não ficaria tão ativo, ou de que não fosse mais capaz de grandes feitos.

Bom, tá aí uma matéria mostrando que eu to errado. O velhinho não para.

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Fonte: Portal Exame

Warren Buffett faz sua maior aquisição

O fundo Berkshire Hathaway, do mega investidor, comprou a Burlington Northern Santa Fe por 44 bilhões de dólares

O fundo Berkshire Hathaway, controlado pelo mega investidor Warren Buffett, anunciou a compra da Burlington Northern Santa Fe, umas das maiores companhias ferroviárias dos Estados Unidos, por 44 bilhões de dólares. A aquisição é a maior já feita pelo fundo sob a gestão de Buffet.
O Berkshire Hathaway vai adquirir 77,4% dos papéis da Burlington Northern Santa Fe que ainda não detém por 100 dólares cada, e também concordou em assumir uma dívida de 10 bilhões de dólares.

"Isso tudo é uma aposta no futuro da economia dos Estados Unidos", afirmou Buffet sobre a negociação.
O bilionário acredita que a alta dos preços do diesel deve manter o transporte por ferrovias mais competitivo que o rodoviário.