terça-feira, 30 de setembro de 2014

De volta!! Uma boa notícia e uma má notícia


Olá, amigos! Como vocês estão? Espero que todos estejam muito bem. 

Depois de pouco mais de dois anos estou de volta. Tenho sentido uma necessidade enorme de atualizar o blog e compartilhar com vocês histórias de pessoas de sucesso, livros que li ou venho lendo e, principalmente, como andam os meus investimentos.

Falando em investimentos, acho que é essa a boa notícia: eu não parei de investir. Quem leu o meu blog no passado, sabe que passei um ano fora do país e que nesse período eu não estava muito ativo nos investimentos, muito menos aqui no blog. Todavia, desde que voltei de viagem, a minha prioridade tem sido fazer o meu patrimônio crescer. Consegui um bom emprego, me mudei de Macaé para o Rio e venho todo mês fazendo aportes bem acima do que eu havia imaginado quando ainda estava no meu antigo emprego ou lá no exterior. Posso dizer que me sinto de certa forma realizado, pois trabalho em algo que gosto e que me permite buscar a minha independência financeira de forma mais rápida.

E qual é a má notícia? Bom, a má notícia eu já vou adiantando, mas vocês vão ter a oportunidade de ver o rombo que eu levei assim que atualizar o resultado da minha carteira e postar aqui para vocês em uma outra oportunidade. Falando em rombo, vocês já devem imaginar, né? Sim, tive um prejuízo feio nos investimentos. Quer saber como aconteceu? Então continue lendo os próximo parágrafos.

Há pouco mais de um mês, resolvi trocar de corretora (não vou me ater a dizer o nome das corretoras aqui, até porque não é meu objetivo denegrir a imagem de ninguém), pois um amigo do meu trabalho recomendou e ele gosta bastante dos serviços e recursos que eles oferecem. Eu mesmo já tinha ouvido falar e  havia curiosidade da minha parte em usar as ferramentas e facilidades que eles disponibilizam ao cliente.

Fui pessoalmente à corretora para conhecê-la e conversar com um assessor de investimentos. Confesso que gostei bastante da assessoria, do espaço e de tudo que eu vi na apresentação. Meu perfil de investidor foi traçado, estipulamos algumas metas para o meu futuro e dali para frente era só investir rumo a independência financeira. Agora era só esperar a transferência dos meus recursos para começarmos a investir na estratégia definida para mim.

A estratégia que o assessor definiu para mim foi a seguinte, 80% dos meus recursos ficariam em renda fixa, preferencialmente CDBs que paguem 100% do CDI ou mais, e os 20% restantes seriam destinados a estratégias long & short (se você ainda não conhece clique aqui), dando a possibilidade da carteira ter um "plus" a mais no rendimento. A meta da estratégia é acompanhar/bater o CDI. Nada mal, né? Só para você ter uma ideia, se o seu dinheiro ficasse na poupança de janeiro de 2012 até junho deste ano na poupança, seu rendimento seria de 16,25%, enquanto no CDI você sairia com 22,73%. Não parece muito, mas no longo prazo a diferença fica, SIM, absurda.

Voltando à estratégia, eis o que me aconteceu. Pela primeira vez em quase 6 anos investindo eu estava deixando o meu dinheiro na mão de outras pessoas para investir para mim, mas estava confiante de que a estratégia era boa e de que se houvesse alguma perda ela não seria tão significante, até porque o histórico das pessoas que estavam na estratégia há mais tempo era boa. Porém, logo nos primeiros dias, comecei a notar algumas coisas estranhas, como Daytrades e colocação dos 80% dos meus recursos que estavam em CDBs como garantia. Colocando os recursos que estavam em CDB como garantia, a corretora ficou, digamos assim, com uma margem extra para correr riscos. Para não parecer chato, prometi a mim mesmo deixar a estratégia transcorrer por um mês e ver o que ocorria. E não é que me dei mal? 

O que aconteceu comigo me deixou bastante triste. No mês passado o Ibovespa teve uma subida de 9% com a euforia da queda da Dilma nas pesquisas e eu tive uma perda de quase 10%. Você tem ideia do que é  uma perda 10% para alguém que fica feliz conseguindo algo próximo de 1% de rendimento ao mês? Para recuperar meu patrimônio agora tenho que ter um rendimento superior a esses 10% para voltar aos patamares de antes. Se eu considerar o CDI como meta de rendimento já perdi nessa brincadeira mais de um ano de trabalho. Nossa... Sério... Escrevendo aqui agora me vem todo tipo de sentimento ruim na cabeça. Mas a culpa disso ter acontecido é minha, totalmente minha.

Como toda pessoa resiliente, vou aceitar o que ocorreu e assumir a responsabilidade, afinal de contas quem deu autorização para tudo que foi feito fui eu mesmo. Porém, bobo eu seria se não tirasse uma lição disso tudo. E o que aprendi, ao menos até agora: não confie o seu dinheiro a administração alheia. Vale muito mais a pena estudar e aprender a investir por conta própria do que deixar o seu dinheiro na mão de corretoras ou bancos. Existe um grande conflito de interesses em casos como este, pois uma corretora vive de corretagem, então quanto mais operações ela fizer para os clientes melhor. Os bancos vivem das famosas taxas de juros, então tudo que eles puderem oferecer de serviços onde lhe são cobradas altas taxas, melhor. Em suma, por mais que o seu assessor seja uma pessoa idônea, ele jamais vai sobrepujar os interesses da instituição para o qual ele trabalha.

Eu nunca tive uma perda tão grande em um único mês. Aliás, nem perto disso. Nem nos meus primeiros anos investindo eu tive um resultado tão ruim. Já tirei a autorização da corretora de operar para mim e eu mesmo é quem vou cuidar dos meus investimentos daqui para frente. Devagar e sempre, sem fórmulas mágicas, com educação, parcimônia e cautela. Os resultados compartilharei aqui no Blog. 

Estou feliz em estar de volta. Que venham os próximos posts.